The Procession to Calvary – Um divertido WTF!?

The Procession to Calvary é o título de um quadro do pintor renascentista Bruegel, mas, definitivamente, não é disso que trata este jogo.

Estamos num mundo à parte, um mundo saído da mente de Joe Richardson, recheado de personagens e cenários que dão vida a obras clássicas da pintura.

O enredo é mirabolante e com claras influências de Monty Python. Encontramo-nos na pele de uma donzela guerreira, cujo único desejo é matar. No entanto, a guerra acabou e foi decretada uma paz no território, sendo que o novo governante, Immortal John, acredita piamente na não-violência.

No seu incessante desejo sanguinário, a nossa personagem parte em viagem, com o intuito de assassinar o antigo tirano, Heavenly Peter, que apenas havia sido deposto e continua vivo. Logo percebemos que este apenas continuará assim caso não o consigamos encontrar.

O jogo é um simples point & click, em que temos três tipos de interação: olhar, tocar e falar, sendo que o tocar pode ser substituído pela espada, útil em diversas ocasiões. E sim, em vez de resolver os puzzles e/ou problemas, podemos matar todos os que se atravessam no nosso caminho. Mas, ao chegarmos junto do nosso objectivo, as coisas podem não correr como esperado, pelo que é desaconselhado fazê-lo. Vá lá… façam uma vez só para perceber que até pode ser divertido, só não esperem bater o jogo.

Como os jogos deste género, recolhemos vários objectos, que depois usamos para interagir com os diversos elementos do jogo, de forma a superar os desafios.

Os diálogos são curtos e o jogo é facilmente batido em 4-5 horas. Contudo isso não o torna menos divertido para quem gosta deste género.

Além de passarmos por quadros clássicos da pintura, também o fazemos ao som de música clássica, sempre presente em todos os quadros, através de músicos saídos dessas mesmas obras.

The Procession to Calvary está disponível para  PC.

Conclusão:

The Procession to Calvary é absurdo, mas fá-lo assumidamente e sem pretender ser algo mais que umas horas bem passadas. Sem dúvida que é um jogo para um nicho específico. Amantes de história de arte, com conhecimentos de arte renascentista e/ou flamenga tirarão certamente outro tipo de gozo.