Cloudpunk – Indo de A para B

A premissa de Cloudpunk foi o suficiente para me captar a atenção. Mas como se desenrola o jogo?

Um jogo com feel de Blade Runner, grafismo pixel art tridimensional, como se tratasse de um Minecraft com esteróides. Fiquei imediatamente interessado neste título da ION Lands.

Inicialmente, Cloudpunk aparenta fazer tudo certo. Os controlos do veículo são super suaves e funcionam muito bem. O ambiente está no ponto e sentimos mesmo estar num Blade Runner digital.

Começamos por fazer entregas e temos de ir do ponto A ao ponto B. Aí já fomos inteirados dos controlos do Hova, o nosso carro voador, pelo que podemos começar rapidamente a desfrutar do cenário.

Cedo percebemos que a cidade tem um desenho muito simples e a sua navegação é bastante rápida e intuitiva, quase nem sendo necessário o mapa para nos guiarmos, uma vez que conseguimos saber a direcção do nosso destino. Navegamos nos espaços entre edifícios e podemos apanhar a “auto-estrada”, onde o nosso Hova anda mais rápido. Nessa via expresso existem também garagens e estações de serviço, onde podemos reparar ou abastecer o nosso veículo.

A navegação é também feita verticalmente, pois temos a possibilidade de controlar a altitude do nosso Hova, de forma a que possamos aceder aos vários pontos disponíveis.

Além de controlar o veículo, que usamos nas deslocações longas, também controlamos Rania, a personagem principal de Cloudpunk. Aqui, quando fora do Hova, percebemos que nos são dados 3 modos de visualização: first person, third person e side scroll, sendo que todos funcionam muito bem, ficando a escolha ao critério de cada jogador.

Tendo plana noção do funcionamento da cidade de Nevalis, assim como do funcionamento do nosso serviço clandestino de entregas, fiquei à espera que algo de diferente se desenrolasse. Tal não aconteceu. O jogo consiste em fazer entregas e ir explorando as histórias dos nossos clientes, assim como a de Rania, que ao longo do tempo vai revelando pormenores do seu background.

Apanhamos itens, que podemos vender de forma a obter Lims, o dinheiro local, que nos permite comprar upgrades para o Hova, decorações para o nosso apartamento, bebidas, comida, etc.

Infelizmente é apenas isso que o jogo tem para oferecer, conduzir, recolher/entregar encomendas e explorar histórias. Além de que todo o grafismo se encontra numa fantástica linguagem de pixel art tridimensional, excepto os retratos que ilustram aqueles com quem falamos, que têm uma aparência mais realista, o que quebra um pouco a imersividade e coerência visual a nível global.

Conclusão:

Cloudpunk apenas nos permite ir conhecendo e explorando as histórias dos diversos habitantes da cidade. O que, infelizmente, o torna um jogo extremamente aborrecido, embora com visuais fantásticos. Apenas deixando a sensação de que uma oportunidade foi perdida algures pelo caminho, durante o processo de desenvolvimento do jogo. Sem dúvida haverá quem o aprecie, mas essa pessoa não serei eu.

 

Cloudpunk está disponível para a Nintendo Switch, PS4, Xbox One e PC.