The Waylanders – Regresso ao passado

Amantes de Dragon Age, esta é para vocês. The Waylanders, ainda em early-access, traz todo o ambiente Dragon Age, do combate aos diálogos que balanceiam humor e sarcasmo e que constroem personagens únicas que nos ficam na memória durante anos.

Em The Waylanders o nosso personagem morre depois de um encontro com um grupo de deuses e fica “desligado” quer do destino quer do tempo, ganhando a habilidade de viajar entre épocas, mais concretamente a Celta e a Medieval. É a partir deste conceito que se desenvolve uma história repleta de potencial, uma vez que as nossas ações, mais do que solucionar puzzles e fazer a história andar para a frente, traz consequências ou no mínimo influencia eventos históricos.

Visualmente, e mesmo estando em early access, The Waylanders é incrível. Seja ao nível dos cenários, seja no design dos diversos personagens, as escolhas estéticas assentam como uma confortável luva com o tom bem-disposto do jogo.

Também os diversos personagens que encontramos logo desde o início do jogo se revelam cheios de personalidade (alguns até demais), dando origem a múltiplas dinâmicas dentro do nosso grupo. Neste momento já temos uma série de personagens disponíveis, mas o estúdio promete que muitos mais ainda farão parte da versão final. É um exemplo das dores de early access que, infelizmente, não se ficam por aqui, havendo alguns problemas ligados ao áudio e os mais graves (pelo menos na minha experiência com o jogo) que se prendem com o jogo teimar em bloquear aparentemente do nada e por motivo nenhum. Nada que reiniciar o jogo não cure, mas convenhamos que não ajuda.

O combate em The Waylanders é simples, mas bastante satisfatório e a mecânica de formações traz uma lufada de frescura a um sistema algo antiquado, mesmo que eficaz. Após a escolha de um líder, são-nos apresentadas formações de forma a organizar os restantes personagens na batalha, partilhando a partir daí uma única barra de vida. Com isto podemos modificar o nosso grupo de forma a torná-lo mais poderoso, quer no ataque, quer na defesa, mas principalmente na defesa. É uma ideia muito interessante, se bem que neste momento, tal como muitos outros aspectos do jogo, ainda precisa de bastante afinação pois os nossos inimigos ainda não apresentam grande desafio como que para tirar verdadeiro partido desta ideia/mecânica.

Conclusão:

O mundo de The Waylanders é o melhor que este jogo tem para oferecer e é algo que os apaixonados de jogos como Dragon Age têm de experiênciar. Isto se tiverem paciência para aguentar os bugs típicos de um jogo em early access e se não se importarem de correr o risco de ter de recomeçar o jogo quando este sair na sua versão final (já por duas vezes, segundo os fóruns, o estúdio teve de apagar os jogos salvos devido à introdução de um novo build do jogo). Caso não haja essa paciência, este é daqueles jogos para guardar na wishlist e deixar marinar.