O remake do clássico de 2005, Destroy all Humans!, chega agora à híbrida da Nintendo.
Não é novidade que a Nintendo Switch é, das consolas atualmente no mercado, a menos poderosa. Mas isso não é algo negativo. Não só permite aos estúdios encontrarem novas formas de tornar os jogos apelativos, sem ser através de gráficos hiper realistas, mas também a relançar grandes títulos de de outros sistemas, até agora de acesso vedado às consolas Nintendo.
A Black Forest Games lançou recentemente o remake de Destroy all Humans! e, 16 anos após o lançamento do jogo original, a Switch não foi esquecida.
A diversão continua a mesma e podemos continuar a eliminar humanos com as mais variadas armas e de formas muito sádicas, bem ao estilo dos anos 50, época em que Destroy all Humans! se inspira (confesso que tenho dificuldade em desligar-me do Marte Ataca! de Tim Burton). Tudo está melhor que o jogo original, não só a nível visual, mas também a nível de movimentos e fluidez do jogo em geral.
Como Crypto 137, o nosso personagem, podemos exterminar humanos das formas mais divertidas. Seja através de um raio mortal, passando pelo raio desintegrador, que ao acertar no alvo o transforma num esqueleto flamejante, com a mesma pose em que estava quando atingido, reduzindo-se depois a pó. Além disso temos também a possibilidade de raptar humanos para testes horripilantes ou usar a holobob, tecnologia que nos permite disfarçarmo-nos de humano e espalhar o caos.
Entre outras armas temos, pois claro, a sonda anal, que elimina os alvos de forma muito… peculiar. Vejam por vocês próprios.
Crypto pode realizar voos curtos com o seu jetpack, mas, no ar, a diversão está em espalhar o caos com o disco voador onde, entre outras coisas, podemos lançar um raio mortal ou levitar e atirar pessoas e veículos.
Acabamos por ter alguma liberdade a nível da forma como provocamos alguma (ou muita) destruição, seja com o disco voador ou a pé e essa é uma das características mais divertidas de Destroy all Humans!, que nos dá um pequeno sandbox a cada missão. Armas e disco voador podem também ser alvo de upgrades, que nos facilitarão o espalhar do caos.
Os controlos são relativamente simples, se bem que ao início existe alguma confusão sobre em que botão carregar para activar certas habilidade. Destroy all Humans! permite realizar várias acções e facilmente damos por nós assoberbados com as coisas q que temos de ter atenção. Por exemplo, ter como missão não ser detectados ao raptar um humano e ao mesmo tempo estarmos preocupados com as instruções que nos são dadas enquanto tentamos fazer scan aos humanos nas proximidades, de forma a que a nossa holobob não se desligue, comprometendo a missão.
A nível de performance Destroy all Humans! porta-se lindamente na Switch e, embora note alguma diferença nos loading times, quando comparando com consolas de nova geração, a verdade é que o estou a correr do cartão SD e não de um disco SSD soldado na motherboard. Visto por este prisma, estamos a falar de velocidades muito boas.
Conclusão:
Destroy all Humans! foi uma feliz (re)descoberta, é um jogo de cara lavada mas com todo o feeling e diversão que caracterizaram o original de 2005. Embora tenha mecânicas menos atuais, afinal de contas é um remake, traz uma lufada de ar fresco à Nintendo Switch. Quem jogou o original certamente vai querer jogar esta nova versão. Quem não jogou, não tenho dúvidas que ficará rendido quando levitar e disparar a sua primeira vaca radioactiva…
Começou a jogar num spectrum 48k e desde então tem uma paixão por videojogos, não imagina a sua vida sem jogar. Fã de RPGs, First Person Shooters e jogos Third Person, joga na sua PS5, Xbox Series S, PC e Nintendo Switch.