O ano de 1997 viu o nascimento de jogos que trouxeram consigo muita polémica. Em Outubro desse ano chegava até nós o polémico Grand Theft Auto, mas poucos meses antes chegava aos PC o também muito polémico e controverso jogo da Stainless Games, Carmageddon!
Carmageddon talvez seja uma das franquias mais influentes da história dos videojogos, que até viu os seus primeiros dois jogos serem banidos em vários países. O motivo para tanta polémica em volta do primeiríssimo jogo, é que ele permitia que o jogador atropelasse e matasse os inocentes transeuntes. Aliás, permitir não, o jogo incentivava-nos, dando-nos diversos bónus e acompanhado de piadas para as mortes mais criativas.
De tanta polémica gerar, Carmageddon viria a ganhar o “Driving Game of the Year” de 1997, uma verdadeira honra diga-se.
Para quem desconheça, este verdadeiro clássico dos videojogos foi inspirado no filme de 1975, Death Race 2000 (com David Carradine e Sylvester Stallone), onde a ação decorria numa América distorcida e gerida por um governo totalitarista, que apoiava uma corrida transcontinental onde o fator principal era atropelar os transeuntes que fossem aparecendo pelo caminho, para assim terem pontos bónus que eram fator decisivo para decidir o vencedor.
O primeiro jogo foi tão badalado, que no ano seguinte aterrava nos PC a sequela, Carmageddon II – Carpocalypse Now (tendo versões para Nintendo 64, Game Boy Color, Playstation e MAC mais tarde), jogo que até hoje é para os fãs o melhor da saga.
Entre as novidades na jogabilidade, foi introduzido uma carrada de novos power-ups, mais veículos para desbloquear (bons tempos em que desbloqueávamos conteúdos apenas jogando), e um motor gráfico totalmente em 3D, o que na época era um verdadeiro feito.
A série voltaria à carga com Carmageddon TDR 2000, mas agora desenvolvido pela Torus Games. A título pessoal, confesso que desta série mítica de chacina automóvel, foi a que menos me agradou jogar até hoje. Carmageddon permaneceu, entretanto, adormecido até ao ano de 2015, quando o estúdio original da série, Stainless Games, traria à PS4, XBOX One e PC, Carmageddon: Reincarnation. E que jogo diga-se, que não perdeu a essência com o passar dos anos. Apesar de parecer um pouco “básico” nos dias de hoje, consegue entregar e bem aquilo a que propôs… divertimento!!
A série ainda contou com mais uma entrega em 2016, desta vez com Carmageddon: Max Damage. Com uma jogabilidade muito fluída e com um sistema de colisões melhorado, este jogo continua a ser uma boa opção para quem procura relaxar da complexidade de outros jogos do mercado, e apenas provocar o caos ao volante!
Claro que existem muitos jogos de corridas de carros por aí, mas a temática do jogo da Stainless Games é distinta. O jogo é realmente ótimo (pelo menos para mim) para passar umas belas horas em volta depois de um dia de trabalho desgastante. Não exige puxar pela cabeça para resolver puzzles, nem tem uma história complexa e longa para estarmos horas e horas em volta da consola/PC.
Se por ventura fosse lançado um novo título, provavelmente não iria passar despercebido de algumas polémicas. Afinal pegar num carro e passar a ferro pessoas e animais inocentes não cai muito bem…, mas meus caros…, isto é só um videojogo, que tem como propósito levar-nos para um mundo onde as regras da sociedade não fazem sentido.
As consolas de nova geração iriam de certeza ser um ótimo palco para levar a série, pois já estou a imaginar a fluidez gráfica (com Ray Tracing então ficaria um mimo). Provavelmente não ganharia um BAFTA, mas pelo menos traria de novo a carnificina automóvel característica da série, com um “brilho” bem especial.
Apesar de Carmageddon nos últimos jogos ter um grafismo bastante simples, que vai cumprindo a sua função, existe também bastante espaço para melhorar neste aspeto, e que de certeza iria impulsionar ainda mais a visibilidade de um novo jogo. Se a produtora conseguisse por exemplo ter um grafismo equiparado ao GTA V, com um mundo mais detalhado e mais cheio de vida, e ainda um sistema de colisões ainda mais aprimorado (como se pode ver em Wreckfest), provavelmente o próximo Carmageddon conseguiria atrair novos jogadores.
Algo que também poderia fazer as delícias dos fãs do jogo de carnificina automóvel, seria a inclusão de fazermos os nossos carros de raiz, com dezenas de opções de customização. Por exemplo, desde a simples pintura, passando pela criação de bodykits e ainda a inclusão de metralhadoras, lança rockets e outros gadgets no nosso bólide, iria trazer ao jogo imensa diversidade de conteúdos.
E porque não ainda (como tem feito o Rocket League por diversas ocasiões) incluir bólides famosos de filmes, séries de TV ou de corridas? Carmageddon: Max Damage tinha o lendário De Lorean (ou melhor, Degoryun, devido a direitos de licença) que ficará sempre associado aos filmes Back to the Future…, mas existe espaço para muito mais conteúdo deste género, e hoje em dia, é algo que os jogadores parecem valorizar nos jogos de corridas. Já imagino a ver o KITT (ou até mesmo o seu Evil Twin, KARR) de Knight Rider a semear o caos…
Provavelmente será difícil um novo jogo ver a luz do dia, apesar da sua temática bem distinta dos demais, existem no mercado muitos e bons jogos de corridas automóveis. Mas na minha opinião existe sempre espaço para um jogo que tem como objetivo ser simples e direto. Eu cá iria adorar voltar a ver o Red Eagle de Max Damage e o Yellow Hawk de Die Anna a causar o pânico nas ruas!
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.