Desde 2018 quando joguei Doki Doki Literature Club que quero escrever sobre este jogo maravilhoso. O problema é que este é daqueles jogos em que se soubermos demasiado jogá-lo torna-se desinteressante, pois mais de metade do que o torna especial é não sabermos o que nos espera.
Posto o dilema, e com a saída de Doki Doki Literature Club Plus, eis o que posso dizer: como o nome indica, em Doki Doki Literature Club, jogamos como um novo estudante que relutantemente se junta ao clube de leitura da sua escola. Nele encontramos um conjunto de raparigas, Yuri, Monika e Natsuki, cada uma dona de uma personalidade bem vincada. Depois do nosso primeiro encontro com as raparigas do clube, o jogo segue uma narrativa tradicional deste tipo de história à lá Dating Simulator / Visual Novel. Os dias passam e em cada um somos desafiados a escrever um poema a partir de algumas palavras-chave que, espanto dos espantos, têm bastante a ver com os gostos e as personalidades das raparigas o que as leva a comentar o poema positiva ou negativamente, tornando-se mais próximas ou mais distantes de nós.
Depois, bem, depois é quando tudo se torna interessante, mas falar disso seria spoilar totalmente o jogo. O que vos posso dizer é que a partir daqui Doki Doki Literature Club é tudo menos um Dating Simulator típico. Este é sim um jogo que desafia todas as convenções, questionando até qual o seu próprio objectivo enquanto jogo.
Conclusão:
Doki Doki não é mesmo para todos e recomendo vivamente que levem o disclaimer que surge logo a abrir mesmo a sério. Dito isto é um daqueles jogos que penso ser simplesmente obrigatório, nem que seja para o largar para nunca mais voltar. Mas boa ou má, fica uma experiência única. E só naquela, o jogo é grátis para PC.
Nasceu num dos melhores anos para nascer, 1980, e cresceu com um enorme desejo de poder jogar nas máquinas de jogos. Cumpriu esse desejo no dia em que finalmente fez 16 anos e pode legalmente entrar em salões de jogos. Infelizmente também descobriu que jogar custava dinheiro e por isso resolveu estudar mais um bocado. Hoje é publicitário e feliz proprietário de uma Super Nintendo. O seu jogo favorito ainda é o Street Fighter II.