Os jogos baseados em personagens da Marvel estão novamente a dar que falar e a serem lançados com uma grande frequência. Depois de obras como Marvel’s Spider-Man, que é para mim um dos melhores jogos da PS4, e de Marvel’s Avengers, um jogo que ficou aquém do esperado mas que, ainda assim, oferece uma interessante experiência de controlo dos Vingadores, surge agora o Marvel’s Guardians of the Galaxy, que se situa, em termos de qualidade, no meio destes dois.
Não sendo o grupo de super-heróis mais conhecido ou que tenha um nível de reputação como Iron Man, Thor ou Captain America, esta pandilha disfuncional de heróis despertou muita atenção aquando do lançamento dos seus dois filmes, ambos de enorme qualidade. Apesar de seguirem a fórmula a que o MCU nos habituou, são mais cómicos, leves e musicados que outros.
Ora, é essa aura dos filmes que conseguimos sentir neste jogo. O humor mantém-se, a excelente banda-sonora está presente e temos horas de muita diversão pela frente. É verdade que o jogo não oferece nada de particularmente inovador, mas também não precisa, porque o que faz, faz muito bem.
A história é bastante boa e está recheada de referências à pop culture, dentro e fora do universo Marvel. Ao contrário de Marvel’s Avengers, onde sentimos que cada herói joga o seu nível e os outros pouco ou nada influênciam os seus ataques, aqui sentimos uma sinergia maior entre os vários elementos. Não só podemos jogar com vários Guardiões como entre eles há uma química maior.
A nível de combate e mecânicas de jogo, Guardians of the Galaxy prima e destaca-se pela positiva. Raramente sentimos repetição nas lutas, não só porque estamos sempre a adquirir novas habilidades, como também vamos rodando entre os vários personagens. Ainda que não seja um jogo em mundo-aberto, os níveis proporcionam um bom nível de exploração em busca de itens e coleccionáveis, que só melhoram a experiência do jogo.
Tecnicamente, o jogo é bastante potente. Tem visuais incríveis, parecendo vir directamente de uma tira de BD para o ecrã de jogo, recheados de cor e detalhes. A banda-sonora, que já referi como sendo fantástica, destaca ainda mais e torna toda a experiência mais apelativa e fiel.
No final, Marvel’s Guardians of the Galaxy é aquele jogo que satisfaz bastante em todos os campos, apesar de não ter nenhum que seja fascinante, salvo a banda-sonora. Mas nem todos os jogos têm ou devem procurar romper como cânone e entregar uma experiência revolucionária. O que se pretende aqui, e creio que muitos fãs da saga sentem o mesmo, é que consigam jogar com os seus heróis favoritos numa experiência o mais fidedigna possível com aquilo que é o ambiente e o tom dos livros e filmes. E nisso, e ao contrário de Marvel’s Avengers, este jogo tem nota máxima. É divertido, é muito engraçado e sentimo-nos bem a limpar a galáxia de toda a bichada e maltrapilhos que nos aparecem pelo caminho.
Conclusão:
Marvel’s Guadians of the Galaxy é tudo aquilo que um fã destes super-heróis pode pedir. Diversão, entretenimento e muito humor são os ingredientes deste belo jogo de aventura. Esperamos que o mesmo aconteça para outros heróis, pois seta é a fórmula a seguir.
Descobriu os videojogos através do Game Boy mas foi com a PlayStation 2 que percebeu a importância desta arte. Enorme fã de RPGs e jogos de plataformas, acha que o Final Fantasy X é a perfeição em formato jogável.