Depois de 17 anos de espera, a Rebellion volta a trazer até nós a clássica série de estratégia e simulação onde tentamos dominar o mundo. Bem-vindos a Evil Genius 2: World Domination!
O jogo leva-nos para um mundo que mais parece ter saído dos clássicos filmes do 007, onde vamos encontrar autênticos “génios do mal” que tentam dominar o mundo através de planos mirabolantes e agentes secretos que buscam impedi-los. Só que aqui, tudo é planeado com uma boa dose de humor.
E é no humor que Evil Genius 2: World Domination acerta em cheio, pois iremos ter momentos muito engraçados e divertidos, que fazem paródia aos típicos clichés de espiões e super-vilões. Falando por mim claro, confesso que dei por mim por diversas vezes a soltar gargalhadas maléficas…, e que até teria algum jeito para conquistar o mundo!!
O segundo jogo da série deu um salto bem grande na qualidade gráfica e na sua estrutura, mantendo mesmo assim algumas das características do primeiro Evil Genius. Contem com um grafismo bem bonito, com um toque cartoon e uma mecânica bem satisfatória. Porém, não é um simples jogo de estratégia, pois dominar o mundo desperta as nossas habilidades criativas e racionais.
O novo jogo da Rebellion funciona de forma muito similar ao primeiro Evil Genius. Iremos começar com uma base simples, e o objetivo, como é óbvio, é expandi-la com o passar do tempo. A base desta vez fica situada numa ilha tropical (também temos opção de escolher outras bases), que está “disfarçada” como uma área para turistas visitarem e jogarem no casino.
Os quatro super-vilões de Evil Genius 2: World Domination têm suas próprias características e habilidades. Temos então o megalomaníaco e podre de rico Maximilian, que tem a habilidade de colocar os seus incompetentes minions para trabalharem e treinarem mais rápido, temos também o musculado e “passado da cabeça” Red Ivan, que por sua vez, tem a habilidade de “turbinar” o combate dos nossos minions, sendo assim mais eficazes na aniquilação dos inimigos.
Se preferem jogar com o sexo oposto, temos a mentora científica Zalika, que repara todos os itens e extingue todos os fogos de imediato, para além de dar um pequeno impulso para todos os seus cientistas. Ainda podemos optar por Emma, uma ex-espia perita em venenos, que pode aumentar o poder de deteção dos seus capangas (ao avistar um espião inimigo) e reforça-os fazendo reset dos seus tempos de cooldown, dando-lhes assim uma vantagem extra.
A gestão é fundamental para se ter uma base de sucesso. O espaço é limitado, então teremos que planear da melhor forma onde iremos construir cada nova estrutura. Uma adição interessante, foi a possibilidade de podemos criar mais andares para expandir a nossa base de operações, abrindo assim novas possibilidades.
Para termos a nossa base 100% funcional, convém termos sempre em atenção os níveis de energia. Se passarmos do limite disponível, o nosso covil do mal ficará completamente às escuras. Claro que podemos construir mais geradores para aumentar o limite de energia, mas se por exemplo tivermos com pouco dinheiro disponível no momento, é ainda possível desligar os equipamentos que não estão em uso. São pormenores como este que adicionaram ao novo jogo Evil Genius mais opções de gestão, o que me deixou bastante satisfeito confesso.
Temos também de não esquecer os equipamentos que são fundamentais para sustentar a construção do nosso império maligno. Manter o casino a funcionar sem problemas é essencial para manter a aparência legitima das operações, pois só assim conseguiremos ter sucesso no mundo do mal.
Preparem-se para ter super-espiões prontos a nos derrubar, e tendo isso em conta, a disposição da nossa base é de extrema importância. É necessário construir as partes mais importantes da base num local seguro, enquanto espalhamos as armadilhas de forma apropriada para evitar que os nossos segredos sejam descobertos.
Construir a nossa base é super divertido, e conforme vamos completando as missões iniciais, o ritmo do jogo acelera, tornando-se cada vez mais desafiante para manter tudo a funcionar enquanto nos temos de proteger dos possíveis invasores. O jogo conta com um vasto e complexo número de mecânicas que vão sendo desbloqueadas aos poucos, evitando assim que o jogo perca interesse.
Saindo da parte de construção do nosso “evil lair”, temos as Global Operations, que consiste num mapa do planeta, onde poderemos enviar os nossos minions para várias zonas do globo, para estabelecerem bases em diferentes países. Após as novas bases estarem estabelecidas, é possível realizar missões especiais, que podem dar-nos dinheiro, novos lacaios ou ainda ajudar a baixar o nível de “heat” e assim evitar termos as forças da justiça à perna.
Já que falei nos nossos leais lacaios, para se ser um vilão que se preze, precisamos de ter soldados bem treinados e preparados para tudo. É possível especializar os nossos minions em diferentes categorias, como cientista ou heavy muscle, os quais irão cumprir funções diferentes dentro da base. Também iremos conseguir interrogar os inimigos capturados (basta termos uma sala de tortura…, quem nunca teve certo?), ganhando assim novas informações.
Em Evil Genius 2: World Domination, numa grande parte do tempo precisamos de seguir exatamente o rumo que a Rebellion pretendia, com as missões a indicar-nos o que construir e quando construir. Este fator acaba por limitar um pouco o jogador, forçando-o a seguir aquele padrão pré-determinado.
Se preferirem então jogar ao vosso ritmo, existe o novíssimo modo sandbox, onde podemos jogar livremente, construindo assim a nossa base sem termos que nos preocupar com as missões principais ou com o desbloqueio de novos itens. Além de oferecer um excelente replay factor, este modo é ótimo para todos aqueles que só querem passar o tempo e dar uns risos maléficos.
Um ponto menos conseguido no jogo é a falta de controlo sobre os nossos lacaios, que fazem alguma falta de vez em quando. Um bom exemplo disso é na interceção dos espiões inimigos, que se conseguíssemos ter controlo direto sobre os nossos bravos lacaios, era um problema que provavelmente seria resolvido com alguma facilidade.
De relembrar ainda que o título da Rebellion que foi lançado originalmente no início deste ano para PC, chegou agora às consolas Playstation e Xbox, estando incluída nesta última no Game Pass (inclusive versão PC).
Conclusão:
No geral, Evil Genius 2: World Domination é extremamente divertido. Mesmo depois de terminada a campanha, vejo-me a jogar muito mais, especialmente no modo sandbox. Existem alguns bugs menores na I.A, mas nada que nos faça perder o interesse no jogo. Se querem abordar um jogo de estratégia diferente dos demais, então este título é para vocês.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.