No primeiro mês do ano, a Playstation 5 recebia a coleção Uncharted: Legacy of Thieves, e ficou prometido que em Outubro os jogadores de PC também podiam partir à aventura com Nathan Drake e Chloe Frazer. A espera terminou!!
Como é bem sabido, a Naughty Dog consegue produzir autênticas obras de arte digitais. Seja com a série The Last of Us, não esquecendo claro Jak and Daxter e Crash Bandicoot, somos sempre brindados com jogos que dão gosto de se ter numa coleção. Os jogos protagonizados por Nathan Drake não ficam atrás, e chegou a vez dos jogadores PC jogarem Uncharted 4: A Thief´s End, o emocionante capítulo final do maior aventureiro dos videojogos…, não esquecendo claro a aventura stand alone de Uncharted: The Lost Legacy com a bela caçadora de tesouros Chloe Frazer.
Provavelmente uma das perguntas que alguns jogadores irão colocar será “Se eu começar por esta edição de Uncharted: Legacy of Thieves, eu vou estar a par da história?” Sim, conseguem entender a história de Uncharted 4, mas muito provavelmente não vão entender o peso que tem em toda a série, pois representa a conclusão da história do bom “velho” Nathan Drake. Contudo, penso que será recomendado jogar os três primeiros jogos, e uma boa opção para isso será a Nathan Drake Collection para a Playstation 4, até para ficarem também a conhecer a protagonista da aventura stand alone Chloe Frazer, que é também uma das personagens mais importantes na história de Nathan e certamente uma das mais emblemáticas da série.
Para quem não jogou Uncharted 4, e não esta a par do enredo, nesta derradeira aventura vamos partir em busca do tesouro do lendário pirata Henry Avery. Estejam preparados para momentos de infiltração, acrobacias, lutas corpo a corpo e ainda muitos tiroteios, sempre com “pequeno” espaço para exploração, graças a um grandioso design de níveis que em Uncharted 4 ficou bastante mais amplo.
E se na Playstation 4 o jogo já estava lindo de morrer, nesta nova versão e com a ajuda da placa gráfica, ainda ficou melhor. As paisagens estão extremamente detalhadas, e dei por mim a parar por diversos momentos e a mover a câmara para os lados para ver as montanhas, as ruas encharcadas pela água da chuva, a vegetação, o céu, as construções antigas de enormes proporções…, são momentos bem bonitos de se apreciar verdade seja dita.
Mas os pormenores não se ficam pelo exterior, pois também estão bem presentes nos interiores de edifícios por exemplo. Na casa de Nathan e Elena vale percam um pouco de tempo para apreciar todos os cantos da casa, desde o sótão até à sala, e vão encontrar pormenores bem interessantes como prateleiras cheias de livros, artefactos de jogos Uncharted anteriores, e até mesmo uma consola Playstation de 1º geração para jogarem Crash Bandicoot… e novamente repito, tudo extremamente bem pormenorizado e desenhado. É neste tipo de coisas que se denota a dedicação da Naughy Dog na produção dos seus jogos, que procura sempre máximo detalhe.
Ainda falando do enredo de Uncharted 4, estão de volta caras bem conhecidas, como Sully, Nadine e a maior surpresa para espanto de muitos, Sam Drake, o irmão do nosso protagonista que se julgava morto. No jogo todos tem um papel fundamental para desempenhar, e a Naughty Dog como é habitual produziu uma história que cativa do primeiro ao último capítulo, repleta de twists and turns.
Mas se quiserem jogar primeiro a aventura com Chloe Frazer, também não vão ficar aborrecidos com a história. Para fazer companhia a Chloe, vamos encontrar também Nadine Ross, que também é certamente conhecida dos jogadores de Uncharted. Ao contrário de Nathan Drake, que sempre foi acompanhado por um companheiro de longa data nas suas aventuras (o seu velho amigo Sully ou o seu irmão Sam), Chloe não “carrega” uma amizade de longa data com a ex-líder paramilitar e, agora, mercenária Nadine. Ambas estão conectadas por interesses e possuem personalidades fortes que fervem em pouca água, trazendo assim um elemento a mais a toda a narrativa. Por outras palavras, com Drake existem sempre aqueles diálogos amistosos e com uma boa dose de humor, contudo com Chloe e Nadine, mantêm um clima amigável é certo, mas repleto de receios e algumas desconfianças.
Em Uncharted: Lost Legacy a grande diferença é a forma com a essa história se desenrola. Se nos jogos de Nathan Drake, viajávamos pelo mundo para resolver os objetivos, nesta aventura stand alone a Índia é o único palco. Isso ajuda bastante a manter o ritmo acelerado do enredo, que poderá ter uma duração de cerca de 10 horas para ser concluído. Claro que é bastante curto é certo, mas não desilude.
Aqui o detalhe também está qualquer coisa, e claro que bastante superior da versão PS4 que conheço. É difícil não ficarmos de boca aberta com as florestas e ruínas perdidas da India, com um impressionante nível de detalhes. É impossível não se ficar encantado as com estátuas do Império Hoysala, com os animais que habitam as matas, não esquecendo claro, com as construções abandonadas por onde Chloe e Nadine se aventuram.
Um dos pontos forte de Uncharted: Legacy of Thieves é a sua jogabilidade. Vamos escalar muito, para descobrir tesouros e resolver enigmas, vamos andar muitas e muitas vezes aos tiros (e que belos são esses momentos), não esquecendo também as perseguições dignas de um filme, sejam elas em terra ou em alto mar. Portanto, temos aqui um grande cocktail de emoções fortes e por vezes também de alguma frustração (alguns dos enigmas são uma dor de cabeça… que nem vos conto).
No que toca à componente gráfica, poderão jogar com uma resolução 4K e com 60 fps, se tiverem computador par tal claro (uma RTX 3080 para desempenho ultra). Como a minha GTX970 de 4GB está longe de ser uma placa topo de gama nos dias que correm, consigo jogar muitíssimo bem é certo, mas tenho que jogar no modo de equilíbrio gráfico, que é um dos quatro modos disponíveis. Mesmo podendo jogar relativamente bem no modo de qualidade, preferi baixar um patamar para ter uma experiência de jogo mais smooth.
O jogo também permite que seja usada a tecnologia da AMD, Fidelity FX Super Resolution 2. que recorre a algoritmos de ponta para acelerar as taxas de frames por segundo e proporcionar experiências de jogo de alta qualidade e alta resolução. Se tiverem uma gráfica compatível para usar esta tecnologia, usem e abusem.
Uncharted: Legacy of Thieves pode ser jogado com teclado e rato, contudo, e depois de ter experimentado por uns 10 minutos, desisti da ideia e liguei ao computador o comando Dualsense da Playstation 5 e a experiência foi logo outra, com controlos super refinados e suaves que deixam pouca ou nenhuma margem para falhas. De referir também que o comando Dualshock da Playstation 4 também pode ser usado.
Se estão interessados em adquirir esta coleção, encontra-se disponível na Epic Games Store, ou então na Steam.
Conclusão:
A chegada aos computadores de uma das melhores franquias da Playstation é muito bem-vinda. Claro que quem nunca jogou os três jogos anteriores terá que dar uso as consolas da Sony para ficar a par de toda a trama até agora. Visualmente, Uncharted 4 e Lost Legacy estão bastante mais “apetecíveis” do que nas suas versões originais da Playstation 4, e irão deixar os jogadores certamente deliciados. Caso optem por esta nova versão para PC, ou pela versão da Playstation 5, tem em mãos a derradeira experiência de Uncharted.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.