Finalmente, consegui ver o terceiro e muito aguardado Guardians of the Galaxy – Volume 3! Para mim, e tal como Blackpanther ou The Avengers: Age of Ultron, este é mais um dos filmes do Marvel Cinematic Universe que me agarrou ao ecrã desde o primeiro segundo, e foi um bonito “adeus” (ou talvez não) a estes “heróis improváveis”!
A equipa de heróis mais improvável do Marvel Cinematic Universe tem agora uma casa: Knowhere. A vida corre sem grandes preocupações na base de operações, onde a vida corre tranquilamente depois da aniquilação universal de Thanos. Contudo, ainda se sente a dor da perda de Gamora pelas mãos do Mad Titan, que na verdade está morta…, mas ao mesmo tempo não está.
Mesmo com a Gamora “original” morta, houve certa confusão que acabou por deixar a Gamora de uma outra timeline para trás, só que esta possui uma personalidade completamente diferente, uma que com certeza nunca sequer pensou em ter uma relação com Star Lord e fazer parte de uma equipa de heróis disfuncional.
Neste terceiro filme, temos um Peter Quill que não consegue lidar com a situação de perda da Gamora “original”, mas que também tem dificuldades em aceitar que a Gamora que está viva não é a mesma que conheceram, Groot apresenta-se com mais maturidade (na fase jovem adulto), Drax apresenta uma ligação forte com Mantis, que apesar de estar feliz, parece sentir-se um pouco deslocada do grupo e temos ainda Nebula, que nota-se que é a líder do grupo nesta fase de “rumo perdido” que se encontram.
Apesar dos tempos calmos que se vivem, existem contas a ajustar com o passado, e para alguns deles, são os fantasmas do passado que os vão assombrar. O filme inicia-se com um pequeno momento no passado da vida de Rocket, enquanto era apenas uma pequena cria, mas em poucos minutos somos transportados de volta para o presente onde vemos Rocket a ouvir o tema dos Radiohead “Creep”, que lhe faz recordar uma boa parte do seu passado e que lhe dá sensação de desajuste que ele sente nesta fase da sua vida. Começa assim uma nova aventura espacial ao ”bom” estilo dos Guardiões, onde tudo começa a dar para o torto como nos filmes anteriores, mas o que mais gostei foi o toque bastante emotivo que James Gunn deu ao seu filme.
Viajando um pouco atrás no tempo (o filme tem muitos destes momentos), conhecemos o High Evolutionary, um cientista que procura a paz Universal e para isso, tenta encontrar a fórmula para criar seres (fazendo experiências constantes) que não tenham quaisquer sentimentos de agressividade (ou outros sentimentos que a possam originar), de modo que através da paz por todos os cantos do Universo ele possa governar tudo. Um tirano “pacifico”, portanto! (Bem…, pelo menos não quer aniquilar metade do Universo como Thanos).
Continuando, com a preciosa ajuda de Rocket, o High Evolutionary estava perto de alcançar o objectivo, e agora (já no presente) ele vai fazer tudo para recuperar a sua preciosa experiência 89P13, a.k.a, Rocket Racoon. E como é que ele se lembrou outra vez da existência de 89P13? Bem, graças a um ataque dos The Sovereign (que também existem devido ao High Evolutionary), que quando descobrem que os nossos Guardians estão em Knowhere, lançam um ataque surpresa, enviando o poderoso Adam Warlock, que pelo meio acaba por ferir com gravidade Rocket. Se calhar perguntam? Nada que um kit de primeiros-socorros não resolvesse, certo? Sim, isto se não existisse um código na programação num dos vários dispositivos cibernéticos no corpo do guaxinim, e esse código existe para acabar com a vida dele em caso de emergência. Este é um dos motivos que o filme está excelente, pois pela primeira vez foca-se profundamente na história de Rocket Raccoon e nas suas origens.
O nosso grupo de heróis sabendo disso, não desistem em tentar ajudar Rocket, e decidem envergar numa espetacular aventura em busca dos ficheiros que possam ter a informação relacionada com o passado do guaxinim, e para isso Nebula vê-se obrigada a contactar Gamora (que trabalha agora com os Ravagers), de forma que esta os ajude a entrar na Orgosphere, um planeta vivo que está sob alçada do High Evolutionary. Contudo, e apesar de terem conseguido alcançar o objetivo de entrar na Orgosphere (de forma mais ou menos caótica), o que procuram está na posse do High Evolutionary, e a solução passa por irem ao mundo onde ele está, a Counter-Earth.
Guardians of the Galaxy Vol. 3 é possivelmente o último filme desta equipa de heróis da Marvel, e como tal James Gunn tenta (quase na perfeição) que esta seja uma bela “homenagem” de o fazer. É possível ver que James Gunn goste dos “excluídos” e de personagens que tinham de tudo para não ser heróis populares, mas no fundo sempre foram, tanto que é possível ver isto noutros filmes ou na série Peacemaker deste realizador de sucesso.
A nível de narrativa, senti que estava um pouco quebrada, pois grande parte do filme acaba por ser “carregado” apenas com a história de vida de Rocket e por tudo aquilo que ele teve de ultrapassar até ser um membro dos Guardians of the Galaxy. A restante narrativa é muito acelerada e pouco espaço deixou para as personagens se desenvolverem, e toda esta serve apenas de alívio cómico, por vezes desajustado, pois existe um exagero na comédia, quebrando o tom mais emocional que estamos a sentir com a história de Rocket. A aposta no tão aguardado aparecimento de Adam Warlock neste filme apenas tem o propósito de fazer vender o nome, e pensei que tivesse um maior impacto honestamente. Foi necessário ser-lhe dada uma justificação um pouco rebuscada para que este não atingisse o seu esplendor máximo, e provavelmente para não “roubar” as atenções que estão viradas para Rocket.
Quanto às interpretações, destacaria Karen Gillan, que como Nebula tornou-se numa parte funcional/crucial da equipa e carregou-a durante esta derradeira aventura, porém carece de um desenvolvimento mais real. Além disso, claro está Bradley Cooper, como Rocket Raccoon, que especialmente através dos flashbacks mostrou a relevância desta tão importante personagem. As restantes personagens e interpretações ficaram demasiado aquém do desejado, e talvez muito devido ao elevado número das mesmas. Dave Bautista continua a trazer comic reliefs juntamente com Pom Klementieff, porém Drax e Mantis respetivamente tem pouco a fazer no filme, não esquecendo claro Vin Diesel, como Groot, que apenas faz o seu simples trabalho de voz.
As pequenas escolhas feitas por James Gunn fazem com que esta aventura seja possivelmente melhor do que a do segundo filme, porém inferior ao primeiro. Mesmo tentando preencher todos típicos requisitos dos filmes da Marvel, é possível ver a personalidade do carismático realizador nesta aventura, seja nas suas escolhas de músicas ou nas imagens intensas cheias de homenagens e pequenas metáforas. Mesmo tendo uma ou outra falha, isto tudo faz com que Guardians of the Galaxy Vol. 3 seja um dos melhores filmes após The Avengers: Endgame
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.