Tão “incrível” quanto o próprio Homem-Aranha, a versão para computadores de Spider-Man 2 traz uma série de vantagens técnicas e provavelmente fará regressar a Nova York muitos dos jogadores que já jogaram a aventura na Playstation 5.
Não tinha tido a oportunidade de jogar a versão da Playstation 5, portanto estava bastante curioso para ver se o segundo jogo era tão bom quanto o seu antecessor (e Spider-Man: Miles Morales claro). Decidi, portanto, escrever uma análise mais abrangente e não apenas acerca do que esta nova versão PC tem de “superior/melhor”.
Para quem então nunca jogou este segundo jogo, a história começa com Peter Parker e Miles Morales a tentarem conciliar a vida dupla de pessoas normais com a de super-heróis. No caso de Peter, ele acaba por se tornar professor na escola de Miles (e ainda sofre com a perda da Tia May), enquanto Miles está “a fritar o cérebro”, pois precisa de escrever uma redação sobre si próprio para uma vaga na universidade.
O jogo começa em pouco tempo a carregar no acelerador, pois oferece-nos um combate simplesmente espetacular contra Sandman, que está completamente transtornado e começa a espalhar o caos em Nova York. Em 15 minutos de jogo, percebi que Spider-Man 2 é um jogo muito mais ambicioso que os seus antecessores e que certamente já não rodaria de forma satisfatória na Playstation 4. Relembro que Spider-Man e Spider-Man: Miles Morales tiveram direito a versões para a consola de anterior geração da Sony.
Após este embate inicial contra Sandman, cria-se o cenário “perfeito” para que Nova York precise dos dois Spider-Man e a história se desenrole. Uma boa parte da cidade acaba arrasada pelo ataque do vilão e os criminosos começam a tirar proveito da polícia, os bombeiros e outras autoridades estarem ocupadas a resgatar as pessoas afetadas pelo caos provocado por Sandman.
Isto, obviamente, é apenas o prólogo do jogo, já que a história de Spider-Man 2 é bastante movimentada. Há tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo que parece até que estamos a jogar a história de dois jogos (e não apenas um), já que leva um tempo considerável até que Kraven, um dos principais antagonistas do jogo, acabe por aparecer.
A forma como o estúdio da Insomniac aproveitou os eventos do primeiro jogo do Homem Aranha em Spider-Man 2 é bem interessante, aliás, toda a história gira em torno de Kraven. O caçador supremo está à procura de novas presas e novos desafios, e ele vai até Nova York exatamente para isso, mas não exatamente para caçar Peter Parker e Miles Morales (adversários que ele considera não estarem à sua altura), mas sim os vilões que enfrentamos no primeiro jogo e também vilões que os fãs de longa data de Homem Aranha conhecem.
A história tem muito (mas muito) mais que se lhe diga, mas, para evitar dar mais spoilers, acho melhor não contar muito mais acerca da mesma, pois, é extremamente satisfatório descobrirmos por nós próprios o que vamos ter pela frente.
Portanto, além da história principal, Spider-Man 2 ainda possui uma série de atividades paralelas que enriquecem o jogo de uma maneira bem interessante. Partes das atividades são “recicladas” do primeiro jogo e também de Spider-Man: Miles Morales, como os crimes que vão aparecendo um pouco por toda a cidade e as bases de inimigos que precisamos de “destruir”, mas que desta vez não são do King Pin, mas sim dos Caçadores de Kraven. Exceto estas duas atividades e a de tirar fotos dos pontos de interesse de Nova York, todas as outras atividades extra do jogo são novinhas em folha.
Algumas dessas atividades são exclusivas de Peter e outras de Miles, e algumas delas são compartilhadas entre os dois aracnídeos. Um pormenor bem interessante destas atividades (bem como de outras da campanha principal do jogo também), é que quase nenhuma delas envolve combater, mas sim outras atividades diferentes, como Peter a ter que resolver uns tantos puzzles para ajudar a criar plantas híbridas melhoradas para alimentar a população de Nova York, ou até mesmo ter quer pilotar drones para uma iniciativa de polinização. No caso de Miles vamos ter que resolver alguns desafios para encontrar os depósitos de equipamentos do Prowler e assim tirá-los das ruas para evitar que caiam em mãos erradas.
Esse tipo de conteúdo é muito bom pois ajuda evitar que o jogo se resuma apenas a andar pela cidade à pancada com os criminosos. Portanto, caso queiram descansar um pouco da pancadaria, é possível relaxarmos por um bocado e fazermos coisas diferentes, variando assim o gameplay. Além destas missões espalhadas pelo mapa (que está bem maior graças aos novos bairros adicionados), também há missões de histórias paralelas, como a App do Homem-Aranha – Amigo da Vizinhança, e também algumas missões adicionais focadas em ambos os heróis.
Claro que completar esta sidequests dá-nos direito a ganhar extra XP, que podemos usar para melhorar os atributos físicos de ambos os personagens, como vida e força de ataque e também para desbloquear novas skins (e existem uma panóplia de skins para se obter). Um aspeto importante é a remoção das habilidades exclusivas dos fatos. Agora, qualquer visual pode ser usado sem que precisemos abrir mão de uma determinada vantagem. Isso dá assim mais liberdade para escolher o nosso fato/skin favorito sem comprometer a estratégia que queremos usar nos combates.
Falando um pouco sobre o combate do jogo, por causa das novas habilidades dos dois heróis, eu acho que Spider-Man 2 é um jogo mais fácil, pelo menos quando se trata de dar porrada nos marginais ditos “normais”. Ou isso, ou eu jogo muito bem.
Os combates contra os Bosses, esses parecem ter ficado bem mais desafiadores. Não foi em um, nem dois Bosses que eu tive alguma dificuldade de os deitar abaixo, já que o jogo exige que saibamos atacar sim, mas também saber esquivar e bloquear os ataques na hora certa para ter alguma hipótese de sobrevivência, já que os golpes deste tipo de inimigos quando nos acertam tiram bastante vida.
Falando um pouco da parte técnica, estou a jogar num Laptop com uma gráfica RTX 4060 8GB e 32GB de RAM DDR5, em Full HD. Ativei o Ray Tracing para o nível alto, qualidade gráfica alta e ativei o gerador de frames da NVIDIA (DLSS) para tentar manter a taxa de frame rate estável em 60 FPS. O resultado foi um desempenho extremamente fluído e sem grande queda de frames, mas para a minha surpresa, as coisas não mudaram muito quando decidi desativar o Ray Tracing e o DLSS. Mesmo sem o recurso de iluminação, o jogo ainda se manteve muito vistoso e com um desempenho muito satisfatório.
Outro ponto bastante positivo deste port desenvolvido pelo estúdio da Nixxes Sofware é o suporte para monitores de formato Ultra-Wide (48:9) e a compatibilidade com DLSS 3, FSR 3.1.1 e Intel XeSS, o que otimiza ainda mais a performance do jogo.
Se perguntam quais os requisitos para rodarem o jogo na vossa máquina, eles são os seguintes:
Spider-Man 2
Requisitos mínimos
- GPU: NVIDIA GeForce GTX 1650 ou superior / AMD Radeon RX 5500 XT ou superior
- Processador (CPU): Intel Core i3-8100 ou superior / AMD Ryzen 3 3100 ou superior
- RAM: 16 GB
- Performance espectável: 720p e 30 fps
Requisitos recomendados
- GPU: NVIDIA GeForce RTX 3060 ou superior / AMD Radeon RX 5700 ou superior
- Processador (CPU): Intel Core i5-8400 ou superior / AMD Ryzen 5 3600 ou superior
- RAM: 16 GB
- Performance espectável: 1060p e 60 fps
Conclusão
Pros
- Performance excelente, o jogo corre de forma muita fluida
- Sistema de combate gratificante
- Mapa de jogo ampliado. Nova York está melhor que nunca
- Enredo extremamente cativante
Contras
- As Boss fights podem ser muito frustrantes. Provavelmente será boa ideia diminuir o nível de dificuldade
- Por vezes ouvimos as vozes das personagens noutro idioma que não o escolhido
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.