Assim como muitos títulos da Nintendo Wii U, os jogadores praticamente que exigiram por uma versão para a Nintendo Switch de Xenoblade Chronicles X. Quem espera sempre alcança e eis que o aclamado jogo finalmente chega no “fim de vida” da consola híbrida da Nintendo.
Xenoblade Chronicles X chegou à Nintendo Wii U corria o ano de 2015 e tornou-se num dos melhores títulos da biblioteca da consola. Além da história envolvente, a sua jogabilidade num mundo aberto incentivava a exploração profunda e aliado aos combates dinâmicos, o jogo rendia imensas horas de diversão. Agora pergunto, será que estas melhorias nos visuais e na jogabilidade (além de novidades no seu conteúdo), será que Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition é um RPG que vale a pena darmos uma chance?
Para quem nunca jogou o jogo da Monolith Soft anteriormente, Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition começa no ano de 2054. Uma guerra intergaláctica entre duas raças alienígenas destrói a Terra por completo e coloca a humanidade à beira da extinção. Felizmente, um plano de contingência foi criado e os sobreviventes fogem para o espaço para escaparem à aniquilação, na esperança de encontrarem planetas para poderem colonizar.
Depois de algum tempo ter passado, a nave USS White Whale (uma das poucas que conseguiu fugir da Terra), é forçada a aterrar no planeta Mira devido a um ataque causado pelas mesmas raças alienígenas que destruíram o planeta Terra. Depois da poeira assentar (e do nosso personagem ter sido resgatado), juntamo-nos à BLADE, e vamos ter de ajudar que a colónia de New L.A sobreviva e assim garantir a sobrevivência da humanidade.
O enredo de Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition também é mais superficial (quando comparado com os jogos Xenoblade numéricos), não toca em temas tão profundos e, se toca, é muito de leve. Contudo, isso não significa que a história não seja interessante, pelo contrário: há momentos muito bons e sequências de ação tremendamente épicas. E, como de costume, também temos direito a algumas reviravoltas que nos deixam de boca aberta.
Quem deseja uma aventura longa, ficará então feliz por saber que terá de jogar entre 80/90 horas para ver o fim da história. Para explorar tudo o que o jogo oferece, então estejam preparados para ultrapassar as 200 horas para concluir tudo o que sejam missões secundárias. É uma duração respeitável que irá entreter fãs de JRPG´s hardcore, mas pode ser bastante desgastante para os jogadores mais casuais.
O jogo obriga-nos (discretamente) a completarmos as missões secundárias para progredirmos. Caso tenham interesse em apenas seguirem a história principal, vão perceber que nunca vão estar no nível mínimo recomendado e vão ser obrigados a realizarem atividades extras e bastante grind.
Quem gosta de imenso conteúdo e missões secundárias, então vai ficar radiante. É nas missões secundárias que vamos explorar as relações entre os personagens e isso dá mais profundidade ao enredo principal. Além disso, a esta nova versão remaster traz novos companheiros que podemos recrutar e conteúdo nunca visto da história que enriquece a experiência como um todo.
Achei interessante que aos poucos, estas missões de carácter opcional (mas essenciais ao mesmo tempo), constroem o mundo ao nosso redor. As pequenas histórias que acompanham as missões dão vida ao planeta Mira, mesmo que sejam através de um enredo muito estranho, pois contribuem com algo relevante ao nível do enredo como um todo.
Algumas missões até mudam ou dão origem a novas missões dependendo das decisões que tomamos. Nesse sentido, existem algumas bastante memoráveis que podem ter um resultado muito sombrio se não tomarmos a decisão mais correta.
O fato da história ser tão dispersa tem a ver com a sua estrutura. Praticamente todas as atividades do jogo são projetadas para explorarmos o planeta Mira, fazendo-nos sentir como verdadeiros exploradores espaciais descobrindo um novo mundo.
Na verdade, para “desenvolver” ainda mais o mapa, devemos colocar sondas em pontos específicos para “mapear” terrenos desconhecidos. As sondas vão dar-nos acesso a um sistema de gestão de recursos que nos convida a escolher qual o tipo de sonda mais apropriada para instalar em cada ponto.
Uma das mecânicas bem conseguidas é o nível de Afinidade que funciona como uma espécie de nível de amizade. Esse nível aumenta quando se completam missões com membros do grupo e ao atingir um certo ponto, que por sua vez desbloqueiam cenas exclusivas que nos dão mais detalhes das suas histórias, interesses/receios e personalidade.
Em termos de combate, Xenoblade Chronicles X: Definitive Edition tem um sistema semelhante aos restantes jogos Xenoblade, que consiste em ataques automáticos e Arts, mas também possui vários elementos distintivos, como o uso de armas brancas e de longo alcance ou a possibilidade de atacar partes específicas dos inimigos para impedi-los de usar certos ataques e obter materiais exóticos.
Basicamente, os nossos aliados (e inimigos também) atacam automaticamente, enquanto nós podemos usar os ataques normais e as poderosas Arts, que costumam ser devastadoras se bem desenvolvidas. Para haver algum equilíbrio, elas exigem um pequeno tempo de recarga.
O sistema de combate ainda introduz o novo sistema Quick Art, que pode ser identificado pela barra na parte inferior da interface principal. Enquanto ela estiver cheia, podemos carregar no botão Y para ignorar o tempo de espera de uso das Arts nos combates. Contudo, requer um pouco de estratégia para não ser usada em vão.
Convém ainda falar sobre o elemento mais “importante” e distinto de Xenoblade Chronicles X: os Skells. Pois é, os nossos personagens podem pilotar mechs, o que muda completamente a exploração e o combate… sem falar no quão porreiro é controlar um robô gigante que pode transformar-se num veículo terrestre ou subir aos céus. Eu arrisco-me a dizer que quando temos acesso aos Skells, temos o prazer de assistir a algumas das batalhas mais espetaculares e épicas de toda a franquia Xenoblade.
Apesar dos Skells serem extremamente poderosos, atenção que eles não são indestrutíveis. Caso seja destruído, precisamos regressar à nossa base para utilizar o seguro ou então ter créditos suficientes para comprar um novo. Isto faz com que pensemos duas antes de usarmos os Skells em batalhas que talvez não valham o esforço.
O jogo traz ainda um modo multijogador que permite formar até 32 jogadores em Squad Tasks, Online Missions e ainda as Global Nemesis Battles. Estes modos permitem obter equipamentos e outras recompensas interessantes indo sempre de encontro à temática de reconstrução do planeta Mira.
Tenho ainda que falar sobre a banda sonora… porque que está simplesmente fantástica. Penso que não há jogo da franquia que não se destaque neste departamento. Desde o tema principal, a imponente música de combate contra os inimigos Tyrants ou música de quando estamos a voar com um Skell…, estamos perante um trabalho que tem de ser dado o devido valor.
Na maior parte do tempo, o jogo corre sem problemas nuns sólidos 30 FPS, mas sofre mesmo assim algumas quedas na cidade de New Los Angeles e ainda quando mais personagens se juntam à nossa base. A mim não me incomoda, mas claro que pode ser um pormenor que possa incomodar alguns jogadores.
Conclusão
Prós
- Vasto mundo aberto para explorar
- Combates desafiantes
- Banda sonora de luxo
- Gameplay dos Skells bem conseguido
- História envolvente
Contras
- Quedas de fps quando existe muita coisa a acontecer no ecrã
- Pode ser desgastante fazer grind para subir de nível para se completar missões principais

Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.