Frenético, divertido e perfeito para ser consumido em pequenas doses.
Nunca devem julgar um livro pela capa e mesmo se aplica a um videojogo. Se me perguntassem o que achava deste título apenas pela sua componente visual, diria que estava perante mais um jogo cujo o único objectivo é varrer inimigos do cenário, nível atrás de nível. Bem, também é um pouco isso, mas não é só isso.
Super Crush K.O. consegue ser o típico que jogo que facilmente agrada a quase todo o tipo de jogadores. É simples na sua essência, os controlos são excelentes e oferece boas doses de entretenimento ao longo de vários níveis. Além disso, consegue ser desafiante em alguns momentos, apesar de ter uma história pouco ou nada relevante ao longo de todo o jogo.
Controlamos Karen, que parte em busca de Chubbz, o seu gato, que foi raptado por uma alienígena robô. Até agora, é a melhor sinopse de sempre de um jogo. Para ajudar Karen nesta demanda, temos ao nosso dispor arma que dispara lasers, para além de toda a nossa técnica em golpes físicos. Além disso, vamos aprendendo novos ataques e habilidades que tornam todo o combate ainda mais divertido e diversificado.
O jogo vai progressivamente introduzindo novos inimigos e são eles que acabam por dar mais dinamismo ao combate. Cada um tem um ataque especifico e é importante que estejamos sempre atentos pois estes surgem no cenário de rompante e coisa facilmente fica descontrolada. Neste sentido, o jogo têm uma dificuldade justa e equilibrada, fornecendo vários check–points ao longo dos níveis, caso seja necessário rever a estratégia de ataque.
Visualmente o jogo é bastante interessante. Não sendo muito pormenorizado, todos os monstros que defrontamos seguem uma linha visual coerente numa mistura de animais com robôs. É tudo muito gráfico e cheio de cor, existindo alguns momentos em que nem nos apercebemos do que é que estamos a atacar, principalmente quando o cenário está pejado destas criaturas. No entanto, é esta acção meio louca que torna o jogo bastante apelativo e apetece-nos sempre jogar só mais um nível.
A banda-sonora é igualmente boa. Remete-nos para alguns títulos de plataformas da Mega Drive e nunca é aborrecida ou irritante. Tomara muitos jogos com grandes orçamentos terem música tão boa como esta a acompanhar toda esta aventura. Podem ouvi-la melhor no Bandcamp do Robby Duguay, que foi o seu compositor.
Apesar de curto e de sentir que falta algum conteúdo que acompanhe a acção, Super Crush K.O. foi uma surpresa agradável. Não é brilhante nem inovador, mas também não tem de o ser. É um jogo casual e acessível, que oferece excelentes momentos e uma mistura interessante de vários géneros. Afinal, não é isso que se pretende também?
Super Crush K.O. está disponível para a Nintendo Switch e PC.
Conclusão:
Um jogo frenético e aliciante, que agarra o jogador logo nos primeiros minutos. A Vertex Pop está de parabéns por ter conseguido uma mistura tão interessante entre plataformas, acção e shooter num título acessível mas bastante divertido.
Descobriu os videojogos através do Game Boy mas foi com a PlayStation 2 que percebeu a importância desta arte. Enorme fã de RPGs e jogos de plataformas, acha que o Final Fantasy X é a perfeição em formato jogável.