Confesso que quando soube deste lançamento para a Switch, excitação não foi uma palavra que descrevesse o meu estado de espírito.
Ok, vamos contextualizar! Sou novo no mundo Nintendo. A minha primeira consola foi uma NES Classic Mini e a segunda a SNES Classic Mini, sendo que só posteriormente adquiri a Switch. Tenho vindo a jogar os vários jogos lançados pela Nintendo e fiquei imediatamente fã do Super Mario Odyssey. Que muito me surpreendeu pela positiva, já que o único Mario que havia experimentado em 3D havia sido o longínquo Super Mario 64, incluído neste pacote de três.
Daí as minhas expectativas baixas em relação a este (re)lançamento. Conhecia um pouco melhor o título mais antigo e, do que me lembrava (ou achava que me lembrava), era uma experiência menor, relativamente à iteração mais recente da saga Mario. Os outros dois apenas os conhecia de nome.
Mas ainda bem que peguei neste trio de Mario’s. Foi, sem dúvida, um dos melhores lançamentos da Nintendo para este ano.
Joguei-os cronologicamente e devo dizer que a fluidez de Super Mario 64 me deixou atónito. Percebe-se bem o trabalho de otimização que a Nintendo teve para com este título. Os controlos e movimentos são suaves e a diversão de jogar Mario está toda lá. É apenas a nível gráfico que o jogo mostra os seus maduros 23 anos. No entanto, é um título muito engraçado e uma experiência bastante imersiva, pelo que os gráficos se tornam bastante secundários e rapidamente damos por nós simplesmente a usufruir. Embora se perceba aquilo com que a Nintendo se deparou em 1997, a nível de restrições de hardware, também se percebe que já nessa altura se encontrava o empenho em criar jogos divertidos. Empenho esse que tem persistido ao longo dos anos. As animações, movimentos e textos são estranhamente familiares e cedo nos esquecemos da idade de Super Mario 64.
Quando passei para Super Mario Sunshine, fiquei abismado com o salto dado em 5 anos. Não só pela diferença de poder gráfico entre a Nintendo 64 e a Gamecube, mas da próprio salto que a Nintendo deu a nível de elaboração de um jogo. Aqui já a o domínio do 3D era pleno e isso está presente em todos os elementos. Desde os cenários ao movimento e controlo de Mario, com o seu F.L.U.D.D., o fantástico canhão de água, que Mario usa tanto para combater como para se movimentar. A ilha tropical de Delfino está fantástica, com pormenores muito giros, incluindo os habitantes locais e flora. Dado o local onde se passa a ação, adorei a atenção aos pormenores, como a distorção provocada pelo calor tropical sobre o cenário.
Mas foi ao jogar Super Mario Galaxy que tive a surpresa mais agradável, tendo sido uma adaptação de um jogo Wii, este parece ter sido feito para a Switch, funcionando tanto em modo handheld como dock. Sendo que no primeiro modo podemos tocar no ecrã para tirar partido das funcionalidades que os joycons emulam em modo docked, como se de comandos Wii se tratassem. A nível de qualidade gráfica as diferenças para com Super Mário Odyssey são quase impercetíveis e, dos três jogos, este é sem dúvida a cereja no topo do bolo. Tão divertido como qualquer outro Mario, mas com um controlo excelente e tirando todo o partido dos cenários. A gravidade dos planetas e o modo como usamos as estrelas para catapultar Mario entre as várias áreas foram uma agradável surpresa.
Super Mario 3D All-Stars foi um presente para os fãs, tanto os de longa data, que já conhecem bem estes jogos, delirando com a carga nostálgica que estes carregam, como para os mais recentes, nos quais me incluo, a quem é dada a oportunidade de experienciar estas pérolas da história da Nintendo. Junto a estes três jogos, temos ainda as suas bandas sonoras originais, que podemos ouvir sequencialmente ou em modo aleatório.
Para os interessados é de notar que esta coletânea apenas estará disponível até março de 2021, pelo que não o deixem muito tempo na wishlist…
Conclusão:
Super Mario 3D All-Stars foi a melhor prenda que a Nintendo poderia oferecer aos fãs pelos 35 anos de Mario. Uma aquisição imprescindível para qualquer detentor de uma Nintendo Switch, que pelo preço de um jogo pode adquirir três pérolas da história de Mario e da Nintendo.
Começou a jogar num spectrum 48k e desde então tem uma paixão por videojogos, não imagina a sua vida sem jogar. Fã de RPGs, First Person Shooters e jogos Third Person, joga na sua PS5, Xbox Series S, PC e Nintendo Switch.