Darkest Dungeon – “Challenge Mode – On”

Darkest Dungeon – Bem vindos a um dos RPG´s mais stressantes e angustiantes já feitos.

Gostam de jogos difíceis de bater, intensos e com ambientes bem sombrios? Então sejam bem-vindos a Darkest Dungeon, um jogo extremamente desafiante, que nos agarra ao ecrã desde o primeiro minuto!

Apesar de ter sido lançado em 2016, só este ano fiquei a conhecer este belo RPG Dungeon Crawler através da Epic Games (que até foi um dos muitos jogos que já ofereceram), e posso desde já dizer que é um dos mais belos e desafiantes RPG´s que já joguei. Deixem-me então explicar um pouco do que se trata este jogo da Red Hook Studios.

Em Darkest Dungeon vamos assumir o papel do herdeiro de uma propriedade num estado decadente, e que se como isso não bastasse, foi corrompida por um mal ancestral. Temos então como missão descobrir e acabar com a origem do problema e em simultâneo restaurar a aldeia onde está situada a infame propriedade. Para levarmos a cabo esta perigosa tarefa, iremos contratar diversos aventureiros que vão explorar as várias dungeons presentes na zona.

As visitas a pequena comunidade da aldeia de Hamlet são um dos principais fatores a ter em conta neste jogo, pois é onde os nossos diversos aventureiros irão receber ajuda. Na taberna pode-se participar em jogos de apostas, beber até se cair para lado ou até mesmo passar uma noite nos quartos do bordel, tudo isto para recuperar forças e sanidade mental dos nossos personagens após regressarem de mais uma aventura pelas catacumbas povoadas por criaturas bem medonhas.

darkest dungeon - looting

Para além disto, também é muito importante visitar o ferreiro local para obter melhorias no armamento e passar também na “guild” para se comprar técnicas de combate mais poderosas.

Antes de cada incursão, teremos que escolher o “quarteto fantástico” de aventureiros, e por vezes a escolha é difícil, pois cada personagem tem atributos distintos. Podemos ter dez ou mais personagens… mas há que gerir bem a nossa “task force”, pois a Red Hook Studios não nos facilitou a vida, e definiu um limite máximo de aventureiros que podemos ter ao nosso serviço.

Entre os diversos aventureiros que vão chegando, temos de escolher aqueles que têm a classe que melhor se enquadra ao nosso estilo de jogo. Mas tal como referi, temos de ter espaço para os aceitar, senão seria fácil em recrutar todos os personagens que vão chegando. Existem catorze classes disponíveis, e existem ainda mais umas tantas via DLC.

Darkest Dungeon é principalmente um Role Playing Game como referi, mas o outro ponto forte é a sua componente dungeon crawler. Durante cada incursão o nosso grupo vai então explorar várias dungeons conectadas entre si, geradas sempre aleatoriamente. Este é um fator que me agradou bastante confesso, pois dá o feeling de termos sempre algo novo para descobrir, e aumenta ainda mais o interesse no jogo.

darkest dungeon - the blacksmith

E é também aqui, em cada visita às masmorras, que se tem de gerir eficazmente um dos principais itens do jogo, as nossas preciosas tochas. Quanto menor for a luz da tocha, maiores são os perigos… bem como a probabilidade de os nossos aventureiros começarem a stressar a torto e a direito. Nunca vi tantos ataques cardíacos num jogo vou ser honesto…, mas é isto que faz Darkest Dungeon ser um jogo repleto de intensidade e desafiante.

Contudo… e se são de arriscar tal como eu… quanto mais escuro estiver, melhor loot no final de cada aventura haverá.

Sem sombra de dúvidas, a principal característica de Darkest Dungeon é em como as decisões afetam diretamente o psicológico dos nossos aventureiros, afetando de forma drástica a dificuldade de exploração e de combate contra as muitas aberrações que vão aparecendo. Pavor do escuro que como consequência leva a errar ataques, várias doenças, que causam efeitos negativos, são apenas algumas das situações que farão com que os nossos bravos heróis testem sua fé para não sucumbir perante o medo. O nível de stress é tão importante, que por muitas vezes foi fator decisivo para eu alcançar a vitória… ou não.

Os combates são por turnos (e ainda bem confesso) e a posição dos nossos aventureiros determinará que tipo de ataques eles podem executar. Os ritmos dos combates são rápidos e visualmente bem atraentes (a câmara inclina-se e aproxima-se, dando um toque dramático aos combates). A variedade de estratégias é grande (muito devido as catorze classes disponíveis) e o jogo incentiva inclusive a experimentar combinações diferentes a cada visita às masmorras.

darkest dungeon - deathblow hit

Eu honestamente não dispenso ter na equipa um healer (ou por vezes dois), contudo, não é obrigatório. Se preferirem ter uma equipa onde o importante é causar o máximo dano em cada ataque… força!!

Aliado ao belo grafismo 2D, que transmite e bem o ambiente sombrio que se deseja em Darkest Dungeon, temos também uma componente sonora fantástica. A música complementa muito bem a sensação de nervosismo constante e de estarmos sempre alerta para não sucumbirmos nas muitas incursões que teremos pela frente.

Realço ainda as intervenções do narrador da nossa aventura (com a sua voz assertiva) sempre que nos vamos aventurando pela masmorra escura, ou até mesmo quando matamos uma criatura fazendo um “critical hit”. Como adoro ouvir “Begone fiend”… pois dá-me a sensação, nem que seja por breves segundos, que o combate está a meu favor.

Conclusão:

A obra da Red Hook Studios é um dos jogos mais agradáveis que tenho vindo a jogar nos últimos tempos, e onde já tenho imensas horas de jogo. Com uma profunda e complexa experiência de jogo, de certeza que irá fazer as delícias dos amantes de RPG. Apesar de a história ser um pouco simples, as batalhas duras que teremos pela frente conseguem mostrar toda a qualidade de Darkest Dungeon. Venha agora o segundo jogo, pois eu cá já estou à espera!