Se há jogos que têm o dom de parecerem simples mas que se revelam autênticos desafios, Lonely Mountains: Downhill é um deles.
Desenvolvido pela Megagon Industries, este jogo aparenta ser muito simples durante os primeiros minutos em que o temos nas mãos. No entanto, ao fim de algum tempo, percebemos que não é de todo um título fácil e que penaliza bastante aqueles mais distraídos e descuidados.
Assumimos o controlo de um ciclista de montanha que tem de completar determinados percursos, que são invariavelmente descidas de montanha. Até aqui tudo simples, se não fosse o factor de que qualquer movimento em falso, resulta numa queda espalhafatosa e temos de recomeçar de início ou de um checkpoint atingido durante a corrida. Isto, porque as corridas não são assim tão rápidas de completar, mais ainda da primeira vez que estreamos uma pista nova e não conhecemos os obstáculos que se avizinham.
Após terminarmos um percurso, desbloqueamos novos desafios dentro desse mesmo nível, como chegar à meta em determinado tempo ou terminar o percurso com o menor número de colisões possíveis. Desta forma, ficamos habituados a respeitar a montanha e todos os seus perigos, controlando melhor a forma como aceleramos ou derrapamos, bem como os trilhos alternativos e atalhos a ter em conta.
O que é mais cativante neste jogo é a capacidade de nos entreter de uma forma tão simples e, aparentemente, banal. Mas a verdade, é que, quando damos por nós, estamos a desfrutar de um passeio pela montanha com uma banda-sonora discreta mas relaxante. Não se dá pelo tempo passar e, quer seja por prazer ou teimosia, acabamos a querer fazer sempre mais uma etapa ou um nível.
Conclusão:
Lonely Mountains: Downhill é uma experiência peculiar, relaxante e bastante original. Demonstra de uma bela forma que nem todos os jogos têm de estar recheados de conteúdo, níveis ou tarefas para cumprir. Basta que seja uma experiência que nos ponha um sorriso, tal como este jogo o faz.
Descobriu os videojogos através do Game Boy mas foi com a PlayStation 2 que percebeu a importância desta arte. Enorme fã de RPGs e jogos de plataformas, acha que o Final Fantasy X é a perfeição em formato jogável.