Disclaimer: Sou fã de Crysis.
Lembro-me perfeitamente da sensação de espanto que tive quando o joguei há 13 anos atrás. Na minha memória Crysis era perfeito, excelentes mecânicas, excelentes gráficos e física e um argumento diferenciador. Jogamos na pele de soldado de elite, envergando um fato que potencia, em muito, as capacidades físicas do seu usuário, e que é colocado numa ilha da Coreia do Norte.
Quando pensamos que vamos combater Norte Coreanos e damos connosco a combater aliens… Escusado será dizer que foi um jogo que me marcou, e muito.
Obviamente que quando soube do seu Remaster não podia deixar de ficar feliz, recentemente estive quase a comprá-lo no gog.com. Ainda bem que não o fiz, pois pude agora jogar esta nova versão remasterizada.
Agora, é mais que sabido que a Nintendo Switch não é conhecida pelo seu incrível desempenho gráfico. Aliás, esse não é o foco da Nintendo. Razão pela qual estava muito curioso com o desempenho que Crysis Remastered teria na híbrida da Nintendo.
Não fiquei decepcionado, as mecânicas foram bem traduzidas para os controlos da consola e o jogo está muito fluído, com bons loading times (exceptuando o loading inicial). Os gráficos são o esperado, muito competentes e sem faltar um dos grandes trunfos de Crysis em 2007, a destruição de cenário.
Sendo que jogo FPS’s maioritariamente no PC, senti algumas dificuldades no combate, embora o motion control da Switch dê uma ajuda. Contudo, na minha opinião, a mira acaba por ser sempre o ponto fraco de qualquer FPS em consola e, neste caso, não foi excepção. A aprendizagem aqui é talvez um pouco mais lenta e dava por mim a usar a caçadeira tanto quanto pudesse, de forma a não ter de fazer pontaria de forma tão precisa. Foi aqui onde senti uma maior dose de frustração e onde creio estar o calcanhar de Aquiles do jogo.
Quando ligamos a Switch à Dock é que percebemos o quanto Crysis Remastered é melhor em modo portátil, o output de 720p é notório, sobretudo numa TV 4k de grandes dimensões, e tudo parece ligeiramente desfocado, dando a sensação de estarmos a correr o jogo em settings mínimos. Isto não afecta a fluidez e sem dúvida que podemos desfrutar de Crysis Remastered na sua plenitude.
Mas concluindo, Crysis Remastered vale ou não a pena na Switch? Certamente que sim. Pessoalmente troco gráficos vistosos por fluidez sem pensar duas vezes e, dadas as características da consola o jogo é exactamente o que esperava. Certamente fará as delícias tanto de fãs mais antigos como de novos jogadores.
Conclusão:
Crysis Remastered é o que se poderia esperar de uma port para a Switch, não comprometendo nada além dos gráficos e, mesmo assim, comportando-se à altura em modo portátil. Mantendo todas as mecânicas e divertimento de um jogo que, durante muito tempo, foi bitola para muito do que veio a seguir. Para quem vá preparado para sentir dificuldades a nível do controlo e mira, sabendo que até estar mais enquadrado com as mecânicas inerentes, irá sofrer de bons níveis de frustração, Crysis Remastered é sem dúvida uma boa aquisição.
Crysis Remastered está disponível para a Nintendo Switch e, mais tarde, será lançado para a PS4, Xbox One e PC.
Começou a jogar num spectrum 48k e desde então tem uma paixão por videojogos, não imagina a sua vida sem jogar. Fã de RPGs, First Person Shooters e jogos Third Person, joga na sua PS5, Xbox Series S, PC e Nintendo Switch.