The Pathless – serenidade e beleza na nova geração

Dos mesmos criadores de ABZÛ, a GiantSquid apresenta-nos um um título belo que, não sendo para todo o tipo de jogadores, promete deliciar os mais persistentes.

The Pathless vai buscar imenso a jogos como Journey e até Shadow of the Colossus, duas referências gigantes da indústria e, por isso, é um enorme elogio. O jogo começa sem nos dar muito contexto sobre a história ou os objectos, mas apresenta o suficiente para querermos saber mais e explorar os cenários.

Controlamos uma arqueira que pretende libertar o mundo de uma maldição monstruosa e algo abstracta. É simples na sua forma, com poucos diálogos e poucas intererações com outros intervenientes, a não ser uma águia que será a nossa fiél companheira ao longo do jogo, sendo quase uma personagem que acabamos por controlar de forma indirecta, quer seja para resolver alguns puzzles ou para alcançar locais únicos.

Um dos pontos fortes de The Pathless é a sua singularidade. Não pretende ser um jogo com grandes momentos de ação nem colocar nos cenários uma enxurrada de inimigos. Requer paciência, exploração e persistência na forma como descobrimos os puzzles e, posteriormente, na sua resolução. Mesmo os mecanismos de disparo de setas para os alvos que vamos encontrando ao longo do mapa, e que nos oferecem um boost à nossa personagem, requerem alguma prática para serem utilizados de forma exemplar. Dito isto, pode não ser um jogo que agrade a um público mais jovem e impaciente.

O outro aspecto que merece um grande destaque é toda a parte visual e sonora do jogo. The Pathless é um jogo lindíssimo e que mistura tantos elementos e referências que em alguns momentos até vi algo de Samuria Jack, Ghost of Tsushima e muitas outras obras. É um jogo limpo, sem ruído, visual ou sonoro, e que acaba por ser relaxante só de olharmos e explorarmos. Sendo um jogo de PlayStation 5, consegue encher o olho pela sua beleza algo simples e singela, não se preocupando com apresentar modelos de última geração mas sim desenhos mais nítidos e esplêndidos de uma meio envolvente místico e misterioso.

A banda-sonora não fica atrás e mesmo nos momentos de aparente silêncio, existem alguns sons e pormenores que dão ainda mais vida a este jogo que talvez pudesse ter um preço mais acessível, uma vez que tem uma duração algo curta, apesar de serem excelentes horas que aqui se passam.

 

Conclusão:

The Pathless é um jogo extremamente bonito, relaxante e, ao mesmo tempo, desafiante. Poderá tornar-se numa futura hidden gem numa consola que ainda agora chegou ao mercado mas que já mostra aqui a sua aposta em títulos diferentes.