Double Pug Switch – obrigado, mas não obrigado.

Há todo um universo de ficção que lida com a velha guerra entre cães e gatos, e Double Pug Switch é mais uma que escolhe o lado canino desta luta, mas de uma forma bastante original.


Em Double Pug Switch jogamos como Otis, um pug cujo passatempo favorito é domir no laboratório da sua dona. Infelizmente o seu companheiro Whiskers tem outros planos e ao derrubar duas pipetas abre um portal e é sugado para outra dimensão. Obviamente a nossa dona fica algo preocupada com  o ocorrido e resolve chamar-nos para ir resgatar o pobre gato.

E assim entramos no que, aparentemente, é um simples jogo de plataformas. Digo “aparentemente” porque este jogo tem um pouco mais que se lhe diga. E por um pouco mais quero dizer “múltiplas dimensões”, podendo Otis passar de dimensão em dimensão de forma a ultrapassar os vários obstáculos.

Mecanicamente, Double Pug Switch podia perfeitamente ser um daqueles velhinhos jogos flash de antigamente misturado com um endless runner, sendo tudo controlado com apenas dois botões, um para saltar e o outro para alternar entre dimensões. Infelizmente, e por muito simples que seja mecanicamente, Double Pug Switch é também um jogo incrivelmente frustrante, sendo a dificuldade incrivelmente variável de nível para nível, o que faz com que nunca tenhamos a sensação de estarmos a fazer qualquer espécie de progresso. Esta sensação também não é ajudada pela latência exagerada que parece existir entre o momento em que pressionamos num botão e o momento em que Otis efetua uma ação no ecrã. E tendo em conta que este é um jogo de reflexos rápidos, a experiência no seu todo não é das melhores.

Conclusão:

Double Pug Switch tem indubitavelmente o seu charme e terá certamente os seus fãs. Os níveis são bem desenhados e a ideia da alternância de dimensões, se bem que não incrivelmente original, é bem implementada. Mas para mim todo o charme do mundo não colmata as falhas existentes. Passo.