Pacific Rim: The Black – “Os Kaiju voltam à carga!”

Kaiju VS Jaegers?! Yes please!! Welcome to Pacific Rim: The Black!

Mais um fim de semana se passou, e como “devorador” de séries de animação, dei uma vista de olhos ao catálogo da Netflix, e decidi então ver os 7 episódios de Pacific Rim: The Black.

MINOR SPOILER ALERT

Esta série anime, tem como base a franquia dos filmes live-action Pacific Rim, e logo no primeiro episódio (num pequeno recapitular), somos contemplados com um resumo do que vimos no primeiro filme de 2013, explicando assim para quem não acompanhou a história, a ameaça Kaiju e de como eles saíram da fenda no Oceano Pacífico. Desde então, o pânico em diversas partes do mundo é uma constante, e foi criado uma Task Force de robôs gigantes, os Jaegers, que são peças essenciais no combate aos Kaiju.

Durante os sete episódios, vamos até uma Austrália desolada, para acompanhar a história (com diversos saltos temporais) de dois irmãos, Taylor e Hayley Travis, que se vão ver obrigados a assumir o controlo de um Jaeger de formação que foi “esquecido”, para assim irem à procura dos seus pais (que são pilotos experientes de Jaegers) que se encontram desaparecidos há 5 anos.

Contem assim com algumas batalhas entre Jaegers e Kaijus, mas não só, pois neste anime outro dos pontos fortes são as relações entre as diversas personagens, pois será um “ponto” essencial para que todos possam alcançar um objetivo comum. Outro pormenor que foi bem aprofundado, é de como experiências passadas acabaram por afetar as diversas personagens que vamos encontrar durante o anime, experiências essas que ficarão para sempre presentes pelo resto das suas vidas.

Um bom anime deste género para captar a minha atenção tem que ter uma história que esteja repleta de sequências devastadoras e marcantes, e foram estes pormenores que me fizeram querer ver os sete episódios de rajada, tanto que fiquei a desejar que a temporada fosse um pouco maior em episódios.

Diferente da mais recente longa-metragem de Pacific Rim (protagonizado por John Boyega), alguns elementos, como a física dos Kaiju e dos Jaegers, nota-se que estão mais desenvolvidas, tendo um comportamento mais “real”. Nota-se claramente que o peso e os movimentos são mais lentos, contrastando com a velocidade do segundo filme.

A genialidade do universo criado por Guillermo del Toro foi também muitíssimo bem aplicada na criação dos monstros e dos robôs gigantes, não só na sua majestosa aparência e agressividade, mas também na simples criação dos nomes, como “Hunter Vertigo” , “Striker Berserker” ou o simples mas totalmente eficaz, Apex!

Apesar da censura nesta série de animação ser um pouco “elevada”, a brutalidade presente está destinada somente ás batalhas contra os Kaijus (que mais parecem o Mortal Kombat). No confronto entre humanos, os tiros e explosões à queima roupa, deixam claro que existiu um acontecimento fatídico, mas nunca é visível.

No que toca ao visual desta animação, apesar de ser em 3D, denotei um “tratamento” (se assim posso dizer) para deixar o 3D mais semelhante com o 2D, tendo traços de cel shading. (como por exemplo encontramos nos jogos Naruto Ultimate Ninja Storm).
Foi ainda de louvar, nos momentos de batalhas, ver tudo a acontecer de forma fluída, tanto que mais parecia que estava a ver um vídeo a 60 fps!

Pacific Rim: The Black é um anime que gostei bastante de ver. São apenas sete episódios é certo, mas fiquei completamente rendido quer à qualidade, quer à história, que não se resume simplesmente nas batalhas dos Jaegers VS Kaiju. Claro que as cenas das lutas estão realmente bem estruturadas e não esquecem o toque de brutalidade que assim exigem.

A cereja no topo deste bolo foi a noticia que a Legendary Television já anunciou que está a ser desenvolvida a segunda temporada do anime! Resta agora esperar para ver o que daí vem!