Sempre tiveste o sonho de ser um Witcher como o Geralt of Rivia? Vamos lá então!
Foi no passado dia 21 de Julho que aterrou nos dispositivos Android e iOS mais um jogo passado no universo de The Witcher, a série vencedora da produtora polaca CD Projekt Red. Agora nesta nova aventura, intitulada The Witcher: Monster Slayer não temos o típico comando nas mãos, mas sim o nosso smartphone que é “peça” essencial para caçar tudo o que é monstro.
Este jogo free to play, foi desenvolvido por um estúdio subsidiário da CD Projekt Red, a Spokko Games, que tal como o famoso jogo Pokemon Go explora a tecnologia da realidade aumentada com a ajuda do Google Maps, que usa a nossa movimentação e localização em tempo real, bem como a câmara do nosso smartphone para realizar missões, analisar pistas e dizimar monstros.
The Witcher: Monster Slayer é passado muito antes do nascimento de Geralt of Rivia e de grande parte das personagens mais conhecidas da série, e conta com uma história especialmente criada para este novo jogo.
Claro que antes de me iniciar na primeira missão tive que criar a minha personagem (que bem podia ter mais opções de customização). Escolhi também um nome digno para um Witcher (Seth of Rivia) e saltei de imediato para pequeno treino que o jogo nos dá.
Para então concluirmos as mais variadas missões, temos que nos começar a mexer, por isso se gostam de caminhadas, porque não juntar o útil ao agradável?! (obviamente sempre com atenção ao que nos rodeia). Sendo assim, lá fui então para o local da minha 1ª missão, mais ao menos a 600 metros de onde me encontrava, e sem a ajuda do Roach, pois a vida está demasiado cara para eu ir comprar um cavalo!
O combate não é difícil de aprender na minha opinião, mas é difícil de ser dominado. Ele consiste em arrastarmos o dedo pelo ecrã para darmos ataques rápidos e fortes (que carrega uma barra de adrenalina, que irá gerar um critical hit), clicar no momento certo para aparar os ataques dos inimigos e desenhar no ecrã os símbolos dos sinais para os acionar. Podemos ainda usar diversos tipos bombas para causarmos ainda mais danos, tendo sempre em conta o tipo de monstro que vamos enfrentar, por isso convém cria-las e equipa-las antes do combate.
Os combates contam ainda com mecânicas que nos vão ajudar bastante, e que consistem em escolhermos a espada correta e bem como poções e óleos eficazes contra as fraquezas de cada monstro. Para sabermos tudo isso, existe um bestiário com informações úteis que pode ser consultado a qualquer momento.
O resultado de tudo isto é um gameplay divertido, que em pouco tempo, mostra que não é só rabiscar com o dedo para derrotar um inimigo, pois é preciso ficar atento aos pontos fracos e realizarmos os nossos ataques com rapidez e também com inteligência.
Para melhorar o poder dos nossos ataques, há ainda uma árvore de habilidades, que intensifica os poderes de ataque, sinais e alquimia. Bem ao estilo que os jogos Witcher nos tem habituado.
Para além das missões, também podemos simplesmente andar pela rua a caçar monstros aleatórios.
O que também recomendo, pois estes encontros aleatórios dão muitos ingredientes. Tanto que, em pouco tempo, o meu inventário estava repleto de ervas, crânios de vampiros e um sem fim de outras coisas bem estranhas.
Um pormenor interessante deste The Wicther: Monster Slayer é a influencia da altura do dia no aparecimento de alguns monstros. As assombrações por exemplo aparecem com mais facilidade ao final da tarde do que em pleno meio dia. Se estiver a chover (e presumo que se nevar também), também pode influenciar o aparecimento de determinados monstros.
Depois de termos os ingredientes necessários, estamos prontos para criar bombas, poções e óleos através da alquimia. Contudo, e como em grande parte dos jogos para smartphone, cada item precisa de um tempo para ser criado, que pode levar alguns minutos ou até mesmo horas. Por isso, tenham alguma paciência.
Já as moedas que vamos obter a cumprir missões e nos confrontos, servem para serem usadas na loja digital, que oferece desde bolsas para aumentar o inventário, a espadas de aço e prata e armaduras. São atualizações essenciais, que melhoram substancialmente as nossas chances de vitória, mas que são caras, portanto é preciso suar bastante para darmos uso às nossas moedas de ouro. Claro que podem dar uso às microtransações presentes e comprar de imediato o que desejam, mas isso agora depende obviamente de cada um.
Existem alguns problemas práticos que dificultam e até mesmo que impedem que seja possível jogar da forma que o estúdio pensou.
A localização das várias missões é gerada aleatoriamente e é preciso ir até determinado local para fazer as tarefas, por isso as chances das mesmas estarem localizadas num local inacessível, quer seja por motivos de deslocação ou até de segurança, é grande.
Existe a opção recolocar a missão, mas apenas se o jogo considerar que estamos longe do nosso objetivo. Já tentei por exemplo mudar o local de uma missão que estava a 2 km de distância e o jogo não deixou, dizia que estava “perto demais”. Whatever…
Outro ponto, e este falo por mim, é que o jogo poderia deixar escolher o idioma. Eu pessoalmente prefiro jogar em Inglês, porque sempre fui habituado a isso. Jogar em português do Brasil, pelo menos para mim…, não me cativa. Para mim, e a título de exemplo, ir ao bestiário e ler “Bruxa Sepulcral” em vez de “Water Hag”…., faz-me confusão.
Conclusão:
Apesar de alguns pequenos problemas, Witcher: Monster Slayer consegue transmitir a sensação que somos um Witcher, tal como Geralt ou Vesemir.
É simples e bastante divertido, mas se calhar é mais recomendado para os fãs da franquia Witcher, pois quem não está por dentro de todo este universo pode-se sentir meio perdido em relação a todo o conteúdo que o jogo tem. Há potencial para o jogo ser aperfeiçoado com o passar do tempo e espaço praticamente ilimitado para novas histórias e eventos, o que tornará Witcher: Monster Slayer numa experiência duradoura para os fãs.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.