Uma das mais prestigiadas séries de estratégia de todos os tempos voltou! Sejam muito bem-vindos ao mundo de Age of Empires IV!
Para garantir o retorno triunfal de Age of Empires, a Xbox Game Studios jogou pelo seguro. O jogo tem a assinatura da Relic Entertainment, veterana neste género e responsável pelas franquias Company of Heroes e Warhammer 40K: Dawn of War, e traz tudo o que os fãs dos jogos anteriores desejam: diversas civilizações, uma vasta e detalhada campanha a solo e vários modos de partidas multiplayer.
Tal como em Age of Empires II, iremos viajar até à Idade Média, desde a Idade das Trevas até à Idade do Imperialismo. A nível de jogabilidade, Age of Empires IV mantém presente a fórmula clássica dos seus antecessores, que nos motiva a construir bases, recolher de recursos e formar um vasto e poderoso exército.
Mas para quem não nunca jogou Age of Empires, o estúdio de produção introduziu (e muito bem) o First Time User Experience, que vai guiar os novos jogadores através dos princípios básicos da jogabilidade, com uma missão tutorial bem detalhada. Pessoalmente acho que até é recomendável passar aqui um pouco de tempo, nem que seja para nos habituarmos à interface do jogo.
Quem já segue a série Age of Empires ou está habituado este tipo de jogos, estamos perante um título RTS (Real Time Strategy), que nos irá oferecer uma diversificação dos exércitos que iremos comandar, o que nos dá imensa vontade de aprender a jogar com todas as civilizações que o jogo oferece. Esta diversificação é sempre bem-vinda e é ideal para ir de encontro ao estilo de jogo que mais gostamos de seguir.
Por falar em civilizações, Age of Empires IV tem 8 para serem exploradas ao longo de 35 missões, que refletem 500 anos de eventos históricos. Temos então a civilização francesa, a dinastia Abbasid, a civilização inglesa, a Chinesa, Os Mongóis, os Rus, o Sultanato Delhi e por último, e confesso que esta é a minha civilização favorita, temos o Sagrado Império Romano, império esse que teve origem na atual Alemanha, e é aclamada como a sucessora por direito do Império Romano.
Existem semelhanças entre edifícios e unidades, onde pouco muda para além do estilo visual, mas cada civilização tem também unidades e edifícios próprios. Cada civilização tem também comentários nos seus próprios idiomas, e incluem bandas sonoras específicas, o que dá ainda mais carisma a cada uma delas.
Mas o modo campanha não foi esquecido no novo jogo da Relic Entertainment, onde a sua estrutura narrativa irá cativar qualquer um. Vamos então encontrar quatro campanhas distintas, começando pela Norman, onde iremos liderar o exército de William da Normandia na conquista da Inglaterra. Logo depois somos colocados do outro lado da barricada na lendária guerra dos 100 Anos, onde a determinação de Joana d’Arc será posta à prova, sendo um dos pontos chave para manter viva a moral do seu povo, para assim começarem a construir a sua nação e libertarem-se da opressão e influencia dos ingleses.
Segue-se depois mais um confronto em que vamos ter oportunidade de controlar ambos os lados. Iremos começar pela insurgência de Moscovo, onde vamos assistir à criação de uma das maiores potências mundiais, na sua luta gigantesca contra as invasões dos Mongóis. Já do outro lado da barricada, vamos assistir à criação do chamado império Mongol, enquanto tentam apoderarem-se de grande parte do que hoje são a Ucrânia e a Rússia.
Adorei o pormenor de o estúdio de produção ter incluído imagens reais dos locais históricos misturadas com o grafismo do jogo. Por exemplo, na batalha do cerco a Paris, iremos ver o local atual da cidade onde aconteceu a batalha, enquanto se vai introduzindo aos poucos animações do jogo. É uma mera mudança estética claro, mas que traz consigo uma ainda maior sensação de autenticidade dos eventos, que quase parece que estamos a ver uma produção do History Channel.
Existe ainda um outro modo para um jogador deveras interessante. O modo Art of War foi introduzido no segundo jogo da série Age of Empires, e é destinado a quem quer aprender o básico do jogo, até os aspetos mais complexos sem precisar de passar pelo modo campanha. A ideia aqui é ensinar o jogador a ser mais eficiente possível, ora não fosse Age of Empires um jogo onde temos que gerir não só a velocidade que definimos estratégias, mas também há que saber aplicar essas mesmas estratégias da maneira mais eficaz. E como aqui vamos jogar contra o relógio, se conseguirmos fazer o que nos é indicado no menor tempo, iremos ganhar medalhas como recompensa. No pressure right?!
Para quem adora o clássico modo Skirmish, também aqui está presente. Podem escolher alguns presets presentes, ou então criarem uma partida com as vossas regras, e escolher qualquer uma das civilizações presentes. Quem quiser jogar com outros jogadores pode-o fazer no modo multiplayer, que tal como no Skirmish, nos deixa criar a nossa partida livremente, escolhendo o número de jogadores de 1vs1 a 4vs4, ou se queremos jogar de forma cooperativa e/ou contra outros jogadores.
Tal como mencionei anteriormente, Age of Empires IV mantém-se bem fiel aos pormenores que tanto sucesso lhe trouxe nos títulos anteriores. Temos mecânicas básicas que são simples de dominar, mas apresentam pequenos pormenores que são mais que suficientes para nos dar um bom nível de profundidade, o que é ideal para quem quer passar muito tempo em volta do jogo.
Existem, contudo, aspetos que precisam de ser polidos…, como por exemplo os mapas multiplayer e os mapas de batalhas contra a IA, são bastante pequenos. O espaço para construir a nossa base é muito limitado, e ainda por cima o jogo motiva-nos a colocar os edifícios juntos para ganhar bonificações. Maior liberdade precisa-se!
Em termos gráficos, Age of Empires IV está um mimo! Verdade seja dita que uma boa máquina irá fazer a diferença para aproveitarem o jogo em todo o seu esplendor, mas vale muito a pena!
As unidades estão bem trabalhadas e as construções estão bem detalhadas. A interface está mais simples e limpa, e o fato de ser minimalista ajuda bastante na hora em que partimos para a guerra.
Gostei bastante dos detalhes dados quer na construção, quer na destruição de estruturas. As animações foram bem conseguidas, pois notamos bem as diversas fases das mesmas, e ficamos com uma pequena noção de como é que eram construídas/destruídas.
No campo sonoro, a qualidade também não foi esquecida. É de louvar a atenção da Relic Entertainment para recriar as línguas das diferentes épocas, bem como a sua evolução em cada uma das civilizações, dando assim uma maior autenticidade ao jogo. Todos estes detalhes são acompanhados por uma trilha sonora utilizando instrumentos das épocas em questão, que são muito agradáveis de serem escutados e que acompanham sempre os momentos de maior clímax, mas que nunca senti serem repetitivos.
Conclusão:
Age of Empires IV aguenta-se muito bem quando comparado com o icónico segundo jogo da série, superando-o sem oposição na variedade de civilizações, seguindo assim a profundidade que era oferecida no também excelente Age of Mythology. Se forem fãs como eu desta mítica série de jogos RTS criada pela Ensemble Studios desde o seu início, vão encontrar novamente aqui a fórmula vencedora, não havendo assim razões para não mergulharem totalmente nesta nova aventura. E se possuírem o Xbox Game Pass, melhor ainda, já que o jogo é mais uma das grandes adições ao serviço.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.