Corria o ano de 1991, quando chegava à saudosa Sega Mega Drive um dos jogos mais viciantes (e fixes) da altura. Que saudades de jogar Road Rash!!
Antes de mais, alguns poderão dizer, “mas entretanto saiu o Road Redemption, é a mesma coisa”. Eu sei que sim, e não é um jogo muito mau até, mas o que trago hoje aqui ao desfibrilhador é a saga Road Rash, cujo último jogo viu a luz do dia no já longínquo ano 2000.
Mas voltando ao início desta mítica saga, a Sega Mega Drive recebia um jogo muito “bad boy“, o primeiríssimo Road Rash (também teve versão para a Game Gear, Master System e mais tarde já em 1994 teve direito a remake para PC, Playstation e Sega Saturn). O seu conceito era bastante simples: corridas ilegais sobre duas rodas, e foi graças a esse conceito que Road Rash viria a ser aclamado pela critica e também pelos jogadores.
Elogiado e adorado por muitos, o grafismo de topo aliado a uma jogabilidade frenética impressionou por se tratar de algo que nunca se tinha visto, fazendo de Road Rash um daqueles raros momentos em que os videojogos nos apresentaram algo de inédito.
O objetivo nas corridas de Road Rash era muito simples: disputar corridas não muito legais e chegar em primeiro…, sejam quais forem os meios. Dar “porrada” nos adversários e na polícia (com ou sem armas), causar acidentes contra o transito e outros obstáculos, enfim…, um autêntico “wild west” sobre duas rodas!
Existiam apenas 5 traçados no primeiro jogo, todas elas em diferentes zonas do estado da Califórnia, como a Sierra Nevada, Palm Desert ou Grass Valley. Após terminarmos as 5 pistas pela primeira vez, subíamos na categoria e teríamos de as voltar a jogar, contudo com a distância do percurso das corridas aumentava, bem como a sua dificuldade.
Foi com esta fórmula vencedora que no ano seguinte voltava a aterrar na consola da Sega o segundo jogo da série. Todo o conceito inovador de corridas de motos ilegais com a possibilidade de atacar os adversários foi mantido em todo seu esplendor, fazendo que o jogador não seja apenas um bom corredor, mas também um autêntico “road warrior”.
No segundo jogo as corridas eram disputadas nas estradas de 5 localidades distintas dos Estados Unidos: Hawai, Arizona, Tennessee, Alasca e Vermont. Novamente, sempre que subiamos de categoria, a dificuldade aumentava bastante, seja na agressividade dos adversários, seja na complexidade das corridas, que tinham mais trânsito e outros obstáculos, como animais e sinalização de obras por exemplo.
Embora Road Rash 2 não tenha mudado muita coisa em comparação ao jogo original, destacou-se como um dos melhores jogos de corrida da geração 16 bit.
Em 1995 a Sega Mega Drive recebia o terceiro jogo da série (e o último que joguei). A Electronic Arts decidiu neste terceiro jogo renovar o visual, bem como acrescentar algumas novidades (como perseguições de helicópteros) e refazer por completo o sistema de armas presentes.
Diferente dos dois primeiros jogos, agora corríamos em diversos países, entre eles o Brasil, o Reino Unido, a Itália, o Quénia e a Alemanha. Poderíamos ainda desbloquear o Japão, onde a corrida era realizada à noite, e também a Austrália, onde não faltavam cangurus no meio da estrada para nos dificultar ainda mais a vida.
Nos combates foram acrescentadas algumas armas novas, como por exemplo o taser, que eletrocutava o adversário e o deixava sem controlo da moto por alguns instantes. Ainda me lembro dos desgraçados às custas disso baterem nos carros e andarem depois aos trambolhões pela estrada…, era mesmo de rir.
Já na era da Playstation original, mais precisamente em 1998, chegava Road Rash 3D. A grande mudança neste jogo foi o uso do 3D para dar vida ao jogo, jogo que viria a ter críticas um pouco medíocres e que não teve um grande sucesso comercial.
A última vez que a série viu a luz do dia foi no ano 2000. Road Rash: Jailbreak foi lançado para a Playstation original e também para Game Boy Advance. As críticas apesar de serem um pouco melhores do que o título anterior, não fizeram que o último jogo da saga fosse um campeão de vendas e foi até referido que o primeiro jogo da série que corria na Sega Mega Drive era bem melhor que Road Rash: Jailbreak na sua versão Playstation.
Até aos dias de hoje a Electronic Arts têm na gaveta o que para mim é uma das melhores séries de videojogos já feitas. Nas consolas e PC atuais um novo Road Rash poderia ser um jogo com grande qualidade, que nos moldes dos jogos de hoje em dia poderia ser feito em conceito open world, como a Electronic Arts fez com Need for Speed: Payback por exemplo. E até porque não por a Criterion a produzir o jogo…, pois eles sabem fazer bons jogos!
Seja baseada numa cidade real ou não, era interessante ver o conceito aplicado nos jogos Need for Speed em Road Rash, que funcionaria bastante bem se me perguntam. Uma história bem detalhada era o ponto de partida para fazer realçar o jogo, que claro teria de incluir os elementos que caracterizam Road Rash, vencer as corridas e os diversos desafios que tivéssemos pela frente a qualquer custo.
Penso que corridas do ponto X ao ponto Y funcionaria melhor, pois a temática de Road Rash sempre foram as corridas ilegais, sempre com a polícia à perna. Como aconteceu no último título da série, a história poderia ser baseada numa disputa de gangs rivais, que daria com certeza um bom enredo. Não esquecendo também upgrades ás motos e até mesmo tuning, com novas peças, decalques, luzes…, e por aí fora.
Claro que a inclusão de um modo multiplayer também era uma boa adição, de certeza que iria ser até o ponto forte do jogo, mais até do que o modo historia. Já estou a ver só pancadaria e acidentes… ora não estivéssemos em Road Rash. Um conceito interessante a explorar seria até polícia VS racers, que como já se viu em Need for Speed: Hot Pursuit funciona muito bem e é um modo que muitos jogadores apreciam. Mas um modo free for all também era bem-vindo (de certeza de que a maioria nem chegava ao fim da corrida).
A Electronic Arts tem aqui “mina de ouro”, teria era que ser muito bem explorada. Fosse com motos reais ou fictícias, o que se queria era que o bom velho “road rage” que se via nas corridas de Road Rash pudesse chegar num futuro próximo aos jogadores. Eu cá comprava de certeza!
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.