Foi em 1994 que as arcades da NEO GEO recebiam o super divertido Windjammers, um jogo que tem um mix de Pong e Air Hockey e que teve um sucesso considerável. Volvidos estes anos todos, chegou agora Windjammers 2, mas será que consegue superar a fasquia do jogo original?
O novo projeto da Dotemu pretende seguir os moldes de um bom “velho” jogo para as arcades, por isso não esperem encontrar modos carreira por exemplo. A oferta de modos é bastante simples, e consistem nos modos Online, Arcade e Versus. E sinceramente, é o que se quer num jogo deste género.
O objetivo de Windjammers 2 é bem simples, jogar o disco na área do nosso adversário para pontuar. Existem diversas maneiras de se pontuar, e no início de cada partida iremos ver no ecrã de jogo onde pontuar mais, pontos esses que variam entre 2 a 5 pontos. Claro que iremos tentar pontuar sempre que possível na zona de 5 pontos, contudo muitas vezes é complicado (digo por experiência própria).
Será possível vermos na arena de jogo umas zonas de cor amarela e vermelha. Se acertarmos com o nosso frisbee na zona amarela, ganhamos 3 pontos e, caso acertemos na zona vermelha, ganhamos 5 pontos. Para ganharmos a partida, temos que fazer 15 pontos em cada set. Se ganharmos dois sets saímos vencedores, mas se existir um empate, existe um terceiro set para ser jogado. Mas se o terceiro set também terminar empatado quando o relógio chegar a zero, ainda existe uma ronda final de morte súbita (e eu já fui a cinco, e perdi todos diga-se).
Os controlos são bastante simples, contudo nas primeiras horas de jogo convém ter-se alguma paciência até se apanhar o jeito. Com o botão A (isto na Xbox) nos fazemos lançamentos diretos, fazendo o disco ir a direito ou então em diagonal. Já o botão B é usado para lançar o frisbee por cima (para se tentar fazer um “chapéu” ao adversário) para que caia no outro lado da arena e assim conquistarmos pontos de “miss”. Ganhamos este tipo de pontos quando o nosso frisbee não atinge nenhuma extremidade do campo de jogo e o adversário falha em capturar o nosso arremesso.
Os outros dois botões são também usados, sendo o X (na Xbox uma vez mais) usado para dar um “golpe” rápido do disco e rebate-lo de imediato para o adversário, e o botão Y é usado para saltar e rebater o disco enquanto estamos nas alturas.
Ao longo de cada set, iremos ter uma barra de energia para encher, para assim darmos uso ás habilidades especiais de cada personagem, bastando para isso pressionar os botões A+B. Existem depois duas formas para se usar estas mesmas habilidades, sendo a primeira forma quando estamos próximo do disco, mas não o conseguimos alcançar. Se usarmos a combinação de botões, iremos fazer surgir uma rajada de ar sair do solo, para assim lançar o disco nas alturas e fazermos um contra-ataque poderoso que leva tudo à frente.
A segunda forma é o “super power” de cada personagem, que quando ativada faz sair um “tiro” extremamente poderoso digno de Dragonball Z (e não estou a exagerar).
Quanto aos modos de jogo em si, e tal como referi acima, estão disponíveis três. Começando pela componente on-line de Windjammers 2, iremos encontrar partidas a contar para os Rankings, partidas rápidas e ainda partidas contra amigos. Aqui não estão disponíveis lobbys, por isso iremos encontrar adversários através matchmaking automático.
Também temos o típico modo Versus para jogar contra um amigo com o segundo comando na consola, e o melhor modo do jogo (para mim claro), o Arcade. Em cada ronda iremos ter a opção de dois campos distintos para jogarmos, e desta forma poderemos escolher qual o jogador que queremos defrontar e qual a arena que mais nos convém, uma vez que os marcadores de pontuação e obstáculos não são iguais. Um ponto positivo ainda no modo Arcade está na forma em como os nossos adversários são alternados, por isso se voltarmos a iniciar este modo, não iremos encontrar o mesmo adversário inicialmente e provavelmente nem as duas mesmas arenas que tínhamos encontrado de início na última incursão.
E se por ventura acham que é fácil bater o modo Arcade, então enganem-se, pois mesmo escolhendo a dificuldade fácil, os nossos adversários são duros de roer. Já experimentei todos os modos de dificuldade, e o modo de dificuldade mais elevado é simplesmente insano. Tão de pressa estava a começar, como tão depressa via o ecrã de Game Over.
Visualmente achei o jogo bem bonito, quer seja nos traços “cartoon” dos personagens, quer seja nas movimentações únicas de cada um deles e ainda nos efeitos visuais dos movimentos especiais. Senti que transmitem a nostalgia do primeiro título para as arcade da NEO GEO, mas claro com um grafismo mais atual e uma fluidez de jogo ainda mais eletrizante.
O jogo encontra-se disponível nas consolas da Sony, na Nintendo Switch, PC e ainda nas consolas Xbox (fazendo parte do catálogo do Game Pass).
Conclusão:
Viciante, penso que é a palavra que resume toda a experiência de Windjammers 2. É difícil jogar só uma partida apenas, pois vamos querer sempre mais e mais. O jogo do estúdio francês da Dotemu conseguiu agradar os jogadores old school, mas também não deve ter grande dificuldade em chamar a atenção de novos jogadores.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.