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The Batman – “Uma nova abordagem ao morcego de Gotham”

A DC Comics volta a trazer ao grande ecrã um “novo” Batman, e desta vez o protetor de Gotham City é protagonizado por Robert Pattinson, o eterno Edward Cullen da saga “Twilight”. O filme vale a pena ou nem por isso? Lets find out. 

Minor Spoilers alert 

Robert Pattinson já não é apenas o famoso vampiro de “Twilight” e não precisa de dar mais provas para provar o seu talento, mas houve quem duvidasse que este novo papel estaria bem atribuído. “The Batman”, que é realizado por Matt Reaves, mostra-nos uma modernização da tragédia que mudou a vida de Bruce Wayne, do herói que vive saturado e que luta se vingar e para trazer justiça, para assim garantir que mais nenhuma criança perde os seus pais em atos de violência. 

Diria que este é filme mais Batman já feito, ou seja, o vigilante de Gotham assume praticamente a totalidade de screen time. Contudo, este não é um Batman experiente, e mesmo como detetive falta-lhe astucia. Aqui vemos o “morcego” sempre pronto a partir para a fúria, que quer resolver as coisas com os punhos. Eu cá achei que Robert Pattinson teve um desempenho excelente, soberbo até, com espaço para crescer em futuras sequelas, quer como vigilante de Gotham, quer como Bruce Wayne.  

Quanto ao restante elenco do filme, temos também um conjunto de luxo. No papel de Jim Gordon, o mais fiel aliado de Batman no departamento de polícia de Gotham, temos Jeffrey Wright, que tem uma prestação que em nada fica atrás da de Robert Pattinson. Jim Gordon é uma personagem que está muito bem explorada, e é um elemento determinante nas investigações. 

Catwoman está também presente, e o papel é desempenhado por Zoe Kravitz, que tal como o “morcego” ainda comete alguns erros, sinal que ainda lhe falta experiência e confiança enquanto ladra. Uma prestação também excelente, e a química com o vigilante de Gotham funcionou bastante bem diga-se. 

Para dar dores de cabeça a Batman, temos The Riddler, que tal como todo o filme, ele também é mais sombrio, quando comparado a outras encarnações. Paul Dano mostra na perfeição a insanidade, a loucura e o génio do vilão. Adorei esta “nova” abordagem confesso, que pouco (ou mesmo nada) tem haver com o The Riddler interpretado por Jim Carrey em “Batman Forever”. Quero ainda mencionar o papel de Andy Serkis como Alfred Pennyworth, que tem uma postura brilhante, e que também é um elemento importante não só nas investigações do vigilante de Gotham, mas acima de tudo na vida do jovem Bruce Wayne (se virem o filme devem saber do que falo). 

A música, os atores, o fantástico argumento, os grandiosos cenários, todo o guarda-roupa e maquilhagem, os efeitos especiais, estão tão precisos e detalhados, e ao mesmo tempo nota-se que houve inovação em tudo o que carateriza o universo Batman. Como pequeno exemplo, a cena onde é introduzido o novo e reinventado Batmobile, está de fazer cair o queixo, deixou-me completamente em êxtase, de tão bem feita que está. 

“The Batman” é um filme obrigatório de se ver. Possui uma história que nos obriga a estarmos atentos às investigações para não nos perdemos na narrativa. Gotham City está mais crua e real que nunca, e todo o ambiente dark presente reforça isso mesmo. Matt Reeves teve o cuidado de deixar algumas portas entreabertas, porque como se sabe, existem mais histórias para serem exploradas.