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Morbius – Sony Pictures, qual era a ideia afinal?

Chegou até nós mais um filme de um anti-herói da Marvel, pertencente ao universo cinematográfico da Sony Pictures, e ao que parece não foi muito bem recebido por muita gente. Será que Morbius é assim tão medíocre como se diz? Lets find out! 

A Sony parece não ter ideia do que fazer com os seus personagens, gerando assim uma tremenda confusão. Pronto ok… não é um filme muito mau sejamos sinceros, mas estão lembrados do filme de Green Lantern protagonizado por Ryan Reynolds? Está nesse patamar. 

Protagonizado por Jared Leto, e após ter sido adiado devido à COVID-19, eis que Morbius vê a luz do dia. Vamos assim encontrar o Dr. Michael Morbius, um brilhante cientista, gravemente doente com um raro distúrbio sanguíneo desde a sua infância, e que está empenhado a encontrar uma cura não só para si, mas também para Milo (o seu melhor amigo) e outras pessoas que sofrem da mesma doença. Morbius consegue desenvolver um soro que lhe vai mudar a vida por completo, e que apesar de o curar da sua doença, ele também desenvolve as capacidades de um morcego bem como uma grande sede por sangue humano. A sua descoberta vem assim acompanhada com um enorme problema que terá que aprender a lidar. 

O filme mesmo sendo de uma personagem Marvel, está longe do sucesso que filmes como os mais recentes Spider-Man tiveram, e talvez um dos principais problemas esteja no argumento. Parece que foi idealizado por uma criança do ensino preparatório. E para além disso, parece um copy/paste do que vi no primeiro filme do Venom, sem nada de novo. Temos o típico interesse romântico, o típico vilão, que ao contrário do que se viu em Venom, é um vilão bem aborrecido (e até diria patético) e mais uma data de capangas para servirem de saco de pancada. 

Morbius

Em Venom, Tom Hardy entendeu as limitações e apresentou uma forma diferente para dar vida ao simbiote, o que até acabou por ser do agrado dos fãs (eu incluído). Em Morbius, com os diversos problemas que tem, algo tinha que ser cativante/diferente, mas infelizmente nem Jared Leto conseguiu essa proeza, isto apesar de ser o único a estar brilhante no filme. Melhor ator para dar vida a Morbius (para mim) é mesmo ele, basta verem por exemplo o empenho que ele dá sempre que tem a metamorfose… muito boa mesmo. 

Já o vilão do filme, Milo, que é interpretado por Matt Smith (que entrou na série The Crown),  está péssimo desde o início ao final do filme. Parece que o guião para a personagem foi escrito num par de horas, sem qualquer carisma ou propósito, e está ali apenas para ser “o mau da fita” desenxabido, que até faz por diversas vezes danças bem ridículas e que não se inserem muito bem na temática do filme. O filme ainda conta com Tyrese Gibson, que é um detetive da polícia que tem pouca ou nenhuma relevância, e onde uma vez mais tem um guião muito fraco. 

As cenas de ação até estão bem executadas confesso, com efeitos visuais de qualidade que a Sony/Marvel já nos habituaram. Mas mais cenas de ação seriam também bem-vindas na minha opinião. Destaque ainda para a caraterização de Jared Leto, simplesmente bad ass, indo bem de acordo com o Morbius dos comic books. E se por ventura Morbius se cruzar com Blade no futuro filme deste último (já que eles são “velhos conhecidos”), esperemos que a sua participação nos deixe de boca aberta. 

Dr Michael Morbius

Acho que neste momento já posso dizer que o filme tem cenas pós-créditos, mas penso que só confundem mais a história ao tentar conectar Morbius com outros personagens de maior relevância. 

Apesar de não ser uma “tragédia grega” no seu todo, pois os momentos de ação e a performance do Jared Leto estão noutro patamar, não seria um filme que eu fosse comprar para a minha coleção de Blu Rays (se bem que em Portugal, novos lançamentos em Blu Ray parecem também não existir). Mas se gostam de ver tudo o que é personagem da Marvel, claro que Morbius é um filme obrigatório.