“SILT é uma aventura de quebra-cabeças surreal ambientada em um abismo oceânico angustiante.”
Não vejo nada melhor que esta definição dos produtores para começar este artigo. O jogo é de facto uma experiência interessante a começar exactamente por isso, o jogo te colocar na pele de um mergulhador no fundo do oceano, entre criaturas perigosas e puzzles, para que uses tua criatividade e capacidade de raciocínio na resolução de cada um dos desafios.
“Descubra mistérios esquecidos explorando as águas perigosas e domine seu poder para possuir criaturas marinhas e se aventurar nas profundezas escuras”. É assim que a publisher Fireshine Games nos atiça a explorar esse misterioso game que foi desenvolvido por apenas duas pessoas: o pesquisador biólogo Dom Clarke e o artista Tom Mead do estúdio britânico Spiral Circus, uma desenvolvedora de jogos independente com sede em Bristol (UK) e que tem como objetivo dar vida à arte surreal em jogos.
Sozinho em um vazio subaquático, sem nenhuma explicação anterior, o jogador assume o papel de um mergulhador que precisa desvendar mistérios há muito tempo esquecidos, explorar águas perigosas e aproveitar seu poder incomum de possuir as criaturas e com isso se aventurar mais fundo na escuridão.
SILT não nos apresenta barra de energia, oxigénio restante, poderes disponíveis, profundidade atual, nada. Apenas começamos num mundo subaquático surreal com vistas deslumbrantes, que nos conduzem a ruínas inexploradas e máquinas antigas escondidas nas profundezas, cercadas por criaturas que normalmente tentam nos atacar/devorar.
Nosso herói neste jogo é um mergulhador que tem o poder de “possuir” criaturas marinhas e usar as características delas para resolver puzzles e com isso chegar cada vez mais fundo no mistério do jogo, que de facto deve ser sobreviver ao abismo e chegar ao seu centro.
O mundo é totalmente monocromático e inquietante, um clima noir como num dos filmes de Fritz Lang, só que no fundo do mar, com uma ambientação totalmente feita à mão pelo artista Tom Mead. Apesar da ausência de cor, consegue-nos transmitir, ao mesmo tempo, receio de explorar e curiosidade em avançar. Se avançar morre, se não avançar a escuridão te fará sucumbir a algum inimigo perto.
Os puzzles em SILT não são muito intuitivos nem seguem os padrões de sempre, normalmente surpreendendo com uma simplicidade não óbvia. Alguns bugs e glitches encontrados mas que devem ser corrigidos facilmente após os updates de lançamento.
As construções encontradas em alguns locais trazem às vezes uma lembrança daqueles filmes futuristas, com enormes estatuas e canalizações desativadas, visual bem incrível se considerarmos que é trabalho de DUAS pessoas.
Gostei de SILT pela incrível experiência de puzzle misturada com um sentimento de isolamento de se estar debaixo de água, sem saber o que vem adiante e com outros animais ora amigos ora inimigos. Por sorte o jogo tem vidas infinitas pois o foco é vencer os puzzles, não apenas sobreviver ou evitar levar dano. É uma sensação bem cool de vitória quando conseguimos passar os desafios.
Uma coisa que senti falta foi um CHAPTER SELECT para quando uma missão é divertida mas pensamos que deixamos alguma coisa para trás. Tomara que ao final do jogo essa opção apareça.
Bom jogo, excelente trabalho do biólogo Dom Clarke e do artista Tom Mead (Spiral Circus).
Video do preview abaixo, o jogo foi lançado dia 01 junho para todos os sistemas e computador PC.
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Aprendi em 1983 com o Atari 2600 o que era um videogame. Sou do tempo da internet discada, das cartas em máquina de escrever e de conversar pessoalmente! Do Telejogo Philco-Ford ao telemóvel mais recente, gosto de experimentar games indies e de ajudar a se tornarem títulos AAA. Colecciono consolas e videojogos que fizeram parte da minha história! Pai, Motard e Gamer. 😉