Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge – Uma bomba de nostalgia | Análise

Enquanto 90’s kid, TMNT foi grande parte da minha infância. O intro screen de Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge fez-me voltar a ter 5 anos.

Sou da altura em que as máquinas de arcade já estavam a dar as últimas. Ainda fui aproveitando uns joguitos até à minha adolescência, mas numa altura em que a consola de 32 bits da Sony estava a dominar a cena, side-scrolling beat ‘em ups eram para mim algo raro de encontrar.

Ainda joguei alguns clássicos nas arcades dos cantos do café (aquelas que tinham 1001 jogos), mas curiosamente nunca me passou um jogo das Tartarugas Ninja pelas mãos. Depois de ouvir falar tão bem de Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time, o anúncio de Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge, um jogo publicado pela Dotemu (especialista em trazer jogos retro às novas plataformas) deixou-me curiosa.

Assim que se inicia o jogo há um pequeno vídeo que me fez logo lembrar da série que me acompanhava aos fins de semana de manhã, mas ligeiramente diferente: um bocado mais HD, e uma música mais mexida. Basta ver esta comparação para perceber o que quero dizer:

Temos duas maneiras de jogar Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge: Story ou Arcade. Arcade é o típico formato que se jogava nas máquinas, vidas limitadas e não há saves – quando acabarem as vidas, acabou o jogo. Bye bye. Não há coin que vos salve.

O modo Story é para quem quer tirar a competição da equação – é muito mais chill, é mais fácil de ganhar vidas, e há save points entre níveis. Aliás, temos um mapa em que vamos avançando, podendo escolher os níveis e desbloqueando missões extra.

Ambos os modos têm três dificuldades: Chill, Okay, e Gnarly. Podemos jogar inicialmente com as 4 tartarugas (Donatello, Michelangelo, Leonardo e Raphael), a April ou o Master Splinter (sendo que o Casey Jones é desbloqueado depois de se acabar os 16 níveis do modo história). Cada um destes tem os seus próprios stats e ataques, sendo que podem ser escolhidos por um grupo de até 6 jogadores (tanto local como online).

Apesar da minha tartaruga preferida ser o Donatello, o ataque especial da April é muito bom!

Em termos de mecânica, temos uma exposição de instruções logo no início do jogo – é muito para memorizar, e digo por experiência própria que vamos aprendendo os combos quanto mais jogamos (e às vezes por apenas experimentar vários botões ao mesmo tempo – quem nunca). Vamos levando com waves de inimigos, e há vários soldados do Foot Clan simplesmente na sua vida enquanto vamos andando pelo cenário: uns a ler o jornal, outros a cozinhar… Pequenos detalhes que dão ainda mais graça ao jogo.

As nossas tartarugas também podem esquecer-se da luta a meio do jogo (o Donatello é demasiado relatable).

Claro que não posso falar de Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge sem falar do óbvio: o estilo neo retro do jogo. As cores saltam à vista, e a banda sonora é maravilhosamente apropriada – um estilo eletrónico de arcade mas que de alguma maneira encaixa perfeitamente em 2022, que faz tirar o chapéu a Tee Lopes (que, já agora, escreveu um artigo super interessante sobre o seu processo criativo). Para além disso, os voice actors originais das tartarugas da série de 1987 voltam a dar vida aos nossos répteis preferidos.

Conclusão:

Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge é um jogo divertido, visualmente apelativo e (perdoem-me a palavra) querido. É um blast from the past mas é atual ao mesmo tempo, e a possibilidade de partilhar estes momentos com amigos tornam toda a experiência mais… endearing. Mas boa sorte a memorizarem todos os combos!

 

Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge está disponível para PC, PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.