Thor: Love and Thunder – “Emocionante e poderoso”

A Marvel voltou a trazer às salas de cinema mais um filme, e como fã de tudo que é super-heróis não podia deixar de ir ver a nova aventura do Asgardiano mais famoso de todos. Será Thor: Love and Thunder um filme a não perder? 

Exato, Thor está de regresso para um quarto filme (em nome próprio), e é novamente realizado por Taika Waititi, que tal como em Thor: Ragnarok, entrega-nos um filme com um tom mais bem-humorado e leve, distanciando-se assim cada vez mais dos tons “negros” e “pesados” de Thor: The Dark World. Contudo, a ação não falta, e Thor continua a demonstrar (e bem) porque é um dos pesos pesados da Marvel. 

As loucas narrativas e algumas insanidades presentes em Thor: Ragnarok continuam a marcar presença, mas ao mesmo tempo senti que Taika Waititi diminuiu alguns desses aspetos, até porque em Thor: Love and Thunder algumas das tramas e temas tratados são um pouco mais sérios. 

Apesar desses momentos mais sérios, o novo filme não deixa ter as mesmas passagens divertidas, que são momentos que certamente nos vão dar umas gargalhadas, e tal como tem sido hábito tudo é acompanhado por uma bombástica banda sonora. 

O novo filme também ficará lembrado pelos grandes diálogos, pois as personagens falam pelos cotovelos sobre o que sentem, o que eles vão fazer e até mesmo sobre o que eles não vão fazer. 

Não posso também deixar de realçar o papel de Chris Hemsworth, que está sem sombra de dúvidas no seu auge cómico. Este Thor mais “sem noção” (se assim posso dizer) tem uma interação muito boa seja com Korg (cuja voz é do próprio realizador Taika Waititi), seja com os Guardians of the Galaxy, com a ex-namorada Jane Foster ou com o seu anterior martelo Mjölnir e também o atual martelo Stormbreaker (que são momentos de tanto rir). Uma sintonia perfeita diria.

Este quarto filme a solo do Deus do trovão é a continuação da história pós-Jane, pós-Loki, pós-derrota de Thanos e tudo mais. Vamos encontra-lo assim a lutar lado com os Guardians of the Galaxy, sempre prontos para responder ás chamadas de socorro que vem de todos os cantos da galáxia. Como seria de esperar, as cenas entre os diversos personagens são extremamente divertidas, e até podem dar uma pequena ideia de como vai se conectar com a trama de Guardians of the Galaxy, Volume 3, que está agendado para chegar aos cinemas no próximo ano.  

É importante também mencionar a grandiosa prestação de Christian Bale, que em Thor: Love and Thunder consegue chegar ao podium como um dos melhores vilões do Marvel Cinematic Universe. Qual Thanos, qual Red Skull, qual quê… Gorr é mesmo sinistro (como se viesse de um pesadelo) e entrega-nos uma das melhores motivações dos últimos tempos (sim, eu até lhe dou alguma razão no porquê dos seus atos) e que certamente é bem melhor do que “sou o mau da fita e quero dominar o mundo/universo”. Ele é mesmo um God Butcher, com todas as letras. 

É um facto que o Thor: Love and Thunder demora um pouco a unir todas as partes numa única trama, mas isso deu a chance de se pegar nos diversos tons que o filme tem, como os mais dramáticos (por exemplo a origem de Gorr), como os mais cómicos (por exemplo como New Asgard virou atração para turistas). Podia não funcionar é certo, mas na minha opinião foi uma decisão acertada. 

No geral, o que temos é mais um divertido e espalhafatoso filme focado num dos melhores personagens presentes no vasto catálogo da Marvel. Depois do sucesso de Dr. Strange in the Multiverse of Madness, parece que o novo filme de Thor não lhe quer ficar atrás, e mostra que a qualidade do Marvel Cinematic Universe está cada vez melhor. E não se esqueçam… (e como já manda a tradição) das cenas pós-créditos!