A Netflix continua a apostar forte em séries de animação, e desta vez chegou à gigante do streaming mais uma animação de grande qualidade baseada num dos grandes sucessos dos videojogos. Bem-vindos ao King of the Iron Fist Tournament, bem-vindos a Tekken – Bloodline.
Nesta serie de 6 (bons) episódios, somos brindados com um imenso espetáculo visual, que adapta toda uma linha temporal dos 7 jogos principais de série, mas que se foca principalmente nos eventos de Tekken 3 (mas também aqui tem pequenas alterações).
A história da série é muito similar a do terceiro jogo Tekken, onde vemos Jun Kazama a ser morta pelo Ogre (o meu personagem favorito da série), que é um poderoso guerreiro cujo “hobbie” é caçar outros lutadores e absorver as suas essências, bem como as suas habilidades de luta.
Com a sua mãe agora morta, vemos Jin Kazama a ir ao encontro do avô, Heihachi Mishima, que é nada mais nada menos que líder da Mishima Zaibatsu e o campeão atual do King of the Iron Fist Tournament. Sabendo que Ogre matou Jun Kazama, Heihachi aceita treinar Jin, mas não com a intenção de o proteger, mas sim para atrair e matar Ogre durante o novo torneio que iria ser realizado.
Jin treina durante alguns anos, e acaba por dominar o estilo de luta Mishima, provando assim a Heihachi que está pronto para a luta contra Ogre, e é a partir daqui que tem início o terceiro torneio do King of Iron Fist.
O torneio tem assim inicio, e vemos diversas personagens que fizeram parte de Tekken 3, mas também vamos encontrar outras que apenas entraram noutros jogos Tekken, onde o maior destaque é a presença de Leroy Smith, que chega até a lutar contra Jin.
Diferente dos jogos, onde os combates aconteciam em diversas partes do mundo, desta vez eles ocorrem apenas numa arena, por isso se queriam as muitas arenas de Tekken… esqueçam. Um pormenor que também podia ter sido “acrescentado”, era ter sido mostrado as lutas dos diversos lutadores presentes, como Yoshimitsu, Feng Wei ou Kuma, uma pena na minha opinião, pois haveria espaço para isso em vez de termos diversos minutos de flashbacks desnecessários.
Alguns eventos foram modificados (para simplificar as coisas), por isso não vemos Ogre a absorver Heihachi para se transformar na sua derradeira forma True Ogre. Contudo, em alguns casos até foi bom simplificar as coisas, como por exemplo para explicar os acontecimentos em volta de King. Heihachi, defrontou no primeiro e segundo torneio o King I, porém, esse mesmo King acaba por ser morto por Ogre. Sabendo desse desfecho, um dos órfãos que vivia no orfanato do falecido lutador, começa a usar a máscara do seu ídolo, e é inclusive treinado por Armor King I, tornado-se assim no King II.
Quanto à qualidade visual… só posso dizer que está estupidamente fantástica! Existe um misto de 2D e 3D, com traços de desenho muito bem trabalhados e com cores bem vibrantes. Podem também contar com as habilidades únicas de cada lutador, portanto se são fãs dos jogos Tekken podem ver o soco devastador de Paul Phoenix, os agarrões letais de King II (até dói só de ver), ou ainda o excelente uso de Taekwondo por Hwoarang, simplesmente fantástico.
O departamento sonoro também não fica atrás, pois até os sons dos golpes são muito similares aos dos jogos. E como os pormenores são uma constante em Tekken – Bloodline, adorei o rugido do True Ogre, que mete respeito…e que merece ser ouvido numa soundbar.
Só posso estar grato à Netflix por ter trazido aos ecrãs Tekken – Bloodline, pois denota-se que foi feito com uma enorme atenção, mesmo que existam algumas alterações na história do terceiro torneio. Se podiam ter havido mais combates? Podiam, e eram muito bem-vindos, mas não é isso que mancha a série…, até porque já me deixou a desejar por uma 2ª temporada. Se são fãs dos jogos criados por Katsuhiro Harada, Tekken – Bloodline é um must watch!
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.