Sea of Stars é um RPG baseado em turnos desenvolvido pela Sabotage Studio, que oferece um toque de nostalgia e mergulha no ambiente dos clássicos dos anos 90.
O jogo parece, pelo design e proposta, como um clássico perdido e tardio da era Super Nintendo.
Para quem não está familiarizado com o jogo. A trama gira em torno de dois Filhos do Solstício que combinam as habilidades do sol e da lua para exercer a Magia Eclipse, a única força capaz de lutar contra as terríveis criaturas criadas pelo perverso alquimista, The Fleshmancer.
Sea of Stars é o segundo jogo do Sabotage Studio e se passa no mesmo universo de The Messenger, a estreia premiada do estúdio. Em Sea of Stars, o lendário compositor Yasunori Mitsuda (Chrono Trigger) colaborou com o compositor Eric W. Brown para criar uma música original espetacular.
Sea of Stars chamou minha atenção e, apesar do meu ceticismo inicial desde o seu lançamento, como fã de Chrono Trigger decidi fazer este review onde compartilho coisas que gostei. Embora o jogo tenha obtido um sucesso significativo, vou poupá-lo de spoilers ou análises profundas da história. Em vez disso, quero me concentrar no que faz este jogo funcionar – a mecânica e a perspectiva geral. Vamos lá!
Gameplay:
Sea of Stars permaneceu no meu radar desde o hype nas redes, mas nunca tive muita fé nele para falar a verdade. Os trailers me pareceram sem brilho e não consegui afastar a sensação de que algo estava faltando. Tendo testado o Sea of Stars, fiquei impressionado com seu compromisso em oferecer um combate envolvente baseado em turnos, completo com golpes cronometrados bem executados, ataques combinados de vários personagens, mecânica de reforço e um sistema estratégico de ‘bloqueios’ que introduz variedade com diferentes tipos de danos.
Ao jogar e mergulhar no Sea of Stars, a primeira coisa que me impressionou foi a bela trilha sonora, bom sou fã do Chrono Trigger ou seja, seria fácil eu gostar do áudio. O jogo não perde tempo colocando você em ação – uma mudança revigorante em relação às longas introduções. Esta adesão ao princípio “mostre, não conte” é crucial nos jogos. Outro aspecto positivo é o diálogo bem equilibrado – nem muito curto nem muito longo, mantendo você engajado.
Uma jornada de imersão com um mundo jogável:
Navegando no jogo, me chamou a atenção o sistema inspirado em plataformas, garantindo a liberdade de explorar um mundo dinâmico repleto de diversas atividades para influenciar o ritmo do jogo. Notavelmente, o ambiente cativante, brilhantemente iluminado por iluminação dinâmica, diferencia Sea of Stars, oferecendo um apelo visual distinto no reino dos jogos pixel-art 2D.
A acessibilidade é uma grande vitória para Sea of Stars, com o jogo disponível em português. O uso de flashbacks jogáveis em vez de cenas longas acrescenta dinamismo à narrativa. O design são encantadoramente teatrais e divertidos, lembrando pixel art em títulos como Final Fantasy Tactics. Os personagens são bem animados e a atenção aos detalhes, como a mudança de expressões nos diálogos, acrescenta profundidade.
Jogo com aroma clássico e toque moderno
O jogo se inspira em clássicos como Super Mario RPG, oferecendo encontros interativos em mapas que lembram RPGs antigos. O combate envolve tempos, quebrando a monotonia da navegação nos menus. A escolha de participar de batalhas adiciona um elemento estratégico à progressão do personagem. Ataques conjuntos e combos trazem personalidade a cada personagem.
Em essência, Sea of Stars me surpreendeu. Consegue misturar nostalgia com elementos de jogo modernos, proporcionando uma experiência agradável que respeita as escolhas e preferências de envolvimento do jogador. E falando em futuro Throes of the Watchmaker, o primeiro DLC significativo para Sea of Stars, está atualmente sendo desenvolvido pela equipe da Sabotage.
Conclusão:
Sea of Stars não é um jogo japonês, mas é um dos títulos que melhor reconheceu o que gostávamos e nos “entusiasmava” no género, recuperando uma forma de abordá-lo que se torna cada vez mais rara. Porém, a novidade do Sabotage Studio é muito mais do que uma simples homenagem nostálgica ao passado; é um grande jogo por si só que sabe contribuir com ideias próprias para criar uma aventura baseada em clássicos ao mesmo tempo que ataca os problemas e aborrecimentos de antigamente, resultando numa experiência moderna e atual com sabor de antigamente.
A vida é melhor quando você joga! Do indie ao game do ano, do SNES ao PC, tudo que é novo eu testo para poder analisar enquanto aproveito. Qualquer jogo que tenha uma boa experiência para nos gamers, sempre é bem-vindo. Quase uma década na industria gamer, opiniões de um fã de jogos bons.