Mario vs. Donkey Kong – Remake digno do nome | Análise

Numa altura em que os remakes parecem estar na moda, a Nintendo apresenta-nos Mario vs. Donkey Kong, originalmente lançado para o Game Boy Advance, em 2004.

A Nintendo Switch foi a minha primeira consola Nintendo. E, na verdade, mesmo com o vasto catálogo de jogo que possui, há pérolas que ficam por descobrir. Felizmente, Mario vs. Donkey Kong já não é uma delas.

À semelhança do que foi feito em 2019, com o título Link’s Awakening (entre outros), este trata-se de um remake total. Todo o jogo foi refeito de raiz de forma a trazer à experiência de 2004 a capacidade gráfica atual. Falo de toda uma nova experiência visual, mantendo divertidas mecânicas do jogo original.

Para quem nunca jogou a premissa é muito simples. Donkey Kong vê o anúncio ao novo Mini Mario, que está na moda. Desejando ter um, dirige-se a uma loja para o adquirir, apenas para perceber que se encontram esgotados. É então que decide invadir a fábrica roubando todos os que lá encontra.

É aqui que surge Mario, que terá de procurar recuperar todos os Mini Marios roubados.

Nível do cenário de selva

O jogo desenrola-se ao longo de vários cenários, sendo que cada um tem 6 níveis, com várias etapas cada, ao fim dos quais Mario recupera um Mini Mario. Daí passamos para um nível em que Mario terá de colocar todos os Mini Marios num baú, que depois servirão de “vidas” para o combate final daquele cenário, contra Donkey Kong. Após vencido o vilão, passamos para o cenário seguinte.

Cada  etapa tem uma porta fechada, para a qual temos de apanhar a chave. O objectivo é chegar à chave, pegar nela e levá-la até à porta para a inserir na fechadura. Largar a chave fora da sua posição inicial dá-nos 12 segundos para lhe voltar a pegar, o que torna todo o percurso muito mais desafiante. Na etapa final recolhemos um Mini Mario.  Ao longo das etapas vamos apanhando presentes, se no fim de cada nível tivermos os 3, ganhamos uma estrela amarela. Ao terminar 5 níveis surge então a possibilidade de fazer um nível surpresa no qual poderemos recolher uma variedade de cogumelos verdes. E acreditem, vamos precisar deles. Qualquer passo em falso e Mario perde uma vida.

Combate final do cenário de fábrica

As mecânicas passam pela navegação de um cenário de plataformas em forma de puzzle, uma vez que o jogo mistura ambos os géneros de forma soberba. O cenário é populado por botões, plataformas e inimigos, entre outros. Os botões accionam plataformas, ventoinhas, caixas de teletransporte, entre outros. Nestes teremos de recolher a chave de cada etapa dentro do tempo limite. Isto enquanto inimigos se dirigem para nós ou dentam fogo, pássaros nos fazem cair ovos sobre a cabeça ou bombas e balas de canhão nos fazem ter uma atenção redobrada.

Obviamente que o nível de dificuldade vai aumentando à medida que vamos avançando. Vamos-nos deparando com novas formas de interagir com os cenários e de tirar partido dos vários tipos de salto de que Mario é capaz. Chegaremos a níveis em que não será de todo simples perceber o percurso a fazer. Aqui apenas posso recomendar paciência e (muita) tentativa/erro.

Peca talvez por se ter colado ao original, tanto quanto pude perceber. Estamos a falar de um jogo com 20 anos onde o espaço e possibilidade para inovar é enorme. Conta com bons alicerces e é uma pena que se possa terminar em tão pouco tempo. Contudo há outro modo de jogo, o time trial, excelente para experimentar após termos terminado o modo normal e que nos testa a destreza e conhecimentos adquiridos. Embora pequeno, estamos a falar de um jogo com uma forte possibilidade de ser jogado vezes sem conta.

Conclusão

Pros

  • Níveis e mecânicas desafiantes
  • Excelente upgrade visual
  • Ideal para pequenas partidas quando o tempo é escasso

Cons

  • Sendo um remake o preço podia ser menor
  • Termina-se em poucas horas
  • Poderia ter mais conteúdo em relação ao original

É sem dúvida uma aposta ganha. Um jogo divertido com mecânicas simples mas cuja dificuldade aumenta gradualmente. Certamente fará as delicias de todos os jogadores, sejam novos ou saudosistas.