Chegou finalmente à gigante de streaming Netflix uma das mais desejadas séries de muito boa gente.
Depois de 2 anos à espera que saísse do “forno”, eis que chegou The Sandman, o maior sucesso do famoso autor Neil Gaiman. Sem mais demoras, vamos então saber um pouco mais da série protagonizada por Tom Sturridge.
Neil Gaiman sempre foi bastante relutante em ceder os direitos de adaptação da sua maior e mais famosa obra, The Sandman, que foi originalmente publicada em 1988 pela extinta Vertigo (que fazia parte da família DC Comics). Depois de diversas tentativas, foi assinado um acordo com a Netflix para a plataforma de streaming transformar a maior história de Neil Gaiman numa série exclusiva.
Após dois anos de trabalho árduo o resultado é animador, pois a série consegue introduzir bem o universo dos comic books aos novos espetadores e consegue manter a essência e magia da obra em grande parte dos 11 episódios. (sendo o 11º um episódio especial).
Sandman revela já um enorme potencial para as próximas temporadas (ainda não confirmadas é certo), e abre assim caminho para os novos fãs conhecerem mais detalhadamente o universo criado pelo autor britânico.
A estreia no dia 5 de Agosto colocou assim um fim a décadas de espera, dúvidas e incertezas por parte dos fãs. A série vai-nos dar a conhecer a história de Dream, a.k.a Morpheus/Sandman, uma entidade que é responsável pelos sonhos/pesadelos de toda a raça humana, e que é soberano do reino sobrenatural, o Dreaming. O rei dos sonhos é um dos sete Endless, uma família composta por seres ancestrais que já existem desde o início do universo, e que são eles: Destiny, Death, Dream, Destruction, Desire, Despair, e Delirium.
A série tem o seu início quando Morpheus é aprisionado por Roderick Burgess (interpretado pela lenda viva Charles Dance), um mago que persegue a imortalidade, que conjura um feitiço para raptar Death, mas em vez disso quem acaba capturado é o rei dos sonhos. Morpheus passa um século aprisionado e sua longa ausência leva à destruição do seu reino e consequente abandono dos que lá habitam (só Lucienne, o braço-direito de Morpheus ficou). Logo após a sua fuga, vemos Morpheus partindo à procura dos seus artefactos poderosos para reconstruir o seu reino e restaurar assim a ordem dos sonhos de todos os humanos.
Penso que devido ao enredo complexo e a ao mundo tão surreal que é apresentado, seria difícil adaptar Sandman para uma série, ainda para mais sabendo que iria atrair a atenção de novos fãs. Mas tudo está bastante bem explicado desde o primeiro momento, pois a série consegue cativar os espetadores, sejam eles mais antigos e que conhecem bem as histórias dos comics, ou novos espetadores que só agora tiveram um primeiro contacto com todo este universo.
A escolha de atores, outro dos pontos chave da série, também teve a “mão” do autor Neil Gaiman. Destaco assim Tom Sturridge, faz jus à personalidade sombria, misteriosa e imponente de Dream, assim como a de Boyd Holbrook, que aqui dá vida à uma versão muito evil do Corinthian. (um pesadelo com todas as letras diga-se). De mencionar ainda a presença de Gwendoline Christie (de Game of Thrones), que aqui dá vida a Lúcifer Morningstar (sim a mesmíssima personagem que Tom Ellis interpretou em Lúcifer), que consegue trazer para o ecrã de forma excecional o lado mais sombrio do senhor do Inferno, pondo assim de lado a personalidade mais cómica e despreocupada de Lúcifer de Tom Ellis, se bem que também gostaria bastante de ver Tom Ellis a voltar à sua personagem, mas nos moldes que é apresentado em The Sandman.
Espero que que boa parte dos personagens secundários tenham um destaque maior na segunda temporada, (como Johanna Constantine por exemplo), pois fiquei com a impressão que eles poderiam ter assumido papéis de maior destaque na história.
Todos os episódios são marcantes diria, e um dos meus favoritos foi o episódio 6 “The sound of her wings”, onde Morpheus se encontra com a sua irmã Death, (que demonstra grande afeição pelo irmão) onde é presenciado um forte diálogo sobre a finitude da vida, que se preocupa com todos os humanos sem exceção e que existe como um sinal de recomeço e não de um fim. Um belo episódio sem dúvida.
Alguns trechos da história foram alterados, o que é expectável. Além de Lucien e John Constantine terem aqui recebido versões femininas, temos o exemplo de Death, que foi aqui apresentada como uma mulher negra e mostra como a série se reajustou aos tempos modernos.
The Sandman tem uma perspetiva promissora à sua frente, e a Netflix tem aqui um verdadeiro campeão de “audiências”. A série é uma bela introdução ao universo criado por Neil Gaiman, recheada de pormenores e tem já imensos fãs “desesperados” por uma nova temporada recheada de sonhos e pesadelos.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.