Há um género de jogo que eu começo a gostar bastante de dia para dia, e até se começam a ver mais apostas neste tipo de jogos conhecidos como “Bullet Hell”, como é o caso de Vampire Survivors, que é um autêntico fenómeno de popularidade. Desta vez, quis experimentar Yet Another Zombie Survivors, que apesar de se encontrar em Early Acess na Steam, já tem muito vicio para oferecer.
Yet Another Zombie Survivors ao contrário de Vampire Survivors aposta no 3D e na temática zombie, uma temática que é praticamente uma aposta segura em muitos jogos. Com algumas diferenças, e talvez sem ser tão louco, o jogo produzido pela Awesome Games Studios conseguiu que em menos de 24 horas desde que o comprei, já tenha passado mais de 8 horas em volta dele.
Como é habitual nestes jogos, a história não costuma ser o seu ponto forte, até posso dizer que é inexistente. São jogos muito mais focados no entretenimento e em replay value, para passarmos horas e horas a jogar, e Yet Another Zombie Survivors traz isso na perfeição.
O nosso objetivo, no modo de jogo standard, é sobreviver 20 minutos para poder ver um novo amanhecer que acabará com a horda de zombies… sim, apenas e só isso. Parece fácil não?! A realidade é que de fácil não tem nada, e é exatamente por isso que as minhas horas de jogo continuam a acumular.
O jogo possui um total de seis personagens, estando três deles desbloqueados de início e os restantes três são desbloqueados quando se cumprir determinados requisitos. Antes de partirmos para a sobrevivência, escolhemos um personagem como líder e depois podemos adicionar mais dois ao nosso grupo a meio do jogo. A adição de mais dois personagens é opcional, mas realmente recomendo se querem aguentar aqueles longos 20 minutos. Também acho que esta mecânica é algo que torna Yet Another Zombie Survivors um pouco diferente de outros jogos do género, permitindo que pensemos em mais estratégias sempre que voltamos a jogar, sendo também importante fazermos upgrade aos atributos dos personagens. Eu no início decidir investir os meus pontos de upgrade (ganhos com muito custo) na barra de vida e cadência de tiro, e a minha estratégia para sobreviver é andar sempre que possível pelos cantos da “arena” de jogo.
De referir ainda que cada um dos seis personagens contam com duas evoluções extras que irão desbloquear novas armas e uma habilidade, além de uma melhoria na passive skill como líder. Atualmente, pode-se já ver que irá existir no futuro uma terceira evolução de personagem e mais três personagens, mas enquanto não chegam novidades, acho que estes seis personagens são muito bons, cada um bastante diferente do outro no que toca a gameplay (o que afeta a maneira em como temos que abordar o jogo). Talvez a única desvantagem (por agora claro) é que só existe apenas um mapa para jogar.
Uma vez escolhido o personagem que vamos usar, é hora de escolher o mapa e o modo de jogo, embora tal como disse, por enquanto só temos um mapa. Quanto aos modos de jogo, temos o modo Standard, que como mencionei antes, temos que tentar sobreviver durante 20 minutos, temos o modo Infinite, sem limite de tempo, mas com dificuldade acrescida, e temos ainda o modo Hardcore, semelhante ao modo Standard, mas com muitos mais inimigos desde o primeiro minuto.
Contudo, somos obrigados a completar o modo Standard para desbloquear os outros modos. É essencial desbloquearmos algumas melhorias passivas para poder atingir esses 20 minutos, portanto se acham que conseguem sobreviver por tanto tempo nas primeiras tentativas, enganem-se. Existe uma variedade de melhorias, e fica ao vosso critério onde querem gastar os pontos de upgrade, pois depende muito de como pretendem “enfrentar” o jogo.
Cada um dos personagens tem uma arma principal distinta, e só por isso já ajuda a variar um pouco o gameplay, mas assim que adicionamos mais um personagem ao grupo, a loucura começa. Pistolas que acabam por se transformar em metralhadoras, tasers que acabam por evoluir para raios laser, espingardas que dão lugar miniguns, enfim, a diversão está sempre garantida. Para um jogo em early acess, armas é coisa que não faltam.
Como esperado, iremos andar a correr pelo mapa todo o tempo, mas atenção que ele é delimitado, não é infinito. O nosso personagem atacará automaticamente de acordo com sua arma, então não precisamos fazer muito mais do que “apenas” caminhar e esquivar dos ataques das manadas de zombies. As habilidades funcionam da mesma forma, quando o cooldown termina são lançadas automaticamente, e cada personagem tem três no total se conseguirmos elevá-los ao rank 2. Os zombies largam gemas de experiência para subir de nível e distribuir as melhorias entre os três personagens (caso estejamos a controlar três claro), e não foi esquecido a mecânica de rerrol (caso a melhoria que queremos não apareça), que está limitada a ser usada duas vezes. Nada de novo também neste sentido, estando dentro do que se espera no género de jogo.
Para conseguirmos um novo membro para a nossa equipa, teremos que ir ao sinal de SOS quando ele aparece. Ao chegarmos lá, podemos decidir se queremos recrutar mais um membro ou libertá-lo para obtermos level up instantâneo e um pouco de dinheiro (essencial para melhorar as passive skills que mencionei acima). Da mesma forma, de vez em quando aparecem alguns baús dourados, e se os abrirmos poderemos obter objetos de melhoria passiva (como por exemplo regeneração de 2 pontos de vida por segundo) que são ativados automaticamente e sem limite de tempo, que duram até sermos aniquilados pelas manadas de zombies.
Tendo em conta tudo o que já foi referido, resta ao jogador tentar sobreviver aproveitando tudo o que está ao seu alcance. Eu também não quero aprofundar muito mais, porque sendo um jogo em early acess, tudo pode mudar com um ou outro patch. A horda de zombies está a aumentar e novos tipos de infetados são adicionados, assim como alguns zombies de elite que acabam sendo bastante irritantes, como aquele nos manda uma espécie de abelhas assassinas (e então quando se juntam dois ou três duma vez, deus me livre).
Conclusão:
Yet Another Zombie Survivors é mais um jogo “bullet hell” inspirado nos grandes nomes atuais deste género, que felizmente consegue ser envolvente e divertido. Ele foge ao uso de pixel-art e ao 2D, oferecendo algo diferente visualmente e com desempenho bem decente, e a escolha da temática zombie foi uma boa opção e que consegue sempre atrair um vasto público. Aliado a sua jogabilidade simples e viciante, não é à toa que esteja a ser um sucesso na Steam, com reviews muito positivas de muitos jogadores.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.