Após o lançamento nos primeiros meses de 2023, Wo Long: Fallen Dynasty foi bastante elogiado pela crítica e pelos jogadores. O jogo da Team Ninja teve também direito a uma série de novos conteúdos e expansões, e se como eu ainda não tiveram a oportunidade de o jogar, faz então muito sentido darmos uma “vista de olhos“ a Wo Long: Fallen Dynasty Complete Edition.
E então o que traz esta Complete Edition? Esta edição (exclusivamente digital por agora) traz consigo todo o conteúdo dos três DLCs adicionais, bem como uma data de coisas novas, como armas inéditas, níveis (ainda mais) desafiadores, demónios, conteúdo para o end game e mais!
Já no ano passado, o Sidequest (através do Rui Martins) fez a análise ao jogo e referia que tinha “um combate vibrante e exigente. Há um grande foco em deflectir os ataques inimigos e em contra-atacar”. Agora, que tive a oportunidade de o jogar, é que realmente senti “na pele” a exigência de Wo Long: Fallen Dynasty. Se os jogos Nioh eram bem complicados (especialmente o segundo jogo), este está um ou mais patamares acima.
Joga-lo é uma experiência “dolorosa”. O jogo não é mau (nem nada que se pareça), mas é exgaredamente difícil, dolorosamente intenso e terrivelmente stressante que tive que parar e perguntar a mim mesmo se estava realmente a gostar do jogo. Considerando que toda vez que morri deu-me uma carga de nervos, voltei imediatamente a pegar no comando para tentar novamente, por isso suponho que o jogo até tem uma componente de diversão (mas que é muito complicado de se ver).
Mas tal como referido na nossa primeira análise que “as primeiras horas e, sobretudo, o primeiro boss do jogo são de uma dificuldade bastante elevada, mas depois todo o jogo parece muito fácil”…, sim, ainda continua a ser assim. O primeiro Boss, precisei de uma tarde inteira para o vencer pois não conseguia arranjar uma estratégia decente para o derrotar. Já no quarto Boss que me apareceu à frente…, ou eu comecei a jogar muito bem, ou então pareceu-me um pouco fácil e realmente é notório que a dificuldade é um pouco incoerente. Mas isto é motivo para não gostar do jogo? Claro que não, até porque quanto mais o jogamos, mais começamos a gostar dele.
Quanto ao jogo em si, esta é uma aventura de ação e dark fantasy, que nos leva ao período do Três Reinos e que foi dominado pelo caos e pela destruição. A dinastia imperial está à beira do colapso e como um azar nunca vem só também temos uma praga à nossa espera. É aqui que entramos para enfrentar as criaturas mais mortais à face da Terra, que só serão aniquilada com a ajuda de muitas armas (como sabres, chicotes, lanças, etc) e artes marciais chinesas.
O combate (que é a peça central do jogo), é… muito, mas muito, portanto treinem bem as vossas aptidões. Achei que não era tão preciso quanto Sekiro, ou metódico quanto um Dark Souls, portanto não sei se irá ser apelativo a qualquer jogador. Mas uma coisa é certa, é bastante frenético, e isso é mais notório nas batalhas contra os Bosses!
Como referi, esta super edição traz consigo os três DLC que foram saindo para Wo Long: Fallen Dynasty, o DLC Battle of Zhongyuan, o DLC Conqueror of Jiangdong e ainda o DLC Upheaval in Jingxiang. Dos três disponíveis, já me aventurei pelo 1º, o Battle of Zhongyuan, que traz dez missões novas, onde três delas são níveis da história principal e as outras sete são missões secundárias. Não deixa de ser uma pena que a grande maioria dos inimigos e cenários são reciclados do jogo principal, mas ainda somos brindados com dois novos inimigos, uma criatura parecida com uma cobra que surge do chão sem aviso e uma entidade demoníaca bem grande que tem uns ataques que mais parecem explosões, portanto as nossas defesas estão sempre a ser testadas.
Neste DLC também temos um novo tipo de arma, uma luva de combate chamada Cestus, que por acaso se tornou uma das minhas armas de eleição, pois é devastadora. Também temos direito a uma nova Divine Beast após completar todas as três missões da história, mas achei que as suas habilidades não são muito úteis de se usar em batalha. Convém mencionar que para aceder ao conteúdo deste 1º DLC, precisam de ter concluído a décima missão do jogo principal, Tyrant’s Final Banquet.
Se por ventura quiserem aceder ao 2º DLC, Conqueror of Jiangdong, devem primeiro ter progredido o suficiente na campanha do jogo principal e terem completado a nona missão Darkness over the Hanshui River. Já em relação ao 3º DLC, Upheaval in Jingxiang, se o quiserem jogar terão que ter concluído a décima sexta missão principal, The Crouching Tiger Roars (boa sorte a chegar até ela).
Queria ainda mencionar que a nível gráfico, este jogo é competente sim, mas acho que lhe falta algo…, pois parece que estou a jogar o Nioh da geração passada e não numa XBOX Series X. Penso que se podia ter ido mais além, pois algumas texturas, quer no nosso personagem, quer nos cenários, deixam um pouco a desejar.
Conclusão
Pros
- Boss Fights memoráveis
- Desafiante quanto baste
- Ter todo o conteudo extra numa só edição
Cons
- Enredo pobre e confuso em certos pontos
- A difculdade pode ser apelativa para alguns jogadores, mas poderá afastar outros tantos.
- Grafismo que parece um pouco datado
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.