O desfibrilhador traz hoje, um verdadeiro ícone dos jogos RTS, que deixou bastantes saudades! Ainda se lembram de Commandos!?
Corria o ano de 1998 e nunca mais me esqueço que na altura haviam dois jogos (completamente distintos) que me faziam passar horas colado ao ecrã do meu computador. O controverso jogo da Rockstar Games ,Grand Theft Auto, e o exigente jogo tático da Pyro Studios, Commandos: Behing Enemy Lines. O desfibrilhador de hoje, é dedicado à saga Commandos, um dos ex-libris dos jogos RTS, merecedora certamente de uma nova incursão. Mas vamos lá recapitular…
Já quase no fim dos anos 90, chegava até aos computadores Windows o primeiro jogo, Commandos: Behind Enemy Lines, onde tínhamos como protagonistas 6 soldados de elite ao serviço das forças aliadas durante a segunda guerra mundial.
A ação furtiva é o que distinguia o jogo dos demais na altura, pois as missões por norma “convidavam” a não usarmos armas de fogo ou outras opções que fizessem muito barulho.Os nossos soldados de elite tinham especialidades distintas, e em algumas das missões, só um membro específico conseguia resolver o problema que tínhamos pela frente com a sua especialidade. Técnicas de distração, o uso de disfarces, camuflagem com o terreno e até mesmo o uso de força bruta eram técnicas especificas de cada um dos elementos da equipa.
Pouco depois do primeiro título, a produtora espanhola volta à carga com a expansão stand alone, Commandos: Behind the Call of Duty, que seguia a mesma perspetiva isométrica 3D ao longo de 8 missões, cada uma mais difícil que a anterior (uma constante diga-se, em todos os 4 primeiros jogos da franquia).
Estes dois primeiros jogos foram um sucesso, e fizeram que em 2001, Commandos 2: Men of Courage aterrasse não só nos PC, mas agora também em MAC, XBOX e Playstation 2. Agora com 9 elementos ao nosso dispor e um motor gráfico melhorado, o segundo jogo da franquia foi outro sucesso de vendas. Este jogo viria a ter direito a Remaster no ano de 2020, e agora juntando-se ao PC e MAC OS, pode ser também jogado na Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One.
Já em 2003, chegava ao PC e MAC, o que para mim foi o melhor jogo desta saga, Commandos 3: Destination Berlin. Apesar de conter apenas 12 missões, este foi para mim o jogo mais exigente desde o lançamento do primeiro título em 1998. Apesar de não ter conseguido alcançar o sucesso dos seus antecessores, para mim foi o derradeiro jogo Commandos (mesmo tendo-o terminado em alguns dias). E com muita pena minha, o último da franquia a ser do género RTS, pois o último jogo, Commandos: Strike Force, passou a ser um jogo FPS. Mesmo tendo sido lançado para PC, Playstation 2 e XBOX, foi um verdadeiro fiasco… e desde aí que a série está arrumada a um canto, e não houve nenhum novo jogo.
Mas parece que nem tudo são más notícias, pois em 2018 a editora alemã Kalypso Media Group, adquiriu a licença dos jogos da série Commandos, e segundo uns rumores poderá estar na calha um novo jogo para um futuro próximo.
Se assim for… o que esperar do novo jogo? Penso que acima de tudo, voltar às raízes como um jogo com elementos RTS, que é como Commandos deve ser jogado. Se for lançado como um FPS… será apenas mais um no mercado, e honestamente conseguirá fazer frente a um jogo da franquia Battlefield por exemplo?
Outro elemento a ter muito em conta, manter a ação furtiva como elemento principal… e penso que isso certamente será um dos pontos fortes do novo jogo… caso contrário não teria como título “Commandos”. Missões de sabotagem, plantar armadilhas, usar disfarces… aliado a uma IA exigente, e temos de novo de volta a fórmula ganhadora do que distinguiu Commandos da concorrência.
Agora… e em termos de história? Será novamente baseada na segunda guerra mundial? Se assim continuar… ótimo, pois é dar continuidade a outra das características importantes…, mas existem outras temáticas que bem podiam ser exploradas, baseadas em acontecimentos mais recentes (a Guerra do Golfo por exemplo) ou até mesmo em acontecimentos que poderiam perfeitamente acontecer, e encaixariam muito bem na dinâmica de jogo de Commandos. Porque não termos os nossos soldados de elite infiltrados na Coreia do Norte, prontos para derrubar o regime de Kim Jong-Un?!
Nos dias de hoje, é perfeitamente possível termos ainda mais missões disponíveis. Se o modo campanha seguir os passos da franquia X-Com por exemplo, teríamos horas e horas de jogo pela frente. Outro fator interessante de ver num futuro jogo, seria se os inimigos fossem também posicionados aleatoriamente de cada vez que tivéssemos de repetir as missões. Iríamos com certeza ter uma experiência de jogo ainda mais desafiante e imprevisível.
Commandos tem tudo para voltar a ser um jogo de referência no campo dos RTS. Seja em dar continuidade aos eventos da segunda guerra mundial ou a uma história completamente nova, existem bons motivos para este ícone dos videojogos voltar a ver a luz do dia. Agora só o tempo dirá o que estará para vir.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.