O ano de 2001 teve uma excelente colheita de videojogos. Estão recordados de Max Payne?!
Jogos míticos como Grand Theft Auto 3, Halo: Combat Evolved e Final Fantasy X viram a luz do dia nessa altura. O artigo desta edição do desfibrilhador poderia bem ser acerca de um deles…, contudo decidi hoje abordar outro peso pesado que viu a luz do dia em 2001: Max Payne!!
Originalmente lançado para PC (e uns meses mais tarde para XBOX e Playstation 2) pela Remedy Entertainment, o enredo deste revolucionário third person shooter é passado nas ruas de Nova Iorque, onde o protagonista que dá nome ao jogo, Max Payne, que é um dos melhores detetives da polícia, encontra a sua casa completamente revirada de alto a baixo e a sua mulher aos gritos, implorando pela vida da filha de ambos de apenas seis meses. Max Payne consegue aniquilar os intrusos, contudo já tarde demais, pois quer a sua mulher e filha acabariam por morrer ali mesmo.
Volvidos 3 anos após a perda da família, encontramos o nosso protagonista na DEA (Administração de Fiscalização de Drogas), juntamente com Alex Balder (antigo parceiro de Max nos tempos da policia) empenhados a desmantelarem a organização da família Punchinello, responsável por distribuir a droga Valkyr, droga essa que está na origem no assassinato da família de Max, pois os três assassinos que naquela noite mataram a família do nosso protagonista eram viciados na droga e estavam completamente fora de si devido ao efeito da droga.
A trama não fica por aqui, pois já depois de infiltrado na família Punchinello, e depois de receber uma dica de um outro agente da DEA para Max se encontrar com Alex numa estação de metro… tudo dá para o torto.
O seu melhor amigo é assassinado diante dos seus olhos e sem poder fazer nada, Max vê o assassino a escapar. Como se não fosse o bastante, o sistema de segurança da estação de metro foi manipulado de modo a fazer parecer que foi Max quem matou Balder, e então a polícia agora está atrás dele como assassino procurado e traidor da DEA. Um argumento digno de filme na minha modesta opinião, repleto de suspense e momentos de tensão!
O primeiro título foi muito bem recebido pelos jogadores e teve muita fama. Volvidos dois anos voltamos a ver novamente Max nas ruas de Nova Iorque, no segundo jogo da série, Max Payne 2: The Fall of Max Payne.
Os eventos do segundo jogo ocorrem dois anos após os eventos do seu antecessor. Max Payne foi absolvido de seus inúmeros assassinatos e volta a trabalhar na polícia, mas desta vez no departamento de investigação de homicídios. No entanto, numa investigação de rotina, Max se depara com Mona Sax, que é baleada na cabeça no primeiro jogo e que obviamente deveria estar morta. Novamente, tínhamos um argumento repleto de twists & turns, que mantinha sempre o jogador interessado em progredir no jogo.
As principais diferenças entre Max Payne 2: The Fall of Max Payne e seu antecessor estão nos gráficos. As expressões faciais não são mais estáticas e o grafismo no geral foi melhorado, com melhores texturas e mais polígonos por personagem. A física também teve um upgrade substancial, as colisões foram melhoradas, o que permitia que o ambiente em torno de Max reagisse de forma mais realista, sem os problemas de ficar encalhado no cenário.
Este jogo, foi produzido novamente pelo estúdio finlandês, mas já sobre a alçada da Take Two Interactive, que é a dona da Rockstar Games. Apesar das suas vendas não terem alcançado o patamar do primeiro jogo nas três plataformas que foi lançado, não deixou de ser um jogo com bastante qualidade.
Para vermos o terceiro jogo da série, tivemos que esperar que a Rockstar Games (através do seu estúdio de Vancouver), a agora produtora do jogo, o lançasse em 2012 para a Xbox 360, Playstation 3 e PC.
Agora em território brasileiro, mais concretamente em Sao Paulo, Max trabalha como segurança privado (juntamente com o seu velho conhecido Raul Passos) para umas das famílias mais ricas do Brasil, os Branco.
Mas claro que esta nova vida não seria um mar de rosas para o nosso velho Max, pois numa fração de segundo, toda a beleza e glamour se transformam num banho de sangue, devido às ações de algumas quadrilhas brasileiras, como o Comando Sombra ou o Crachá Preto. De realçar que o enredo de Max Payne 3 tem a autoria de Dan Houser, que também tem no seu currículo como sendo o escritor do argumento de Bully, bem como o primeiro Red Dead Redemption e uma boa parte dos GTA. Uma vez mais, e tal como nos dois primeiros jogos, esta terceira aventura de Max Payne conta com uma história forte, que nunca desilude.
Depois de vermos Max a caminhar pela praia no final do terceiro jogo, o nosso protagonista está desde aí numas longas férias dadas pela Rockstar Games, e estamos há quase 10 anos sem uma nova aventura de Max Payne.
Um novo jogo iria ser bastante bem recebido, porque desde o primeiro jogo que Max Payne foi construindo uma boa base de fãs, portanto em termos de sucesso comercial para a Rockstar Games seria mais um trabalho de qualidade a ter no seu vasto e precioso currículo.
Aspeto muito importante a manter, e é a imagem de marca de Max Payne, seria o famoso Bullet Time, tanto que seria um “escândalo” um futuro jogo não ter este sistema em que foi pioneiro. Já o estou a imaginar com todo o seu esplendor numa Xbox Series X ou Playstation 5… um verdadeiro festim para os olhos (e então se tivesse suporte para Ray Tracing, deus me livre!!).
Seria também interessante de ver um modo multiplayer, ao estilo de GTA Online, com toneladas de missões disponíveis, modo cooperativo (por exemplo adaptar os heists de GTA ao universo de Max Payne) e outras boas ideias que existem quer em GTA Online quer em Red Dead Redemption Online.
Penso também que estaria na altura de fazer um quarto jogo de Max Payne em formato open world, pois iria funcionar bem dada a experiência neste tipo de jogos por parte da Rockstar Games. Era bem possível vermos Max num novo país, continuando a sua vida como segurança privado, ou então simplesmente estando no local errado, na hora errada, numa possível disputa entre organizações criminosas rivais. Boa forma de “estragar” as longas férias do nosso Max digo eu…
Outro possível local de uma nova aventura, seria voltar às origens. A Rockstar já fez um ótimo trabalho em GTA IV em recriar alguns pontos de Nova Iorque na sua versão Liberty City… e até se poderia aproveitar alguns aspetos da cidade de GTA IV e colocar na quarta aventura de Max Payne.
É uma pena que até hoje não tenhamos visto mais de Max Payne, este que é um grande trunfo que a Rockstar Games tem e simplesmente nada faz come ele. Por muito que goste dos jogos GTA, que são os “meninos bonitos” e que trouxeram a Rockstar para as luzes da ribalta, um novo jogo do bom velho Max Payne (não esquecendo ainda o Bully, o primeiro jogo que aqui trouxe ao desfibrilhador) merecia ver a luz do dia, e iríamos certamente aplaudir em pé. A ver vamos o que o futuro trará, nunca se sabe se vamos ser surpreendidos. Rockstar, now its up to you…
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.