O desfribrilhador está de regresso, e hoje vai abordar uma série da Electronic Arts que tem uma boa legião de fãs. Digam lá, não seriam excelentes notícias se a série Def Jam voltasse a ver a luz do dia?
Antes de começar, quando falo da série Def Jam, falo mais concretamente dos fighting games, e não da vertente “karaoke” presente em Def Jam: Rapstar (que até foi produzido pela Konami).
Esta excelente série de jogos teve início no já longínquo ano de 2003, quando Def Jam: Vendetta aterrava na Nintendo GameCube bem como na Playstation 2. Confesso que este jogo nunca o joguei, mas sei que na época fez enorme sucesso. O primeiro jogo Def Jam era praticamente um wrestling game, mas claro que as estrelas eram os diversos artistas de hip hop presentes no jogo. Ver ao “barulho” estrelas como DMX, Ludacris, Redman (entre outros) fizeram as delícias dos jogadores.
O sucesso de Def Jam: Vendetta foi tanto que no ano seguinte chegava o fantástico (e agora lendário) Def Jam: Fight for New York, considerado por muitos como o melhor Def Jam de todos. Para além das consolas da Nintendo e da Sony, o segundo jogo chegou também à Xbox original. Neste novo jogo a história começava onde a do primeiro jogo terminou, onde vemos o big boss de um gang poderoso apelidado de D-Mob a ser preso e a ser levado para a esquadra. É aquando da viagem até à esquadra que vemos um carro (controlado pelo nosso personagem) a bater no carro da polícia, e que assim o ajuda a fugir.
O nosso personagem cai nas boas graças de D-Mob e junta-se assim ao gang, e assim começava a história, que era desenvolvida com diversas cut scenes. Aqui o objetivo era bastante simples, lutar até conseguirmos derrubar o gang de Crow, que era interpretado nada mais nada menos, por Snoop Dog. Apesar de ser um fighting game, a história estava bem escrita diga-se.
Também podíamos customizar o nosso personagem com diversas roupas e acessórios, para ficar com aquele estilo bling bling. Também tínhamos disponíveis diversos estilos de luta, onde pessoalmente era bastante bom no kickboxing. Um fighting game fantástico, com uma jogabilidade viciante, que hoje me arrependo em já não o ter.
Def Jam viria a ter uma nova entrada no ano de 2006, mas desta vez na Playstation Portable. Def Jam: Fight for NY – The Takeover era basicamente um spin-off do jogo anterior, que trazia novas personagens (num total de 68), arenas e um gameplay mais refinado. Na minha opinião, este é um dos jogos obrigatórios da primeira portátil da Sony.
Def Jam viria a chegar à geração seguinte de consolas, nomeadamente a Xbox 360 e Playstation 3. Em Março de 2017 a Electronic Arts lançava Def Jam: Icon, trazendo de volta rappers consagrados, juntamente com músicas consagradas (ou talvez não) e uma boa dose de pancadaria. Apesar das melhorias gráficas que as novas consolas traziam, o gameplay de Def Jam: Icon deixou um pouco a desejar para uma boa parte dos jogadores (confesso que não foi o meu caso). As palavras que melhor definiram o gameplay deste novo jogo Def Jam por muitos jogadores foram “que lentidão”. Mesmo com cenários interativos e uma panóplia de opções de customização para a nossa personagem, não fizeram deste jogo um sucesso comercial.
Desde 2017 que a série (na sua vertente fighting game) está a ganhar pó nas prateleiras da Electronic Arts, e seria uma ótima noticia se a série voltasse a ver a luz do dia. Se um novo Def Jam seguisse por exemplo os mesmos moldes dos mais recentes jogos Mortal Kombat, tenho quase certeza que iria ser um jogo de alto gabarito.
Uma história digna de filme, que cative o jogador (e até podia ter diversos finais, conforme as nossas escolhas) aliada a um gameplay fluido (para fazer esquecer Def Jam: Icon) era o que bastava para ser um jogo de sucesso, e que iria agarrar muitos jogadores por bastante tempo. Isto tudo aliado a uma boa componente on-line claro, com os típicos ranking matches, pois muito boa gente compra fighting games para subir nas tabelas do modo on-line.
Seria interessante ver a velha guarda presente num futuro título, mas claro que existem novos artistas que iriam encaixar bem no jogo, sejam rappers, DJ´s ou algo pelo meio. Quem não iria gostar de ver Kanye West ou até mesmo Justin Bieber a partir a louça toda! Se bem que conhecendo os moldes dos videojogos de hoje em dia, grande parte das personagens teriam que ser compradas via DLC (ainda para mais sendo um jogo da EA) …, mas pronto. Outra ideia interessante era trazer como personagens convidados nomes de outras áreas musicais (ou ate mesmo de outras áreas do show biz) para Def Jam, como fez e bem Mortal Kombat. Eu cá adorava ver um Lenny Kravitz a andar a pancada contra um Jason Momoa. Yeahhh!
Algo que os jogadores mais gostaram nos jogos Def Jam foi a panóplia de opções de customização de personagens, e claro que era algo que deveria ser mantido. Sejam tatuagens, penteados, joias, casacos…, o que se quer é dar largas à imaginação e criar autênticas vedetas. E se juntarem peças de marcas famosas ainda melhor claro.
Para um jogo de combate fluído, iria funcionar melhor o estilo de controlos dos jogos Street Fighter, que na minha opinião são de execução rápida e fácil (qualquer um sabe fazer um Hadouken certo?!). O que se quer afinal de contas é um jogo acessível, mas não esquecendo a parte mais brutal e impactante como se vê nos jogos Mortal Kombat.
Seria ótimo voltar a ter Def Jam no mundo dos jogos de lutas, iria até refrescar a atual oferta nesse campo. É uma série que tem uma boa legião de fãs, que não esqueceu ainda o fantástico segundo jogo da série, um dos melhores jogos da geração PS2/Gamecube/Xbox. E se não houver um novo jogo, porque não então um remake do Fight for New York?! Pensem nisso senhores da Electronic Arts.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.