Não me considero uma pessoa forreta, diria mais que sou paciente.
Adoro jogar videojogos. Adoro também o facto de possuir 3 sistemas e poder alternar entre eles. Prefiro o PC para FPS’s (o rato e teclado para mim continuam a ser imbatíveis e um comando não se equipara), adoro o conforto do sofá para desfrutar da PS4 e não saio de casa sem a minha Switch.
Contudo isso geralmente significa que ando a jogar, pelo menos, 3 jogos diferentes ao mesmo tempo, um por sistema.
No panorama de países com um elevado poder de compra, um jogo de 70€ provavelmente não terá o mesmo peso financeiro que por cá.
Daí dizer que sou paciente, há muitos jogos que quero jogar e sei que, invariavelmente, entrarão em promoção. Tenho muitos outros que quero jogar, enquanto espero pelos saldos, que neste momento acontecem várias vezes ao ano.
É também importante não esquecer das ofertas da Epic, tema que abordo aqui.
Não tenho problemas em comprar um ou outro título a full price, como provavelmente farei com o Cyberpunk 2077 (se vem da CD Projekt Red, eu quero na hora), mas aumentar a minha colecção, quer em formato digital ou físico, não pode ser feito sem recurso a promoções.
Além da óbvia vantagem monetária, há também outras, como, por exemplo, comprar um jogo já com todos os DLC’s incluídos numa Game Of The Year Edition ou numa Definitive Edition em que por uma fracção do preço de lançamento temos muito mais jogo.
Recordo-me da altura em que tomei esta decisão: durante meses antecipei o Mass Effect Andromeda, como um grande fã da trilogia original, estava super entusiasmado com a chegada de um novo título. Além de que os títulos da Bioware sempre foram dos meus preferidos. Contudo, as reviews negativas foram avassaladoras, denunciando bugs tão graves que a EA/Bioware cedo assumiu o compromisso de os corrigir num patch que demorou cerca de 3 meses a chegar, enquanto o meu jogo de 70€ apanhava pó na prateleira. Quando este finalmente foi lançado já o jogo tinha má fama, pelo que o preço, ao longo dos meses subsequentes, caiu a pique. E nem era um jogo mau, apenas ficava aquém dos primeiros 3 e nunca conseguiu sair da sombra do fiasco inicial.
Relativamente à minha afirmação sobre a CD Projekt Red, percebo que pareço estar a contradizer-me, mas esta já demonstrou um tal respeito pelos jogadores que me levaria a comprar cegamente, contudo seria só até ao primeiro deslize.
Em suma, não me choca quem compra jogos a preço de lançamento. Pessoalmente, poucos compraria. Há muito jogo bom para desfrutar, e depois de estarem no mercado os jogos apenas podem melhorar.
Comprem com a cabeça, não com o coração.
Começou a jogar num spectrum 48k e desde então tem uma paixão por videojogos, não imagina a sua vida sem jogar. Fã de RPGs, First Person Shooters e jogos Third Person, joga na sua PS5, Xbox Series S, PC e Nintendo Switch.