“Final wave incoming”. Estás pronto para a defender? Bad North: Jotunn Edition lembra um tower defence. Será?
Bad North: Jotunn Edition, da Raw Fury, cativa-nos logo pelo visual. A arte é de grande simplicidade gráfica, mas extraordinária a criar ambientes e empatia com os pequenos soldados que lutam no ecrã. É um visual extremamente apropriado ao jogo – simples, mas cativante.
Temos uma (pequena) ilha, com as suas habitações. A nossa função é protegê-la das vagas de vikings que vão, progressivamente desembarcando na costa. Para tal, posicionamos as nossas tropas, cada uma com a sua especialidade, e vamos deslocando-as de encontro aos inimigos, de forma a impedi-los de destruir os vários edifícios. Missão conseguida? Seguir para a próxima ilha! Tal como tinha dito anteriormente… bastante simples.
Mas será demasiado simples? Depende do grau de expectativa. Voltando à frase inicial, Bad North: Jotunn Edition tem as mecânicas de um tower defense: o nosso objectivo é fortificar o cenário, de forma a sobreviver às vagas de inimigos lançadas sobre nós. Não o fazemos, contudo, com fortificações estáticas, mas servindo-nos das nossas tropas móveis para o efeito. É difícil, contudo, não o enquadrar nessa categoria, quando tudo o resto parece funcionar da mesma forma.
Bad North: Jotunn Edition é um jogo que tem uma estrutura típica de mobile: cada nível é rápido de completar e, uma vez finalizado, desbloqueia acesso a uma ramificação de novos níveis, progressivamente mais difíceis. Pelo caminho, melhoramos os nossos soldados, recrutamos novos generais e equipamo-los com artefactos especiais, de forma a conseguir acompanhar o acréscimo de dificuldade.
A curva de aprendizagem é muito rápida e intuitiva. Rapidamente dominamos as várias mecânicas de jogo e damos por nós a aproveitar a geografia de cada ilha e potencialidades estratégicas de cada tropa. Isso significa que, num instante, podemos estar agarrados ao gameplay.
E existe algo de viciante neste jogo. Até pela rapidez a que tudo se processa, um nível transforma-se noutro… e noutro… e noutro… e dou por mim a lembrar-me do célebre “just one more turn” do Civilization. Podemos pegar em Bad North: Jotunn Edition para “queimar” 10/15 minutos, que não chegam para justificar abrir outro jogo mais complexo. Mas também podemos dar por nós imersos durante mais de uma hora. Há algo de muito tranquilizante neste jogo. É como escolher um filme ligeiro para nos descontrair, em vez de um filme complexo e estimulante da mente.
Conclusão:
Bad North: Jotunn Edition é um jogo intrigante. Não sendo demasiado ambicioso ou inovador, oferece-nos uma experiência extremamente cativante para o olhar e uma jogabilidade que ultrapassa a sua simplicidade mecânica. Para quem gosta do estilo de jogo de um tower defense, este vai ser, certamente, um jogo muito interessante, que não frustará expectativas.
Começou a jogar ainda os jogos se carregavam a partir de uma cassete de fita magnética. Completamente viciado em FIFA, é também fã incondicional de RPGs e Jogos de Estratégia. Junta, aos videojogos, a paixão pelos jogos de tabuleiro.