Marvel’s Avengers – o início de algo (possivelmente) fantástico

Era com grande expectativa que esperava por este Marvel’s Avengers.

Não só por ser um grande apreciador deste conjunto de heróis mas também porque é um universo que já merecia um jogo de qualidade.

Apesar de não ter experimentado a beta do jogo, que foi disponibilizada para uma série de jogadores, fui lendo o feedback que esta recebia, que não era o melhor. Ainda assim, continuei com vontade de o testar e, felizmente, o resultado é melhor do que pensava.

Marvel’s Avengers trata-se de um jogo de acção e aventura, onde controlámos os principais membros dos vingadores, numa batalha contra o mal. Quer dizer, pelo menos, durante o primeiro nível, uma vez que no resto da história seguimos a demanda de Kamala Khan, uma Mrs. Marvel jovem, na busca de explicações pelo desaparecimento dos vingadores após um acontecimento catastrófico que devastou o mundo. Sem entrar em muitos detalhes, digamos que esta jovem acaba por ter algum sucesso nesta missão, e que outros vingadores voltarão novamente a poder ser controlados. A história em si é algo genérica e muito ao estilo deste género de narrativas de super-heróis, mas não deixa de ter alguns momentos bem cativantes e intensos, recheada de cutscenes que visualmente enchem o olho.

Contudo, não é apenas pela história que este título se destaca, apesar de esta também cumprir bem a sua função. Além das questões técnicas (já lá vamos), o combate está bastante bem recriado, sendo o ponto alto do jogo. Os movimentos e ataques são fluidos, os controlos enquadram-se bem e sentimos, nem que seja por alguns momentos, o que é estar na pele de um super-herói. Logo na missão inicial temos uma demonstração dos poderosos ataques de cada um, o que permite dar uma certa variedade no combate ao longo do jogo.

Além das sequências de combate, o jogo permite explorar os vários níveis em busca de itens e peças de equipamento que melhoram os atributos do nossos heróis. Estes também evoluem de nível e vamos ganhando pontos de habilidade para melhorar vários ataques e aprender novos movimentos. Não sendo nada de inovador, estes elementos RPG dão um excelente toque e promovem a constante busca por novas e melhores peças.

A nível técnico, o jogo é assombroso e um colosso visual e sonoro. As vozes, os efeitos sonoros ou as animações são de um preciosismo e detalhe estupendo, mesmo quando alguns cenários parecem mais despidos ou alguns inimigos mais genéricos. É tudo feito em grande escala e, nestes aspetos, é do melhor que podem encontrar nesta geração de consolas.

Terminada a campanha, que dura cerca de 10 horas, temos a possibilidade de iniciar a nossa demanda num MMO, cumprindo uma série de novas missões. Contudo, é neste campo que reside alguma desilusão. Se no modo história existia uma estrutura delineada e um objetivo concreto, mesmo que seja curto, no modo online não existe nenhum objetivo concreto a não ser amealhar, ganhar e recolher mais recursos e equipamentos para melhorar os personagens. Neste campo, a Crystal Dynamics já prometeu que vai colocar mais conteúdo e personagens jogáveis mas, até agora, é um modo pouco cativante e até algo repetitivo, uma vez que repete tudo o que executamos na campanha, mas sem uma narrativa de apoio.

Ainda assim, este modo não “estraga” o jogo e aqueles que, como eu, preferem uma experiência individual, têm aqui uma bastante boa, recheada de grandes momentos e combates incríveis, sendo uma das melhores experiências com super-heróis que tive nos últimos anos.