Totally Accurate Battle Simulator – Rir é o melhor remédio

Quem nunca passou umas horas a debater quem ganharia numa batalha entre cowboys e piratas? Ou entre um exército viking e um exército medieval? Ou entre um pintor renascentista e um samurai? OK. Esta última é bem menos provável que alguma tenham debatido ou sequer imaginado, mas é exatamente o que podem ficar a saber graças ao fantástico Totally Accurate Battle Simulator (TABS).

É claro que olhando para este título só há duas hipóteses: ou este jogo é um simulador altamente preciso e fiel à realidade ou é galhofa. Felizmente para nós, se há algo que define TABS perfeitamente é mesmo isso: galhofa. Do ambiente totalmente cartoon dos personagens e dos cenários à física totalmente ragdoll dos pequenos soldadinhos, tudo é galhofa em potência à espera de uma ordem nossa para ser concretizada. 

Em termos de modos, TABS cobre os campos habituais. Temos o modo campanha, onde saltamos de período histórico em período histórico, ultrapassando os mais diversos desafios que o jogo nos propõe. É claro que, mais uma vez, a palavra-chave é galhofa, portanto não esperem representações corretas destes períodos históricos, apenas umas aproximações minimamente vagas que dão um certo ar “histórico” e que, verdade seja dita, é o suficiente para nos contextualizar. A mecânica habitual de uma ronda de TABS é muito simples: temos um determinado “orçamento” que podemos gastar nos nossos soldados e o objetivo é ultrapassar os obstáculos que vão aumentando exponencialmente de dificuldade. Depois de alocado o nosso orçamento em soldados escolhidos a dedo chega a hora de largar mão do jogo e observar a batalha desenrolar-se à nossa frente. Uma vez iniciada a batalha pouco há que possamos fazer para mudar o resultado da mesma. Só não digo que não haja nada porque podemos assumir o controlo de um dos nossos soldados e assim viver a batalha mais de perto mas para mim TABS é um jogo bem melhor e muito mais divertido quando escolhemos largar a mão e ver só o que acontece.

Além do modo campanha, temos desafios específicos que podemos escolher e temos um modo sandbox onde, graças a um orçamento ilimitado,  podemos criar as batalhas mais épicas de sempre… ou pelo menos aquelas que forem possíveis na nossa máquina. É que quantas mais unidades tivermos em campo, mais lento tudo se torna e mais dificil é o processamento do jogo. 

E se tudo isto vos faz pensar que TABS é um jogo um tanto ou quanto caótico, é porque TABS é de facto um jogo um tanto ou quanto caótico. Mas este é aquele tipo de caos que nos leva às lágrimas de riso, graças às situações hilariantes que acontecem durante estas batalhas épicas. É claro que TABS é também, em última instância, um jogo de estratégia e essa faceta é revelada em todo o seu esplendor quando a dificuldade aumenta, havendo desafios realmente complicados e com múltiplas formas de serem resolver. Good stuff!

É claro que com todo este caos também surgem alguns bugs, como por exemplo ficarmos com um soldado numa área totalmente inacessível, dando origem a situações onde nem nós conseguimos eliminar os inimigos, nem os inimigos nos conseguem eliminar, forçando-nos a reiniciar a batalha. No entanto a frequência com que nos deparamos com este tipo de bugs, além de não ser alta, até acaba por trazer um “algo mais” bastante divertido às batalhas.