Mortal Kombat – Já não era sem tempo

Assim que foi anunciado que iria ser lançado um novo filme de Mortal Kombat, fiquei com uma duplicidade de sentimentos.

Por um lado, tinha receio que fosse mais um filme genérico baseado num videojogo. Algo sem alma e sem consideração pelo saga ou franquia em causa. Por outro, tinha esperança que, finalmente, esta saga merecesse uma adaptação cinematográfica decente. Sim, a versão de 1995 não é horrível, mas não sobreviveu bem ao teste do tempo e a sequela vamos fingir que não existiu.

Felizmente, este Mortal Kombat surpreendeu-me imenso. Aquilo que eu esperava do filme, foi cumprido e até superou as minhas expectativas em algumas partes. O filme faz uma boa caracterização dos personagens, tem excelentes momentos de luta e uma data de one lines épicas e famosas da saga, muito bem metidas e contextualizadas.

O filme consegue explicar, de forma sucinta, um pouco do lore de Mortal Kombat, sem ser demasiado complexo nem demasiado leviano. A maioria dos personagens mais conhecidos estão presentes, mas prefiro não revelar para manter algum suspense para quem for ver. No entanto, posso dizer que finalmente vi um Sub-Zero e um Scorpion a fazer jus aos personagens dos videojogos.

As sequencias de combate são bastante boas, existindo uma boa recriação dos famosos movimentos de cada personagem, dando lugar a um ou outro fatality. É muito violento, as vezes em demasia, mas esse exagero é uma das marcas da saga e por isso, faz todo o sentido aqui.

Para ajudar à festa, o filme termina com um enorme piscar de olho a uma sequela, algo que já foi confirmado caso o filme seja um sucesso de bilheteira. Felizmente, parece que está a trazer muita gente para o cinema e os produtores já falam numa série de, pelo menos, quatro filmes. Que venham eles, pois foi bom voltar ao cinema e ver esta saga ser homenageada de forma tão condigna.