Ghost of Tsushima Director’s Cut – Regressar em beleza

Ghost of Tsushima foi um dos grandes lançamentos do ano passado na PlayStation 4. O exclusivo da Sony foi desenvolvido pela Sucker Punch e foi recebido de braços abertos pelo público e pela crítica.

Passado cerca de um ano, o jogo recebe uma nova edição para a geração actual: gráficos melhorados, redução de tempo de loadings, lip sync em japonês e uma ilha nova para explorar. Mas será que vale a pena investir nesta Director’s Cut?

Resposta curta e simples: sim. Esta é, efectivamente, a melhor versão do jogo disponível no mercado. Portanto, se nunca jogaram Ghost of Tsushima, esta é a edição que devem escolher. No entanto, se estivermos a falar para todos aqueles que jogaram ou terminaram o jogo na PS4, a história é um pouco diferente, e aqui entra a questão do preço.

Creio que o mais justo seria que o upgrade visual fosse gratuito, tal como aconteceu com muitos outros jogos que transitaram de geração. No entanto, se apenas quisermos o upgrade para a nova geração, este tem um custo de 9,99€. Certo, não é um valor exorbitante mas é era uma boa oportunidade da Sucker Punch e da Sony mostrarem algum amor para com a comunidade. Desta forma, todos os jogadores iam pegar no seu Ghost of Tsushima da PS4 e fazer o upgrade, sendo que a expansão seria uma forma aliciante de experimentar o jogo com todas novidades visuais e com novos conteúdos para explorar.

Desta forma, o valor de 29,99€ por uma expansão de cinco ou seis horas mais o upgrade geracional parece-me um pouco excessivo. Não obstante, as melhorias são de factos visíveis e a questão do lip sync foi um bálsamo para mim, pois adoro jogar com vozes em japonês.

Além disso, se Ghost of Tsushima já era um jogo lindíssimo, agora ficou ainda mais. É muito provavelmente o jogo mais belo nesta geração e não se limitou a melhor e embelezar os cenários. Muitas das animações e movimentos em combate estão mais fluidos e reais. O número de bugs encontrados foi irrisório, algo que a versão de PS4 tinha numa quantidade considerável.

Quanto à Iki Island, oferece o mesmo tipo de conteúdo, missões e inimigos que o jogo base, sendo que a história até é bastante interessante. Nela exploramos um pouco o passado do pai de Jin, o nosso personagem, e encontramos outros personagens pelo caminho igualmente relevantes, como a vilã Eagle. A ilha tem uma dimensão justa e oferece várias horas de tarefas e segredos adicionais depois de terminada a missão principal.

Para os fãs do multijogador, há ainda o modo Legends, que também pode ser adquirido à parte e sem termos o jogo base. É uma adição interessante e torna esta edição ainda mais valiosa para quem aprecia algum divertimento junto de outros jogadores.

Conclusão:

Em suma, este é um excelente pacote e a melhor versão para jogar Ghost of Tsushima. A única crítica vai mesmo para a questão do preço, que me parece um pouco elevado face ao que se faz actualmente na indústria e ao número de novidades acrescentadas.