Microsoft Flight Simulator – “O rei dos simuladores de voo chegou ás consolas Xbox”

Estará esta nova versão de Microsoft Flight Simulator preparada para altos voos? Lets find out…!

Estávamos em Agosto de 2020, quando a prestigiada série de simulação da Microsoft levantou voo nos PC, com um novo e ambicioso jogo, que nos levava literalmente a viajar pelos sete cantos do globo. Agora o simulador de voo que conta com uma legião de fãs, chega pela primeira vez ao universo das consolas com o lançamento de Microsoft Flight Simulator para as consolas Xbox Series X/S.

Volvido então um ano, e já com várias descolagens e aterragens no meu currículo, a minha opinião pouco ou nada mudou comparada a versão de PC, Microsoft Flight Simulator continua a ser uma experiência deslumbrante, e a versão em que jogo (Xbox Series X) consegue andar lado a lado com a versão PC, e no meu caso, até prefiro (e nem me refiro graficamente), pois o simples fato dos tempos de loading na consola serem bem menores do que no meu PC já é um fator positivo (obviamente que ajuda o SSD da consola, invés do Hard Drive do PC). É bem mais agradável passar mais tempo a voar do que estar a olhar longos minutos para o ecrã de loading….

Voltei a encontrar uma longa lista de aviões, com uma imensa atenção ao detalhe, quer seja no interior do cockpit, quer seja na vista exterior. O sistema de iluminação dinâmico é capaz de reproduzir as mais deslumbrantes e foto-realistas paisagens que já se viram num jogo e a grande cereja no topo deste enorme bolo é podermos explorar o mundo inteiro no conforto da nossa casa. Já visitei Londres, Los Angeles e a nossa ilha da Madeira em apenas um dia!!!

Mas antes de avançar mais nesta minha análise, tenho que referir algo que faz muita diferença no PC e sente-se aqui falta na versão de consolas, que é a falta de um rato e um teclado. Não digo para pilotar o avião, porque até acho que a Asobo Studio fez um enorme trabalho a conseguir adaptar o jogo para a possível falta destes periféricos. Mas onde realmente sinto falta é na navegação nos menus, principalmente durante uma sessão de voo (ao fim de um tempo pode tornar-se frustrante).

A forma que temos para usar o cursor passa por clicar no analógico esquerdo para aparecer um círculo com ponto no centro que serve de “ponteiro”. Mas enquanto fazemos isto, por exemplo, para alterar as definições de piloto automático ou até a câmara, o avião continua a voar enquanto o fazemos, e claro que se perde mais tempo quando comparado com as mesmas ações de rato e teclado na versão PC.

Após alterar o que acharmos necessário precisamos ainda de carregar, uma vez mais, no analógico esquerdo para voltar então a comandar o avião, que até esse segundo pressionar de analógico não vai responder a nenhuma das nossas ações no comando. Resumindo…, é pouco intuitivo.

Mas apesar de tudo isto existem atalhos para as operações mais básicas, para não andarmos a procurar constantemente os instrumentos no cockpit e para assim termos mais tempo para dar uso à vista externa e apreciar as paisagens de Microsoft Flight Simulator.

O facto desta nova versão ser extremamente parecida com a versão PC faz com que os jogadores das consolas de nova geração da Microsoft consigam ter uma experiência muito semelhante aquela que teriam num computador. Para além disto os updates que vão ser lançados, irão sair em simultâneo para PC e consola, deixando assim ambas as plataformas lado a lado nas melhorias que o jogo vai tendo, assim todos os jogadores poderão desfrutar da melhor experiência possível.

O desempenho de Microsoft Flight Simulator na Xbox Series X é muito bom, principalmente quando comparado à versão PC. Contudo, em raras situações, o jogo “soluça” um pouco em manobras mais arriscadas (mais até a baixa altitude) e nota-se uma pequeníssima quebra nos frames, mas nada de preocupante e que faça com que o avião venha em queda livre.

Tal como na versão de PC existem alguns treinos de pilotagem, mas apesar de não serem obrigatórios, são essenciais para perceber como tirar o máximo partido do comando e saber dividir as atenções entre a pilotagem mais “descontraída” e as mecânicas mais realistas.

Existem assim pequenas lições, com objetivos bem simples e que ao serem completados nos vai atribuir uma pontuação. Falando por mim, vejo-me muitas vezes a repetir as lições para ver se consigo bater a minha pontuação anterior…, mas nem sempre é fácil.

Tal como referi acima, a cereja no topo deste bolo continua a ser a liberdade de descoberta do mundo. Podemos partir de qualquer aeroporto (ou aeródromo), com as condições que desejarmos, onde destaco escolhermos a função em tempo real, que simula as condições atmosféricas bem como a hora real de qualquer ponto do mundo.

Nesta versão para consolas, e muito graças aos updates que introduziram novos conteúdos, temos acesso a pontos de interesse novos e cidades mais detalhadas e bonitas, mas, em voos rasantes, a ilusão de realismo e detalhe continua a mostrar um pouco de limitação. Mas honestamente falando, este jogo é para admirar as paisagens a Kms de distância e não com uma lupa…

Relembro que no PC, Microsoft Flight Simulator é muito exigente e, apesar de poder ser jogado em diversas configurações, a experiência de topo ficava limitada apenas a quem tinha um PC bem artilhado.
No espaço de um ano, a Asobo Studio tornou esta versão de consolas numa nova demonstração técnica, que produz incríveis visuais com alto detalhe, em altas resoluções, oferecendo assim ao jogador uma experiência fluída como se jogasse num PC topo de gama.

Convém relembrar, que este título continua a ser “pesado”, ocupando mais de 90GB, isto sem contar com os conteúdos extra que são descarregados dentro do próprio jogo. E por falar em conteúdos extra, ainda este ano irá sair o DLC dedicado a Top Gun: Maverick. Será bem interessante ver o que daí virá!

Outro ponto que também é importante mencionar, é que todo o conteúdo criado por third parties (como aeroportos e aeronaves) para a versão de PC, é também compatível para a versão das consolas.