Os leaks podem fazer a diferença na forma como se recebe a verdadeira notícia.
É raro nas várias visitas que faço ao Youtube e a variados sites que publicam notícias sobre videojogos não me cruzar com leaks. Alguns, vêm-se a revelar verdadeiras fugas de informação e acabam por, mais cedo ou mais tarde, ser confirmados oficialmente – exemplo disso foi o trailer gameplay de Elden Ring, que foi publicado ilegitimamente no passado mês de Março e apenas em Junho é que a Bandai Namco e a From Software decidiram publicar oficialmente o trailer, bem como revelar a data de lançamento da nova IP dos criadores da série Souls. Outros, não chegam a passar de rumores e é aqui que merece ser invocada a tão badalada “Nintendo Switch Pro”.
A história de que a Nintendo estará a planear um novo modelo, mais poderoso, da popular Nintendo Switch está longe de ser recente e a companhia nipónica vem constantemente negando quaisquer rumores que indiciem que essa nova consola estará a ser fabricada. Acreditava-se que o ano 2021 seria finalmente o ano em que a empresa revelaria a nova máquina que teria como grande novidade a possibilidade de correr jogos a 4K, pelo menos, no modo docked.
Acontece que, foi de facto revelada, no mês de Julho, uma revisão do modelo lançado em 2017 só que, a sua característica principal não é correr jogos com resolução Ultra HD mas sim, estar equipada com um ecrã OLED – e assim, o mundo ficou a conhecer a nova Nintendo Switch OLED.
O desapontamento daqueles que esperavam por algo mais do que um novo ecrã, o dobro do armazenamento (a nova Switch virá equipada com 64 GB ao invés dos 32 GB do modelo original) e um kickstand maior e de mais fácil ajuste fez-se sentir de imediato. É caso para dizer que “soube a pouco” o anúncio da Switch OLED e o desagrado manifestado pelos jogadores com a revelação da nova consola, levou mesmo a uma reação por parte da Nintendo que se limitou a recomendar que, quem não estivesse agradado com o novo modelo deveria, simplesmente, continuar com o modelo original.
A expectativa que alguns leaks geram nos jogadores podem revelar-se nefastos para a indústria. Se não tivessem surgido, talvez ou talvez não, a reação ao anúncio da Nintendo Switch OLED (com lançamento previsto para 8 de Outubro) tivesse sido diferente para melhor. Os vários rumores lançados sobre uma hipotética Switch mais poderosa iludiu as mentes das pessoas e gerou um descontentamento que poderia ter sido evitado.
No que à veracidade dos rumores diz respeito, na minha opinião, o facto de sempre se referir o nome “Pro” (uma alusão à Playstation 4 Pro, lançada em 2016) deixa-me com um pé atrás. No meio dos inúmeros boatos que já foram lançados, nenhum deles abordou um aspeto que eu considero essencial: o nome de código.
Esse nome fictício é um dos primeiros indicadores de que algo pode vir a existir e no que toca a consolas, não é raro ouvir-se falar neles – Project Scorpio (Xbox One X), Xbox Lockhart (Xbox Series S), Xbox Anaconda (Xbox Series X) e até Nintendo NX (Nintendo Switch) sendo que, para esta última, chegou mesmo a ser anunciado, em 2015, Dragon Quest XI, que só viria a ser lançado na já denominada Nintendo Switch, em 2019.
Está claro que o nome Nintendo Switch Pro se trata apenas de uma designação utilizada para se referir àquele sonho que muitos anseiam que se concretize. Mas esse sonho, apesar de quase todos os meses ser alimentado por leaks, tem pouca substância para se tornar realidade.
Com a chegada iminente do modelo OLED, não fará muito sentido lançar uma Nintendo Switch “Pro” em 2022, pois tal faria com que muitos daqueles que tenham a pretensão de adquirir o mais recente modelo preferissem esperar pelo produto com mais capacidades.
Estou convicto de que, quer optem por jogar no modelo original, OLED ou até mesmo na Switch Lite, serão essas as consolas que estarão prontas para receber os aguardados lançamentos de Bayonetta 3 e a sequela de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, ambos previstos para 2022.
Defensor da paz entre as consolas e não da guerra entre elas, começou com uns toques na Mega Drive, depois passou para a velhinha PS One e, seguidamente, para a eterna PS2, mas foi apenas com a PSP que a sua grande paixão pelos videojogos despertou, principalmente quando chorou que nem um bebé no final do Crisis Core Final Fantasy VII. Apesar de jogar (quase) de tudo um pouco, o seu coração bate um pouco mais rápido pelo género RPG, pois são jogos desse género que mais memórias lhe trazem.