Volvidos 18 anos, Lana Wachowski está de volta para produzir a quarta longa metragem do universo Matrix. Vamos lá então saber o que esperar de The Matrix Ressurections.
(artigo sem conteúdo spoiler)
Não é grande segredo que a Warner Bros sempre quis continuar a fazer mais filmes de The Matrix, mas as irmãs Wachowski conseguiram durantes estes anos todos resistir a essa pressão da gigante cinematográfica, insistindo que haviam feito tudo que queriam com os três filmes originais. Para os mais esquecidos no final da trilogia original, Trinity morre, Neo sacrificou-se e os humanos foram libertados das suas algemas virtuais, o que significava que qualquer um que esperava continuar aquela história via ali uma rua sem saída.
Bem…, se não os vais vencer, junta-te a eles, que é o que parece que Lana Wachowski nos transmite. Embora The Matrix Resurrections não seja um filme perfeito, dá um passo acertado em relação aos dois filmes anteriores (Reloaded e Revolutions) e é mais digno de suportar o peso do nome Matrix.
O filme está repleto de grandes momentos nostálgicos e claro que não podiam faltar doses extras de ação. Os icónicos atores Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss voltam a dar vida a Neo e Trinity de forma tão perfeita que teremos dificuldade em acreditar que já estão volvidos 18 anos desde a última vez que os vimos a lutar contra as máquinas.
Se por ventura não são fãs do universo Matrix, então The Matrix Resurrections não é então para vocês. O novo filme é fortemente alimentado pela nostalgia com piadas e momentos cómicos que nunca diminuem de ritmo. Se por acaso perguntarem “Devo assistir novamente a todos os três filmes originais para as perceber?” eu diria que sim, pois assim conseguem perceber todas as piadas de forma mais clara.
No entanto, no que diz respeito ao enredo do filme, Lana Wachowski fez um excelente trabalho em nos lembrar dos momentos chave dos primeiros três filmes, e provavelmente serão capazes de acompanhar o desenvolvimento da trama com alguma facilidade, não sendo assim obrigatório ver os três filmes originais para perceber tudo o que aconteceu até à data.
Sim, existem algumas partes de Matrix Resurrections que são um pouco confusas, mas o que seria realmente um filme de Matrix se nós entendêssemos tudo logo à primeira? Contudo, e no que toca a explicar como Neo e Trinity voltam ao mundo dos vivos, até posso dizer que mais claro não podia estar.
No que toca ao restante elenco, as adições do novo Agent Smith e também de Yahya Abdul-Mateen II como o novo Morpheus são inesperadamente eficazes. Desta forma não parece que o filme está “a lutar” para dar uma justificação porque Laurence Fishburne e Hugo Weaving não estão de volta para interpretar os papéis que deram vida. Contudo, e pessoalmente falando, a presença que Hugo Weaving tinha como Agent Smith, está noutro patamar.
No final de contas, se querem ver o novo The Matrix Ressurections para verem grandes cenas de ação non-stop, então vão ficar muito satisfeitos. Nada superará o filme original, até porque foi um game changer se assim posso dizer, mas os novos efeitos visuais estão bem fiéis ao filme de 1999 e sem exageros. A tecnologia obviamente avançou bastante nos últimos 20 anos, e Lana Wachowski fez um ótimo trabalho com as ferramentas que tinha à disposição. Embora The Matrix Resurrections tenha algumas falhas, é um excelente retorno a um mundo que marcou tantos fãs de cinema por esse mundo fora.
Jogo de tudo um pouco, desde a minha primeira consola de jogos, a Master System II. Desde aí muita coisa mudou, mas a paixão e dedicação aos videojogos permaneceu intacta.
Apesar de jogar de tudo um pouco, desde FPS a RPG´s, sou grande adepto de Fighting games, como o Mortal Kombat e ainda de jogos de desporto automóvel, como o Forza Motorsport. Também não dispenso boas séries e bons filmes. Sou grande fã de animes desde muito cedo, onde tenho DragonBall e Naruto como séries de eleição.