Gotham Knights – Discípulos a meio gás | Análise

O universo de Batman já rendeu várias lançamentos de videojogos, especialmente nos últimos anos. Gotham Knights é mais um, que conta com a particularidade de não se focar tanto no Caped Crusader, até porque o mesmo só aparece no início, e por breves momentos.

Não querendo entrar em grandes detalhes, o jogo começa com a morte de Batman, algo que acontece na primeira sequência de vídeo do jogo, e que serve de espoleta para a chega dos seus quatro aprendizes: Robin, Nightwing, Batgirl e Red Hood. Estes quatro cavaleiros têm como missão ocupar a vaga do seu mestre, e proteger Gotham de todos os perigos e mais alguns.

Em termos de argumento, o jogo têm alguns momentos interessantes e as interações entre os quatro personagens funciona bem. Contudo, senti sempre que faltava uma história mais robusta e que agarrasse mais. É quase impossível não estarmos constantemente a pensar na série Arkham como referência e, neste campo, é um jogo algo inferior.

No entanto, há aspectos positivos e de relevo. A possibilidade de trocarmos com facilidade entre cada um dos personagens torna o jogo mais dinâmico e desafiante, pois temos de aprender as valências e características de cada lutador. Pessoalmente, joguei bastante tempo com Red Hood, simplesmente porque é o personagem que gosto mais, mas sabia bem experimentar um dos outros para diversificar um pouco a maneira de lutar.

No que diz respeito às mecânicas de jogo, Gotham Knights vai beber à série Arkham. Quer no combate ou nos modos de investigação, existem várias referências e adaptações. No entanto, especialmente no combate, parece que o mesmo não está tão fluido e natural, e só quando já desbloqueamos mais habilidades é que se torna um pouco mais interessante e divertido.

Visualmente, não se comporta mal, mas para um jogo desta geração, também não impressiona. Já vimos qualidade gráfica semelhante em jogos da geração anterior. Ainda assim, não é, de todo, uma desilusão, simplesmente não é um campo de destaque.

Por outro lado, o voice acting está bastante bom, bem como a banda-sonora, que consegue criar bons momentos de tensão e acompanha bem os momentos de ação.

 

Conclusão:

Gotham Knights acaba por ser um bom jogo, se formos fãs deste universo. Não prima em nenhum campo mas também não se espalha em nenhum. Simplesmente cumpre nas várias áreas e o resultado é um bom jogo para quem gosta de passear por Gotham.