Kirby´s Return to Dream Land Deluxe – Entretenimento mais que garantido | Análise

A “bola” cor-de-rosa mais famosa dos videojogos está uma vez mais de regresso num completo e bem divertido remake. Vamos jogar Kirby´s Return to Dream Land Deluxe? Vamos lá então! 

Os jogos onde Kirby é protagonista são geralmente uma aposta segura, pois são verdadeiros sucessos, pois oferecem muita diversão do início ao fim. Depois de em 2022 ter tido direito a novo jogo, o Kirby and the Forgotten Land, a “bola” de tons rosa volta novamente à Nintendo Switch com um bom remake de Kirby’s Return to Dream Land (que originalmente foi lançado na Nintendo Wii), e que de certeza nenhum fã de Kirby vai querer perder. 

Existem dois modos de jogo, e se quiserem começar pelo modo Aventura é aqui que vão encontrar a vertente de história do jogo. O enredo é simples e ficamos a par do que temos pela frente em menos de 2 minutos, algo que me agradou bastante.

Num dia como todos os outros no planeta Pop, Kirby e alguns amigos deparam-se com uma nave vinda do espaço (a Lor Starcutter) a despenhar-se. Depois de averiguarem o que se passou, decidem deitar mãos à obra e ajudar Magolor (o dono da nave) com a reparação. Para isso temos que encontrar as diversas peças que se espalharam por toda a Dream Land…, que é como quem diz partir à aventura por diversos níveis, e enfrentar inimigos e Bosses pelo meio em batalhas simplesmente loucas. Ao derrotarmos o Boss final de cada zona, somos recompensados com uma das peças necessárias para a reparação da nave do viajante interdimensional.  

Contudo, não ficamos apenas pelo planeta Pop, porque depois da Lor Starcutter de Magolor estar totalmente restaurada, e ele convida-nos a ir até Halcandra, onde iremos ajuda-lo a combater uma ameaça que assola aquele local.

Como é certo e sabido, Kirby é conhecido por absorver os inimigos e adquirir as habilidades deles, fazendo assim com que ele consiga usar diferentes ataques. Existe um leque bem simpático de diferentes poderes que mudam completamente a forma de como jogamos, e que teremos que usar tanto para lutar e abrir caminho, quanto para encontrar colecionáveis e outros segredos. Além disso, se quiserem podem juntar até mais 3 amigos e jogar em simultâneo, o que torna o jogo ainda mais engraçado. 

Inicialmente, a dificuldade é bastante baixa, e os níveis vão-se sucedendo sem grandes desafios. Kirby recebe algumas habilidades de inimigos absorvidos, e deve usá-las para superar os obstáculos que vão aparecendo pela frente. Contudo, para os jogadores de mais tenra idade, ainda deve representar um desafio, e se porventura necessitarem de ajuda, podem ativar uma opção onde Magolor dá uma ajuda extra para vencer cada nível. A dificuldade só aumenta no final, quando a necessidade de usar de forma inteligente as habilidades adquiridas é posta à prova. Não sendo um jogo deveras complicado de se dominar, é possível terminar o modo Aventura em pouco mais de 6 horas. 

Existem ainda umas espécies de engrenagens escondidas que estão espalhadas pelos níveis, e ao juntarmos um certo número delas, elas vão desbloquear desafios opcionais nas quais teremos que demonstrar a nossa perícia com os diferentes poderes de Kirby. Estes desafios confesso que gostei bastante de os jogar, pois queria sempre ficar em 1ª na tabela classificativa (e são viciantes).  De referir que estes desafios opcionais estão disponíveis apenas para um jogador. 

Contudo, terminar o modo aventura não significa que não existe mais para se fazer no jogo, pois existe ainda o modo extra, que serve como o “modo difícil” da aventura. Vamos ainda desbloquear o epilogo de Magolor, que são níveis inéditos protagonizados pelo viajante interdimensional. 

Os níveis do epilogo mantém o estilo de plataformas, mas contam com uma jogabilidade um pouco diferente e novas ambientações.  

A premissa desta nova história é ajudar o pequeno viajante interdimensional a recuperar os seus poderes, e ao contrário de Kirby, ela já possui habilidades únicas e não precisa de absorver nenhum inimigo, o que dá uma mexida enorme em toda a mecânica de jogo. Aqui existe um sistema de combos que nos convida a manter constantemente a ofensiva contra os nossos inimigos, evitando que eles nos toquem. Quanto maior o combo que fizermos, mais pontos mágicos adicionais iremos receber no final, e quanto mais pontos mágicos obtivermos num nível, melhor classificação iremos obter ao terminar o nível. Os níveis protagonizados por Magolor expandem assim a aventura principal de forma inventiva, oferecendo ainda mais algumas boas horas de diversão (e vicio). 

Uma das novidades de Kirby´s Return to Dream Land Deluxe é o Parque Magolândia, que é basicamente uma coletânea de mini-jogos bem ao estilo dos jogos Mario Party. O que torna este modo interessante é que existe uma enorme lista de missões a cumprir relacionadas com os mini-jogos, e à medida que as jogamos e as completamos vamos desbloqueando skins com as quais podemos equipar os nossos personagens no resto dos modos. Os mini-jogos são muito divertidos e quando jogados com mais jogadores ainda se tornam melhores, e podem ser jogados com os sensores de movimento ou então com os comandos tradicionais (que é mais fácil até). Este é um modo perfeito para relaxar enquanto ganhamos um novo fôlego para voltar ao modo Aventura.

Como podem ver, Kirby´s Return to Dream Land Deluxe é um título muito completo que esconde muitos extras e segredos. Sim, o modo Aventura pode ser concluído em poucas horas, mas isso representa cerca de 40% de tudo o que ele tem a oferecer, portanto se ficarem apenas por aí perderão o melhor que o jogo tem para oferecer. 

Também não posso esquecer de destacar o quão incrível está o jogo no campo visual. Eu estive até a visualizar gameplay da versão da Nintendo Wii (para poder ter uma ideia da versão original), e nota-se bem a diferença em relação à versão para a Nintendo Switch. Cores (bem) mais vivas, cenários repletos de detalhes, e acima de tudo, algumas animações soberbas que se destacam sobretudo no caso do próprio Kirby, que estão muito fluidas e super suaves transmitindo na perfeição a sua “elasticidade”. Além disso, a imagem está extremamente nítida, nuns bons sólidos 60 fps, seja no modo TV, seja no modo portátil. 

De referir ainda, que o jogo se encontra localizado em Português do Brasil, portanto nota-se o esforço da Nintendo para chegar a um maior público possível. Mas claro, penso que se justificaria a inclusão do nosso português, pois existem alguns termos que simplesmente me passaram ao lado… 

Conclusão:

Kirby’s Return to Dream Land saiu direitinho do “baú” de clássicos da Nintendo Wii para uma plataforma atual, e o resultado é um remake muito bom, repleto de conteúdo e de horas de diversão. Teria sido ótimo estar incluído um modo on-line, mas não é por isso que deixa de ser uma opção de compra altamente recomendável e a ter em conta por qualquer fã da personagem ou para quem simplesmente adora jogos de plataformas.