Na minha análise a Doors of Insanity, eu usava Slay the Spire como uma referência a ter em conta. Mas afinal, o que o torna tão irreverente?
Em que consiste Slay the Spire?
Lançado em 2019, pelas mãos da Mega Crit, Slay the Spire, e aproveitando a popularidade do Xbox Game Pass, tornou-se um sucesso no universo dos jogos de cartas. A principal emoção que sobressai ao jogarmos o jogo, é mesmo o “vício” (no sentido positivo) que se cria em torno dos baralhos, das batalhas, dos caminhos. Basicamente, todo o jogo assenta numa lógica em que 3 personagens nos guiarão ao longo de um trajeto (mais ou menos da mesma forma que em Doors of Insanity). A partir daí, contarão com zonas de repouso, surpresas e, claro, batalhas intensas e desafiantes!
Na sua essência, é simples perceber a dinâmica do jogo e como poderemos vencer os adversários. O mais complexo e, por isso, catalisador do sentido estratégico presente em Slay the Spire, é gerir o baralho de cartas, tendo em conta a energia disponível por cada ronda e o possível dano que receberemos dos, por vezes, vários opositores.
Ainda assim, algumas jogadas baralham-nos (entenderam a ligação?) o pensamento, pois o nosso deck pode ficar cheio de cartas inúteis, lançadas pelos adversários e/ou até podemos sofrer com as nossas más escolhas. Isto porque, ao longo do percurso (e como já abordei, levemente, acima), temos oportunidades de descanso, melhorar o nosso próprio “armamento” e/ou comprar novas cartas ao Mercador.
Mecânicas do Jogo:
Convém referir que eu joguei a versão da Xbox, e de comando na mão, as mecânicas são bastante simples. Aliás, todo o conceito doeste título agarra essa simplicidade de um jogo de cartas. Afinal, quem é que não sabe jogar às cartas, na vida real? Aqui encontramos os mesmos desafios competitivos, com a particularidade de existirem criaturas, poderes, e todo um fator abstrato, presente no nosso raciocínio.
Ponto Negativo:
Talvez o único ponto menos positivo no jogo (e com esforço para ser descoberto) seja a pouca diversidade das nossas personagens (Ironclad, Silent e Defect), em contraste com as dos adversários, que têm um leque muito mais alargado.
Pontos Positivos (que ainda faltam referir):
Porém, o jogo não nos deixa ficar muito tempo preso a pormenores menos bons, pois resgata imediatamente a nossa atenção com aspetos como a sua banda sonora, composta por sons clássicos, vibrantes e que nos resgatam para um lado mais aventureiro. Pessoalmente, fez-me lembrar um mini Uncharted, visto que, em ambos os casos, as músicas são discretas, mas essenciais à nossa experiência.
Conclusão:
Assim, Slay the Spire é um jogo que parte de uma premissa tão rudimentar como um jogo de cartas, acrescentando-lhe ingredientes complexos e tão “fora da caixa” como a magia, numa tentativa (conseguida, falando por mim) de agarrar o jogador, jornada após jornada!